quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

ARENGA 363


Os comentários no Yahoo Notícias sobre o fato de Neymar tomar garrafa de vinho de onde mil reais demonstra a quantas anda a ignorância política do infeliz bicho povo brasileiro. As manifestações dos jovens a respeito do fato explica o motivo dos duzentos e sessenta mil notas zero no Enem. A pobre juventude não a mínima capacidade de percepção da realidade política. É perversidade maior a anulação total da capacidade de raciocinar que o sistema capitalista de administração pública impõe à juventude a fim de mantê-la exatamente como se encontra, totalmente alheia aos assuntos dos quais depende o futuro de seus filhos. É realmente estarrecedor para quem conseguiu superar a qualidade reles de povo e elevar a mente um pouco acima da mentalidade de povo. Jovens! Prestem atenção: O fato que vocês encaram com hilaridade é uma armadilha na qual vocês caem como patinhos. A riqueza destes também inocentes jovens que vocês encaram como “celebridades” e “famosos” é tirada do bolso de vocês mesmos porque dinheiro não dá em árvores. Vocês, jovens, nada veem de esquisito no fato de um garoto ficar multimilionário por saber jogar bola enquanto vocês terão de ralar nos corrimãos dos transportes, filas para tudo, passar o dia trancafiados em consultórios atendendo doentes, em escritórios cuidando de interesses alheios, em troca da sobrevivência? Com tamanho desconhecimento político vocês arrastarão seus descendentes para a mesma vida medíocre de sofrimentos que vocês enfrentarão quando pintar a velhice e os cuidados que ela requer. Façam isso não, jovens. Procurem entender o que se passa atrás desse negócio de promotores de brincadeiras terem vida regalada enquanto professores vivem à míngua. Tudo isso visa justamente fazer com que vocês sejam incapazes de levar alguma coisa a sério, mas a vida é só seriedade depois de passado o tempo de achar papai e mamãe para lhes suprir as necessidades. Portanto, escutem o que lhes diz um vovô que muito se preocupa com vocês. Procurem entender algo sobre sociabilidade porque disso depende uma sociedade pacífica, portanto, livre de sofrimentos desnecessários. A maioria absoluta dos sofrimentos que lhes afetarão depois de passado o vigor da juventude podem ser quase todos evitados se a administração pública for bem feita, o que jamais acontecerá enquanto vocês não se interessarem por isso, lembrando sempre que a violência não leva a absolutamente nada. Mas o que está sendo feito com a mentalidade de vocês é violência da maior. Sejam espiritualmente superiores porque embora vocês se julguem diferentes, a mentalidade de vocês em nada difere da mentalidade da múmia de terno e gravata que está ao lado de vocês no Yahoo Notícias e que se chama Ives Gandra Martins Filho. Inté. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ARENGA 362


Este mal amanhado blog às vezes tem motivo para sentir orgulho de si mesmo quando coincide com a sua a opinião de pessoa espiritualmente ilustre como o jornalista, radialista, comentarista e muitos outros “istas” Ricardo Boechat. Apesar de se declarar apreciador de futebola, coisa estranha para alguém mentalmente anos luz distante da mentalidade rasteira da massa bruto de povo porque se até esse Zemané não desconhece a história do “panem et circenses” que ora se manifesta através dos preparativos para o carnaval, algo de muito estranho há no fato de alguém de tão nobre estirpe intelectual fazer coro com apreciadores de brincadeiras que envolvem corrupção e fortunas enquanto trabalhadores do serviço público estão passando fome, donde se deduz que o rumo seguido pela sociedade não está para brincadeiras. No comentário lúcido como sempre faz na Rádio Bandeirantes FM, Boechat discorria sobre a indicação para cargos em empresas estatais feita por deputados sem a formação necessária que lhes fornecesse conhecimento para detectar a capacidade técnica das pessoas por eles indicadas, fato corriqueiro no sistema de administração pública brasileiro, o que confirma o várias vezes dito aqui neste mal amanhado blog de ter sido a nobre Ciência Política transformada em reles politicagem, verdadeira esculhambação. Se no mundo inteiro a administração pública visa apenas os interesses dos ricos e da classe política, pelos lados das repúblicas de banana entre as quais nos incluímos a situação ainda é pior porque enquanto nos outros lugares disfarça-se o ludíbrio, por cá é dito na cara da massa bruta de povaréu que sua opinião nada significa. E realmente não significa como prova a notícia na imprensa de que o ministro Gilmar Mendes quer que Temer escolha o relator da Lava Jato, sendo o próprio Temer investigado, o que significa o julgado escolhendo seu julgador. Os 291 mil notas zero no Enem é também resultado da malandragem que substituiu a política porque para não terem suas malandragens percebidas os malandros precisam de um povo tão imbecilizado que ouve impassível na tampa do nariz que sua opinião e bosta é a mesma coisa.

Entretanto, para consolo da esperança, o efeito do pão e circo diminui dia a dia como se vê da seguinte matéria publicada no blog Outras Palavras, escola de alfabetização política: O modelo que nos envenena está perante o tribunal: em novembro de 2016 começou o julgamento da morte de um menino de 4 anos e uma menina de 5 anos que esteve em coma e segue fazendo tratamento. Família indígena entra na Justiça contra pulverizações em plantações de tomate que levaram à morte um menino de 4 anos e deixaram menina de 5 anos em coma”. Isto dá mostras de que a opinião pública começa a não aceitar ser considerada bosta. Mesmo que não dê em nada porquanto os donos do mundo ainda dão as cartas, mas é o começo de uma nova era em que se contesta a escravidão até agora consentida. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

ARENGA 361


O alvoroço infernal que a papagaiada de microfone está fazendo em torno do ministro Teory demonstra a cegueira mental desta sociedade cuja administração pública se resume numa enorme safadeza sobre um povo tão estúpido que por não saber quem foi Bertolt Brecht, também não sabe que ele disse o seguinte: “Pobre do povo que precisa de herói”. Se nem mesmo um salvador da dimensão de um filho de um brasileiro como dia a malta ignorante que curava lepra sem remédio e ressuscitou Lázaro, não foi capaz de livrar esta sociedade de bosta da estupidez que a levará a infelicidades cada vez maiores, não será, portanto, um homem normal que terá sucesso na tarefa de substituir o instinto pelo raciocínio nesse povinho de igreja, axé e futebola. A elevação espiritual é a única forma de colocar comportamento civilizado no legar de comportamento bárbaro. Como esperar civilização em republiqueta de banana se os seres humanos das sociedades mais civilizadas do mundo recusam em se desenvolver espiritualmente, optando pela estupidez de viver trocando socos como exige a cultura do TER em vez de cultivar a paz e harmonia na cultura do SER? A cultura estúpida do TER generalizou de tal forma que até pessoas intelectualmente distantes anos luz do populacho ignorante deslumbrado pelo “American Way of Life” se deixam levar pela esparrela do desenvolvimento econômico papagaiado por economistas assalariados pelos ignorantes acumuladores de riqueza orientados pelo instinto animalesco dos tempos primitivos quando se temia a escassez de comida. O desenvolvimento econômico baseado no consumismo tido como solução dos problemas, na realidade, é a fonte de todos os problemas que a todos infernizam, apesar de aplaudido pelos egressos das Harvards do mundo este modelo canalha de política que administra a riqueza pública do mundo.
O livro ANATOMIA DE UM DESASTRE, de Claudia Safatle, João Borges e Ribamar Oliveira, de leitura enfadonha como não podia deixar de ser por tratar de assunto repugnante como é a politicagem brasileira, pinta um quadro perfeito da canalhice em que envolve a administração pública nesta republiqueta de banana. Na página 34 está dito que FHC fez um empréstimo no Fundo Monetário no valor de trinta bilhões de dólares. Daí resulta a canalhice monumental mostrada no livro Dívida E(x)terna, de Marcos Arruda, Editora Vozes. Onde estará todo o dinheiro dos empréstimos que redundaram na monumental dívida que o país tem se ele está à míngua? Na página 132 consta que o BNDES disponibilizava cento e sessenta e seis bilhões de reais para a Petrobrás, setor elétrico, rodovias e ferrovias. Certamente essa dinheirama foi para os infernos fiscais através da corrupção de Pasadena e empreiteiras. Na página 133, o BNDES emprestou quarenta e quatro bilhões de reais a juros abaixo do mercado e o Tesouro pagou a diferença, o que significa que o povo pagou juros de dinheiro emprestado a empresários. A administração pública no atual sistema de democracia resume-se na frase constante da capa do livro Dívida E(x)terna: PARA O CAPITAL, TUDO; PARA O SOCIAL, MIGALHAS. Como esperar, então, de alguém solução para um merdeiro desse tamanho? Jamais existirá uma sociedade sadia com uma juventude de mentalidade tão medíocre que tem por atividades adorar “celebridades”, “famosos”, futucar telefone, se ligar em igreja, axé, futebola, promover festival de trepadas coletivas como éguas, cavalos, bois e vacas, sociedade na qual as mulheres ingerem bebidas alcoólicas pela xoxota e os pseudo machos, pelo rabo. Inté.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 22 de janeiro de 2017

ARENGA 360


Aqueles a quem a natureza dotou de um caráter menos aguerrido para a violência e as disputas não devem se conformar com a submissão aos que foram por ela aquinhoados de tais maldades. É intolerável que apenas um por cento de brutamontes espirituais tenham sob seu domínio os noventa e nove por centos dos restantes seres humanos. Entretanto, para conseguirem estes livrar-se do jugo daqueles faz-se necessário antes de tudo fazer ouvidos moucos para o que diz a papagaiada de microfone porque eles defendem exatamente a submissão quando fazem proselitismo dos bancos, dos refrigerantes, das viagens mundo afora, das compras em Me Ame, do endeusamento das brincadeiras, do sistema financeiro, dos financiamentos para isso e aquilo, da necessidade de pagar as prestações, do consumismo. Absolutamente tudo o que dizem os papagaios de microfone e os escritores e filósofos assalariados é a mando dos Reis Midas do grupinho numericamente insignificante de um por cento dos seres humanos que se acham muito espertos em sua monumental ignorância de sociabilidade. Tais recomendações, na verdade, são os elos que formam os grilhões de uma escravidão tão ardilosamente disfarçada que se tornou consentida. Necessário se faz, pois, que os noventa de nove por cento dos submissos à escravidão desviem a atenção do que dizem os meios de comunicação e passem a pensar seus próprios pensamentos. Basta dar uma chance à atividade cerebral porque dependem do cérebro as ações inteligentes. Há pessoas afirmando que por conta das atividades dos ajuntadores de riqueza a humanidade corre perigo semelhante ao que infernizou a vida dos dinossauros. Ao lado destes, outros afirmam que tudo não passa de mentira. Um bom começo para pôr em funcionamento a inteligência bem que poderia ser tirar essa história a limpo uma vez que a frequência com que estão ocorrendo fenômenos naturais violentos bem que pode ter origem nas atividades dos ajuntadores do dinheiro de nenhuma utilidade social por ter os infernos fiscais como destino. Assim, é desinteligente preparar o próprio infortúnio caso estejam certas as pessoas que estão prevendo um desastre decorrente da exploração excessiva dos recursos naturais cada dia mais escassos.

Os seres humanos estão acometidos da infelicidade provenientes dos vários tipos de medo. Medo da morte, medo de ser morto, medo da falta de emprego, de bomba, de invasão de refugiados, enfim, até de mosquito se tem medo num mundo que se diz civilizado. Uma vez inegável existirem problemas, por que será que a ninguém ocorre buscar as soluções? A sabedoria do sábio concluiu que um problema só pode ser resolvido depois de eliminada a causa que lhe deu origem. Assim, far-se-ia necessário em primeira mão achar as causas das quais decorre a infelicidade humana tão negligenciada pela humanidade que as brincadeiras e a erotização da sociedade merecem atenção maior do que os medos fundamentados na violência que a todos acomete. A sacanagem dos papagaios de microfone recomendando o aparelho mais novo e mais eficiente para zapzapear avisando as rádios onde o tráfego está congestionado é uma das causas dos problemas porque quem está envolvido com zap-zap nem de longe pode imaginar o que se passa por trás da recomendação do ministro Gilmar Mendes para Michel Temer indicar o novo relator da Lava Jato. Por trás disso daí correm coisas do arco da velha. Como não se fez Roma num dia só, começar a meditar sobre a sacanagem contida no que diz a papagaiada de microfone é um bom começo para se achar as causas de nossa infelicidade. Inté. 

 

sábado, 21 de janeiro de 2017

ARENGA 359


Disse um dos Grandes Mestres do Saber que o homem nasce livre, mas vive agrilhoado pelos quatro cantos do mundo. Grande verdade que espanta ao se constatar que ninguém agarra o homem para lhe por os grilhões como se fazia quando dos navios negreiros. É o próprio homem que se oferece espontaneamente para ser subjugado pela força escravizadora. As guerras são demonstração maior da escravidão consentida. Ninguém vai à casa dos jovens como faziam os nazistas para arrancar de lá quem estivesse orando, lendo um livro ou namorando e levá-lo arrastado para ser morto. Mediante um chamado, o jovem veste uma roupa apropriada para o trabalho de matar, como faz o operário para o trabalho de produzir remédio e, convencido de serem inimigas pessoas que nenhum mal lhe fez, mata outros jovens até também tombar morto, quando então será devolvido à família em solenidade que envolve toque de corneta, disparo de fuzil e rudia de flores, aparato capaz de conformar os pais que amaram aquele jovem, mas que, no entanto, por força da força escravizadora, voltam para casa conformados em trazer numa caixinha uma moeda no lugar do filho que tanto trabalho lhes dera e tantas esperanças despertou. Ainda hoje, lá pelas bandas dos povos supostamente civilizados, a imprensa noticia uma destas solenidades em que o primeiro ministro britânico leva flores ao memorial das vítimas de atentados terroristas. A ninguém ocorre perscrutar ou esmiuçar em que se fundamenta a aceitação de uma situação em que jovens são levados a se estraçalharem em explosões de todo tipo sem nem mesmo saber o motivo pelo qual trocam suas vidas por uma medalha. É o poder da força escravizadora que leva os jovens à situação do cão que avança à ordem do caçador. Embora não saibam, os que brigam por causa de Deus, na verdade, brigam por causa de dinheiro porque assim como os nossos pobres diabos mentais são convencidos de dar dinheiro em troca proteção divina, do mesmo modo, outras orientações religiosas levam outros jovens ao fanatismo de cepar fora a cabeça de outros jovens, sem saber que por trás de tudo isso há um fanático por dinheiro.

Contrastando com a condição de total impotência, está a condição de poder mover montanhas. O que será que faz de capacho quem pode mover nem que seja um murundu? É o hábito de mandar e o hábito de obedecer simplesmente por obedecer a fonte geradora da força que faz acreditar ser a melhor das vidas trabalhar em Madureira, viajar na cantareira e morar em Niterói. Como disse o poeta Adoniran Barbosa, só vendo como é que dói. Conclui o grande compositor. Então, se dói, prá que fazer uma coisa que dói? O hábito de simplesmente obedecer dá sumiço na curiosidade sobre o resultado do que se vai fazer em obediência à ordem recebida. Como não pode haver nada melhor para mentalidades antissociais do que levar vantagem, contando com manadas inteiras para ordenhar, os que estão habituados a mandar deitam e rolam. Como tanto uns quanto outros estão equivocados, é bom que despertem desta falsa realidade e abram os olhos para outra realidade diferente desta de ser o mundo propriedade de um bando de bundas brancas. O resultado desse apossamento foi transformar o mundo numa imensa bomba. Dizem pelaí que há três navios americanos cutiando a China de longe, de lá do mar, cada um com poder de fogo equivalente a todo o fogo queimado na Segunda Guerra. E por acaso alguém se interessa em saber por quê? Não! Nem a quem manda e nem a quem obedece ocorre questionar ser obrigado a matar ou ser obrigado a obrigar a matar. O raciocínio do qual resultam as decisões que vão orientar o comportamento da sociedade humana não pode mais depender de cabeça que esteja apenas em corpo de rico. Há de se fazer um caldeamento de modo a que um meio-termo venha aparar as arestas desta esculhambação em que transformaram a organização da sociedade humana. Falar-se em súditos hoje em dia é grande palhaçada além de total contrassenso.  Como se falar ainda de reis e súditos sem se meditar a respeito? Pois, lá na terra dos bundas brancas que pensam serem civilizados, acontece o seguinte fato digno da Idade Média: “Um mar de súditos tingiu Amsterdã de laranja ontem para se despedir de Beatrix, rainha da Holanda nos últimos 33 anos, e celebrar a coroação do seu filho, o novo rei Willem-Alexander”.

Se qualquer Zemané aprendeu que não deu certo a forma de conduzir sociedade humana, o quê, então, está faltando para que sejam revistos e atualizadas dentro de nova realidade os hábitos de mandar e obedecer? Não pode haver dúvida de estar tudo errado. Nenhum argumento justifica que uma vampira do FMI ronde o mundo a sugar a humanidade, nem está certo que a humanidade se deixe sugar. Por muito menos que mordida de vampiro, garanto e assino em baixo que meu cavalo Roxoforte antes de ser mordido por uma simples mutuca tascava o rabo nela sem dó nem piedade. Meu cavalo Roxoforte era mais gente do que povo é. O resultado do vampirismo que carreia toda a riqueza para o lado dos bundas brancas e deixa exauridas as outras bundas de todos os matizes, é que os papagaios de microfone e de escrita enchem o saco falando da Grécia, mas não falam as verdadeiras razões pelas quais só falam da Grécia em termos de dinheiro, sem que lhes passe pela cabeça vazia que a Grécia foi a mãe dos primeiros homens a valorizaram tanto o ato de pensar que passaram a ensinar não só as vantagem de se pensar, mas também como fazê-lo, mas ninguém aprendeu. Inté. 

ARENGA 358


A inteligência, produto da atividade cerebral, a princípio, levou o ser humano não só a engendrar meios de sobrevivência, mas também de conquistar conforto ou bem-estar ao encontrar meios de proteção contra as feras, o frio, a fome e o desabrigo. Passado o “a princípio” eis que o ser humano passou a buscar meios não só de desconforto, mas também de matar a si próprio. A fim de poder continuar vivendo, aquele ímpeto inicial da inteligência precisa ser ressuscitado a fim de permitir à humanidade abandonar a fase infantil de propensão à destruição que leva as crianças a matar passarinho e quebrar os brinquedos, e perceber ter chegado à maturidade quando predomina a sensatez de preservar o que se conquistou, sobretudo a grande conquista da compreensão ocorrida no tempo do “a princípio” da importância do inter-relacionamento. Falta compreender que este inter-relacionamento não pode prescindir da harmonia. A humanidade precisa dar uma chance à inteligência e acordar para a insensatez do comportamento egoísta de cada um por si que adotou. Não é assim que a inteligência recomenda. Por conta desse comportamento insensato os recursos conquistados não têm mais finalidade de servir à coletividade como tinha o produto da caça e da coleta de alimentos nos tempos do “a princípio” quando tinham início os primeiros ajuntamentos humanos.

A História dá notícia de ter havido um tempo em que em alguns lugares no mundo o povo passou a encontrar maiores valores morais no herói-profeta em vez do herói-guerreiro, como era costume até então. Entretanto, como sempre acontece, a lucidez de apenas alguns seres humanos sempre foi suplantada pela estupidez da maioria dos seres humanos. Nesse exato momento, está o mundo em polvorosa em torno da eleição de um presidente americano típico herói-guerreiro, cuja ignorância de sociabilidade ou egoísmo levou-o a ser detentor de uma riqueza tão grande que para protegê-la de ladrões o Midas ora leito presidente do religioso povo americano gasta um milhão de dólares por dia. Monstros espirituais desse quilate merecem a atenção ora dispensada pela imprensa do mundo, principalmente das republiquetas de banana onde se faz alarde sobre o ressentimento do presidente desta bosta de Brasil por não ter sido convidado para a posse do ridiculamente alcunhado mega-magnata, conferida aos ajuntadores de ouro que assassinam crianças jogando bombas sobre elas para desobstruir a superfície do lugar onde há petróleo embaixo. Assim, carece a humanidade de uma juventude que em vez de prestar atenção em bichos desse tipo, preste atenção na resposta que segundo o livro História da Raça Humana, de Henry Thomas, página 77, o herói-pacifista Confúcio deu à pergunta de como se livrar dos ladrões: “O ÚNICO MEIO DE ACABAR COM O FURTO É ACABAR COM VOSSA PRÓPRIA AVIDEZ. QUANDO DEIXARDES DE SER ÁVIDOS, NÃO TEREIS MAIS BENS EM ESCESSO PARA SEREM FURTADOS POR NINGUÉM”. Inté.   

 

 

 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

ARENGA 357


As notícias na nossa imprensa dão conta de uma sociedade de loucos. Há notícia de que Lula será candidato à presidência da república como antídoto contra uma eventual condenação em algum dos cinco processos a que responde como ladrão do dinheiro público. É algo tão inusitado que chega a ser inacreditável em todos os sentidos. Enquanto Lula não for julgado inocente, será considerado criminoso. Assim sendo, não se pode duvidar da insanidade mental da sociedade que tem um suposto criminoso legitimado como candidato ao seu mais elevado cargo público. Tanto é incompreensível um suposto criminoso ser presidente da república quanto um presidente da república ser criminoso porquanto a idoneidade de presidente de república, como a da mulher de César, além de existir, precisa ser demonstrada. Outra cacetada na moleira de quem pensa é a notícia de que Lula pleiteia obter indenização de um milhão de reais do promotor que pediu sua prisão. Ora, a função da promotoria é zelar pela sociedade. O fato de terem o senhor Lula e sua família saído da condição de paus-de-arara e passado para milionários, as declarações de seus parceiros de crimes nas Delações Premiadas, a impossibilidade de ter ganho tanto dinheiro fazendo palestras, tudo faz crer serem verídicas as acusações de inúmeras falcatruas por ele praticadas contra a sociedade. Como, então, aceitar a justiça que o suposto criminoso acuse seu acusador? Também a notícia de que o senado recebeu doze pedidos para afastar o doutor Rodrigo Janot do cargo de Procurador Geral da República é outra coisa estarrecedora porque como chefe da promotoria pública, o doutor Janot tem-se mostrado leal servidor ao não dar trégua na luta pela moralização da sociedade. Portanto, só por motivos obscuros pode levar alguém a se sentir prejudicado por ele, o que deveria ter levado o senado a investigar o motivo que leva os peticionários a pleitearem a substituição do doutor Rodrigo Janot.

Não pode mais haver qualquer resquício de dúvida quanto à necessidade de ter a sociedade humana valores morais por parâmetro uma vez que a orientação fundamentada na riqueza trouxe o mundo ao impasse em que se encontra. A notícia de que a China já tem o segundo maior orçamento bélico do planeta é bastante para mostrar a loucura que é o campeonato de maioral na corrida de ajuntar uma riqueza fabulosa sem função social por se destinar exclusivamente à satisfação de egoísmo de pessoas desprovidas da noção de sociabilidade, realidade que conta com a conivência do poder público conforme a notícia de que o Senado Federal vai doar a três riquíssimas empresas de telefonia um patrimônio de cento e cinco bilhões de reais que deveriam restituir ao país. Esta matéria pode ser encontrada no blog Outras Palavras com o título de SENADO APROVA O GRANDE GOLPE DA TELEFONIA.

Não há salvação para as futuras gerações se não se cair na realidade de estar completamente errado o modo de administração pública sem que haja interesse coletivo em sua execução. É total absurdo que se lotem igrejas e terreiros de brincadeiras estando a sociedade à beira do caos total. O bafafá que fazem no momento as “autoridades” sobre a insegurança em que se encontra a sociedade chega a dar nojo de tanta desfaçatez. A rádio Jovem Pan pede que os imbecis futucadores de telefone digam se a intervenção das Forças Armadas resolverá o problema da revolta nos presídios, o que é de uma burrice do tamanho do mundo porque tal situação resulta exatamente do modelo concentrador de renda e pobreza. A infelicidade que leva os presos a se matarem mutuamente haverá de se alastrar por toda a sociedade enquanto pais imbecis continuarem levando suas crianças para as igrejas e os terreiros de brincadeiras em vez de lhes ensinar ser a administração pública a única responsável pelo futuro delas. Inté.

 

 

 




 

ARENGA 356


Na Rádio CBN, que para não deixar cair a peteca do servilismo de colonizados, tem um programa chamado THE YOUNG PROFESSIONAL, Fernando Gabeira disse uma coisa engraçada, mas de grande seriedade. Em pouquíssimas palavras ele disse o porquê de toda a esculhambação na qual mergulhamos todos e que transforma corredor de hospital em vale de lágrima, permite que presidente da república compre super avião para trepar no céu e viajar a serviço da construtora, dá condições a um secretário municipal da Cidade de São Paulo para adquirir cento e quatro imóveis com apenas o salário do seu emprego, dá ensejo a que uma obra orçada em três bilhões consuma mais de vinte bilhões. De tudo isso resulta uma situação tão insustentável que candidato a presidência da república aparece ao lado de aculturado chutador de bola em fotografia como mensagem ao povo da eficiência do seu governo. Agora, diga aí, ó palhaço com o filho escanchado no pescoço a caminho do futebola, o que o faz tão imbecil a ponto de votar em alguém por causa de um retrato em companhia de um iletrado jogador de futebola? E o garoto escanchado no seu pescoço, ó brutamontes mental, por que fazer dele outro imbecil? Já existem imbecis demais graças à ação devastadora da bandidagem que decide pelo destino do país como ficou esclarecido quando Gabeira foi indagado pelo entrevistador sobre o porquê de tanta confusão entre os políticos e respondeu magistralmente o seguinte: É PORQUE ESTÃO TODOS ELES CORRENDO DA POLÍCIA. Verdade absoluta que se o povo não fosse povo perceberia o abismo que separa tal estado de coisas de uma sociedade que se faça respeitar. Nenhuma sociedade pode prescindir de organização para poder dar certo. Mas como haver organização se os responsáveis por ela precisam fugir da polícia? Não se podendo viver senão em sociedade, faz-se necessário haver organização. É como numa república de estudantes. Faz-se a coleta para pagar a luz, água, aluguel, cozinheira e a feira. Quando o nomeado para se encarregar desta tarefa (o tesoureiro) não se conforma com a recompensa combinada em troca do seu trabalho e se apossa indevidamente fora do combinado de algo a mais, este algo a mais vai fazer falta no final, razão pela qual levará o espertalhão um pé no traseiro. Por que não se fazer o mesmo com o político ladrão? Inté.

 

ARENGA 355


Se existisse Deus, Ele bem que deixaria de lado o que disse a Noé sobre nunca mais afogar ninguém, mandava o Arco-íris às favas e tascava outro dilúvio prá cima de nós por causa da mania da manada dizer que Ele é brasileiro. Se até brasileiros, como mostram os jovens, gostariam de não ser brasileiros, imagine se logo Deus vai querer se misturar com a pior laia de espécie de ser vivente já surgido no universo. Isto aqui tá muito mais é prá Satanás. Embora Deus tenha feito todas as maldades contadas na bíblia, o Satanás é que é tido como o maioral nas maldades. Se assim é, nenhum lugar mais condizente com maldade satânica do que esse pedaço de chão onde o transeunte se desvia de bala perdida ao tempo em que pula por sobre pedaços de corpo humano. Esta sociedade que quer bancar a terra natal de Deus consegue ser ainda inferior entre todas as sociedades também espiritualmente inferiores que formam a humanidade. O historiador Edward Mc Nall Burns, no primeiro volume de História da Civilização Ocidental, página 44, conta que os egípcios criaram um sistema de leis ao qual se sujeitava o próprio faraó. Este fato histórico faria corar de vergonha os governantes modernos não fosse ter sido a vergonha varrida da face da Terra. Houvesse algum resquício dela, nunca que a política seria convertida numa tramoia dos diabos a fim de permitir as safadezas que correm por baixo do pano desde a mais humilde prefeiturazinha até o mais requintado dos palácios. Os governantes assumiram posição de donos das sociedades que administram, numa trama diabólica com os donos de imensas caixas-fortes nos infernos fiscais. O blog Outras Palavras dá notícia de que em São Paulo o povo paga doze reais por metro de água, enquanto shoppings, grandes indústrias e faculdades privadas pagam quatro reais. Todas as sociedades humanas assumiram caráter ilógico baseado na manutenção de um estado de inocência das populações impossível de continuar por muito mais tempo uma vez que mais pessoas a cada dia chegam à realidade de não ser verdade o que nos dizem ser verdade. É mentira do tamanho do mundo haver vantagem em abarrotar caixas-fortes de riquezas. O tapa-olho do costume (do sempre foi assim) não deixa perceber a insustentabilidade de um sistema que se baseia em manter todos os seres humanos no papel de uma plateia num espetáculo de hipnotismo com o hipnotizador encarregado de fazê-la de boba. Se nenhum espécime de ser humano concorda em beber água misturada com bosta e comer comida misturada com veneno, mas é isso que faz a coletivamente, é por existir uma força que força o indivíduo a proceder de modo contrário ao modo como procederia se tal procedimento dependesse de sua vontade. Portanto, por traz de tudo que fazemos por conta do que nos dizem ser verdade, por trás dessa “verdade” há um trabalho de hipnotizador fazendo as pessoas de bobas. Quem é obrigado a fazer o que não quer, não tem vontade própria, é conduzido. Entretanto, o mínimo de inteligência que se pode esperar de quem é conduzido seria querer saber pelo menos para onde está sendo conduzido. Mas nem isso a humanidade quer saber. Apenas vai na conversa de escritores cheios de pose que lhe diz ser ideal administrar a riqueza pública considerando os pobres tão insignificantes que até os chama de “material humano”.

Acastelados em palácios e cercados de infinitas pompas e não-me-toques, mordomias que incluem um baú cheio de tesouro prá botar no ombro e levar quando for prá casa depois de ter fingido trabalhar, é nesse ambiente folgazão onde nada pode faltar que vivem os representantes dos governos, na realidade, empregados da sociedade, que se transformaram em donos dela. Os patrões de todos nós não passam de empregados dos donos das caixas-fortes que os colocam nos postos de mando para cumprirem a missão de lhes facilitar as coisas. Desde que se tem notícia da existência das chamadas sociedades organizadas, o que parece piada face à desorganização generalizada, sempre coube aos governados a obrigação de prover os meios materiais necessários para garantir o exercício do governo, o que sempre foi feito, e com sobra. O que não é feito, e que é mais importante do que fazer a riqueza, é empregá-la bem empregada, o que não é em absoluto o que acontece com a riqueza do mundo. Assim não fosse, não haveria tanta pobreza porquanto riqueza é esbanjada até para brincar de fazer Torre de Babel. É de espantar a indiferença em se comprar armas e fazer guerras com o dinheiro de comprar tranquilidade. Mas o efeito do hipnotismo que impede a percepção de não haver motivo para tanta festa já começa a mostrar sinais de fraqueza. Percebe-se isto no medo que assombra as pessoas inteligentes do mundo, como os cientistas que descobriram a possibilidade de um desastre climático capaz de causar grandes destruições em todo o planeta, a ocorrer dentro de algumas décadas no continente americano do norte.

O ser humano ainda é tão estúpido que não percebe a desfaçatez que é o meio social. Estes senhores e senhoras que através de microfones se mostram interessados em civilização, apenas fingem. Caso contrário não seriam todos admiradores ferrenhos do futebola, armadilha para prender a atenção da manada. O futebola é o braço direito do hipnotizador que faz de bobos os seres humanos e é impossível que babaquaras não saibam disso. É falsa a opinião dos formadores de opinião. Válida, infelizmente, para a manada seduzida por propaganda porque, como disse quem sabe onde tem o nariz, a propaganda é a arte de explorar a estupidez humana.

Não existe um só governante em todo o mundo que não se diz ter por interesse maior o bem-estar do seu povo. Embora não passe de mentira, a ninguém ocorre haver algo de estranho. Até escritores famosos e de grande influência não se reservam a um recolhimento recomendado pela experiência de avô e vem a público fazer pose para dizer que esta forma de governar é boa para o povo.  O que se vê, na realidade, é mal-estar geral. Os ricos com medo dos pobres e estes procurando infernizar os ricos até com explosões. Poucos foram os seres humanos que se dedicaram a conhecer a vida. Quem o fez concluiu que o “resto” segue as bobagens que ouve e se dá por satisfeito. Nada é capaz de demover o “resto” da condição de estar absolutamente convicto de ser verdade o que alguém lhe disse sobre a existência de um Deus que cuida do seu destino, crença perniciosa por estimular o desinteresse em participar do destino da sociedade. Inté.

 

ARENGA 354


A notícia publicada no Jornal do Brasil de que se São Paulo fosse um país estaria entre as cinquenta potências mundiais evidencia a realidade de só haver desvantagem em ser potência mundial. A história mostra que as sociedades empenhadas na grandiosidade de impérios fabulosos sucumbiram todas em consequência da fobia por grandeza. A humanidade ainda não conseguiu elevar a mente de modo a permitir um comportamento diferente do comportamento que tinha quando a vida dependia de achar o que comer. A presença do fantasma da necessidade é que justifica a falsa crença de haver na riqueza a paz da segurança. Buscar tranquilidade na riqueza é tão falso que a riqueza demanda aparato de proteção para si mesma. A sentença de ser a democracia a melhor forma de governo apenas por não existir outra forma pior, também se aplica à vida na Cidade de São Paulo, tão ruim que nos fins de semana sua população foge de lá como o capeta foge da cruz. Até as lendas, as histórias de maldição em torno de tesouros, múmias, sarcófagos, refletem negatividade nos ambientes de riqueza. A realidade, entretanto, é a atração despertada nos necessitados por tais lugares onde são escravizados porquanto se faz necessária a escravidão para fazer as riquezas porquanto elas não são feitas por seus donos. Estes apenas usam da maldade inerente ao ser humano para se aproveitar da necessidade do necessitado e tomar dele o que Marx chamou de Mais Valia, com o que formam suas riquezas. Tanto é negativo o ato torpe de explorar o necessitado quanto o acúmulo de seres humanos no mesmo lugar porque disto resulta no surgimento de doenças e desentendimentos dos quais provêm mil formas de violência em função do instinto de bicho presente na personalidade humana, ser mais vil entre todos os seres vivos por praticar maldade deliberadamente.

A fome de riqueza em São Paulo é tão grande que a fim de atender maior número de pacientes ao custo mil e quinhentos reais uma consulta de dez ou quinze minutos o ortopedista examina o paciente e vai logo avisando não ser mais necessária sua presença porque os laboratórios enviam para ele o resultado dos exames e ele telefona para dar as recomendações, o que faz em um ou dois minutos. O fato de ser considerado normal beber água com bosta e comida com veneno é suficiente para mostrar a infelicidade de quem vive naquele ambiente. Se o cavalo bebe água suja é por não distinguir entre água suja e limpa. Além disso, a natureza paramenta o organismo do cavalo com proteção de que não dispõem os moradores da Cidade de São Paulo, sendo, portanto, inaceitável ser considerada normal determinada quantidade de bosta na água de beber. Como ser normal beber água com bosta como se bebe em São Paulo?

À humanidade cabe o dever de superar o conservadorismo das tradições que mantêm a brutalidade dos primeiros tempos. As mudanças são necessárias e inevitáveis. Entretanto, inexplicavelmente, os seres humanos se apavoram ante a possibilidade de mudança como acontece em relação à passagem da existência na vida para a inexistência de depois da morte, sem se dar conta de que a ninguém incomoda a inexistência de antes de viver, não obstante ser a mesma inexistência de depois da morte. Falta à humanidade conexão com a realidade de ser o ato de viver merecedor de maior atenção do que o ato de acumular riqueza considerado tão necessário que a prática de esconder tesouros enterrando-os ainda está presente, tendo mudado apenas os buracos pelas caixas-fortes dos infernos fiscais. Matéria no blog Outras Palavras dá conta de que o número de suicídios no mundo cresceu sessenta por cento nas últimas décadas, provenientes de fatores como insegurança social e pressões competitivas, o que desmente o senhor Kissinger ao recomendar a competição como melhor modo de viver. É tudo só uma questão de pensar porque viver apenas, o asno também o faz. Inté.   

 

   

 

 

 

ARENGA 353


Fora de dúvida, o boteco é a melhor escola da vida. Evitá-los é próprio dos ratos de igreja que nem tocam os lábios em bebida alcoólica, mas empanturram de refrigerante as tripas feitas por Deus. No Aerobar, do amigo Newtão, rolou uma historiazinha de uns policiais inconformados por não conseguirem descobrir o que estava sendo contrabandeado por um conhecido contrabandista que passava por eles diariamente de bicicleta levando objetos que não eram de contrabando. Como era sabido que o cara era refinado contrabandista, não aguentando mais a angústia da dúvida, os policiais propuseram a ele que declarasse o que estava sendo contrabandeado e eles não tomariam qualquer medida contra ele. A BICICLETA, declarou o contrabandista. Tão perdidos quanto os policiais da historiazinha também estão não só a direita política constituída pelos ricos donos do mundo e seus quebra-faca, os papagaios de microfone, mas também a esquerda política constituída dos adversários dos primeiros. Em função da impossibilidade de viver sem consumir, a direita afirma que a sociedade humana estará em melhores condições se as fábricas dos bens de consumo estiverem sob domínio dos ricos dono do mundo, enquanto a esquerda afirma ser melhor para a sociedade que as fábricas pertençam ao povo, no que estão ambas mijando fora do penico porque não está na posse das fábricas a causa dos males humanos. Eles têm origem na necessidade exagerada de consumir bens, o que demanda uma quantidade de fábricas tão grande que destrói os recursos naturais, impossibilitando uma vida saudável, o que equivale a criar uma fonte de sofrimentos. Portanto, tanto erra Marx ao depositar na propriedade coletiva a esperança de um mundo melhor, quanto erram os egressos das Sorbones do mundo ao depositarem esta esperança na propriedade privada uma vez que às chaminés não interessa saber quem é seu dono.

Não há possibilidade de haver comodidade individual enquanto ela não for buscada coletivamente, o que de modo nenhum acontecerá enquanto estiver neutralizado o único poder capaz de promover mudança que a natureza deixou a cargo da juventude, fazendo necessário antes de tudo eliminar as causas das quais resulte uma juventude alheia ao destino do seu mundo, portanto, de sua própria vida. Nesta indiferença está a origem de uma sociedade tão desenxabida que helicóptero de senador é encontrado com quinhentos quilos de cocaína sem que haja crime, enquanto ladrão de milhões do erário tem direito de não falar o que sabe e o pedreiro Amarildo é afogado por não poder falar o que tinha roubado porquanto nada tinha roubado por nunca ter sido ladrão. É este o tipo de ambiente no qual a juventude se sente bem com sua Caixa de Pandora onde gente tem a cabeça.

É, pois, a indiferença política da juventude e não a propriedade dos meios de produção a fonte provedora da infelicidade humana. O Zero do Enem é sintomático da necessidade de outro tipo de educação para as crianças. Uma educação que leve os jovens a terem como paradigma pessoas diferentes das “celebridades” e “famosos” cujo nível de esclarecimento equivale ao do jovem que escreveu ÇIN em vez de SIM, cometendo três erros numa palavra de três letras apenas, sendo o primeiro erro colocar cedilha na letra C antes da letra I, segundo erro escrever C em vez de S e terceiro erro escrever N em vez de M. Inté.

 

 

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

ARENGA 352


Este país de bosta não terá mesmo jeito enquanto a mentalidade de sua juventude for também feita do mesmo material. Os assuntos que absorvem a atenção desse povo mais bicho que gente são liberdade de expressão e reforma política, tudo dentro do mesmo nível de mediocridade, canalhice,  falta de vergonha e uma monumental burrice que por aqui faz parte da cultura do povo mais ordinário que a natureza podia conceber. Há dezenas de anos se fala numa reforma política, que, finalmente, segundo a canalha parlamentar, saiu do papel. Mas o que saiu do papel foi apenas mais uma das muitas ridicularidades que abundam soberanamente nas ações da malta de frequentadores de igrejas e futebola. Da tão esperada mudança, mudou apenas a duração do tempo em que os chefes politiqueiros vão dispor da chave do cofre para fazer os malabarismos de sempre, assim mesmo para valer depois de sete anos esta palhaçada. Até lá, e depois também, as coisas continuarão do mesmo modo como sempre estiveram: uma camarilha de cleptomaníacos rondando o erário, de onde saem iates, jatinhos, e até helicóptero para traficar drogas, passando pela transformação que fez virar milionário um pau-de-arara que ficou tão rico a ponto de fazer orgias sexuais acima das nuvens, façanha que o fez merecer honrarias de Portugal. O BNDES, então, sob o comando da politicagem prodigaliza empréstimos de pai prá filho, inclusive para que gringos das bundas brancas adquiram imensas áreas de terras, expulsem os trapos humanos que lá viviam, e se refastelem com negociatas através do agribiuzinesse amaldiçoado que envenena as criancinhas que os espécimes de povo dizem amar, tudo isso sob a indiferença daqueles que sustentam esse estado mórbido de coisas. Entre a trupe de parlamentares, em discurso inútil como todos eles, uma deputada disse que atacar a câmara federal (com minúsculas) não é solução para coisa alguma, quando, na realidade, é a solução para tudo. Não apenas a câmara, mas todo o congresso, o executivo, os ministérios, as secretarias, prefeituras, enfim, todo o aparato da administração pública precisa do mesmo tratamento que se dá a um galpão empesteado de pulgas: tacar fogo lá dentro.

Não menos ridículo que tudo isso é a discussão sobre liberdade de expressão. Diz-se ser sagrado tal direito. Entretanto, não se deve ter o direito de mentir e enganar, coisa comum na forma de administrar a riqueza pública em todo o mundo, às escondidas. É crime dos mais hediondos evitar que povo vire gente, mantendo-o na infantilidade de olhar para o céu em busca do bem-estar que está no cofre do erário. É verdade que palpite de povo não serve para nada por ser palpite de quem não pensa. Por esta justa razão, precisa reformar a mentalidade de jegue do povo para uma mentalidade sadia de gente. Este mal amanhado blog tem uma solução de reforma capaz de acabar com todos os problemas deste país de triste sorte, habitado por manada: entregar a responsabilidade de governar esta população de xucros a domadores enérgicos e honrados como os doutores Joaquim Barbosa, Sergio Moro, Eliana Calmon e a senadora Heloisa Helena.

A putaria que tomou o lugar de política levou a França a voltar a esculhambar essa terra de merda. Primeiro, o estadista, figura que estas terras infelizes nunca tiveram oportunidade de conhecer, o general Charles de Gaulle, afirmou que este não é um país sério, o que equivale a dizer tratar-se de país de safados.  Agora, com inteira razão, os franceses disseram que o Brasil só presta para futebol e corrupção, o que foi confirmado na resposta do Brasil de que também lá há corrupção, atitude do corrupto Lula, segundo o livro O Chefe. Ao ser apanhado no flagra se justifica alegando que todo mundo rouba, o que é verdade, mas só pode servir de justificativa nesse Brasil de juventude tão burra que leva zero no Enem. Quanto à esculachada de só prestar para futebol, respondeu o Brasil que realmente é bom de bola e que prova isso não precisando importar jogadores, outra resposta burra porque o que leva os jovens brasileiros e se transformarem em bons jogadores é exatamente a causa de toda a infelicidade por aqui existente. Vagabundos, por não terem oportunidade de participar de atividades nobres como adquirir cultura e aprender cidadania, os jovens perambulam pelaí, passando a vida nas peladas que os papagaios de microfone da Rádio Bandeirantes AM de São Paulo dizem ser salutar por resultar em bons jogadores. Realmente resulta. A ciência diz que à medida que se usa determinado instrumento, o cérebro faz com que aquele instrumento passe a ser considerado como parte do próprio corpo, o que certamente explica o fato de ter a juventude outro membro além dos de quem é normal: o telefone. Fica a dúvida se é realização do cérebro em face da escassez desse material nos jovens cujo comando parece ter origem nos intestinos. Então, o fato de passar a vida correndo atrás da bola, termina por fazer com que o sujeito se acostume tanto com ela que nem precisa mais apenas da visão para saber a posição em que se encontra a pobre bola antes de receber o coice que leva a turba ao delírio. Entretanto, sendo o objetivo de todos viverem bem, em que sociedade se haveria de viver melhor, uma sociedade de jogadores de futebola, ou uma sociedade formada por gente?

Em consequência de termos uma juventude de bosta, também temos de conviver com absurdos sobre o alarido a respeito da biografia de Roberto Carlos. Que importância tem para a sociedade o senhor Roberto Carlos? Na verdade, a mesma importância que tem os reis do futebola: enriquecer às custas da ignorância própria dos bobos que suam a camisa feita com lixo dos americanos para fazer as fortunas destes parasitas sociais. Na verdade, a contribuição de Roberto Carlos é a mesma do boneco global Cid Moreira: através de misticismo explorar a ignorância do povo para dele arrancar fortunas, indiferentes ao choro de quem chora no corredor do hospital. Nada senão a estupidez e a má intenção podem justificar que um analfabeto mental leve da sociedade fortunas imensas a ponto de distribuir dinheiro entre amigos, enquanto um professor amarga dificuldades. Manada é pouco para definir a capacidade mental deste povo de quem o general Figueiredo preferia a companhia de cavalo. Inté.

      

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

ARENGA 351


O que haverá por trás do fato de ser João Pedro Stédile considerado criminoso pelos papagaios de microfone e recebido de braços abertos pelo Papa Francisco? Por que será que os sabujos dos ricos donos do mundo, empoleirados atrás de microfones, condenam o trabalho de Stédile e o papa o aprova? Por que será que a essa papagaiada garante e assina embaixo ser necessário o consumismo condenado pelo papa? Por que será que os testas-de-ferro dos ricos donos do mundo falam incessantemente em Sistema Financeiro, Bolsa de Valores, Sistema Bancário, Mega Empresa, agribiuzinesse, enquanto o papa condena tudo isso quando condena o capitalismo? Embora saibamos que o papa seja obrigado por força da cultura milenar ou tradição a fazer papel de ator ao se dizer representante de um Deus de quem só se tem falsa notícia, a ninguém é dado desconhecer a sinceridade do italiano Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, nome por ele escolhido numa referência a outro Francisco que teria dedicado sua vida a bradar contra a pobreza. Assim, conscientes da sinceridade do Papa Francisco, por que razão ele diz o contrário do que dizem os papagaios de microfone em suas recomendações para consumir, não deixar de pagar as prestações, e em seu repúdio às ideias do Stédile cujo crime é lutar heroicamente por uma salutar Reforma Agrária repudiada pelos latifundiários e o agribiuzinesse em seus conluios com o BNDES? É tudo tão simples quanto água límpida no meu copo de cristal de tomar uísque: é que aos ricos donos do mundo é desinteressante uma sociedade onde as leis sejam cumpridas como querem o Papa Francisco e Stédile. Aí está na imprensa a notícia de que a Ordem de Malta, uma das mais antigas da Igreja Católica confirmou sua oposição ao papa Francisco, do mesmo modo como também se vê na imprensa as “autoridades” serem contra a Operação Lava Jato, do mesmo modo como também foram contra a Operação Satiagraha, quando o juiz Fausto de Sanctis e o doutor Protógenes Queiroz foram perseguidos por defenderem a aplicação da lei em defesa dessa laia de povo para quem o Biquíni Cavadão é mais importante. É nos palácios da igreja e da política, onde o bicho povo tem traçado seu destino de escravo, razão pela qual não interessa a observação das leis porquanto a escravidão é ilegal. Do comando destas duas instituições resultou uma juventude de mentalidade tão rasteira que se interessa unicamente por assuntos relacionados a brincadeiras, calcinhas, cuecas, mulher melancia, mulher melão, miss bumbum, mas incapaz de perceber o abismo que espera por seus descendes num mundo onde apenas oito de seus escravizadores detêm em seu poder riqueza equivalente à de três bilhões e seiscentos mil escravizados. O analfabetismo político da juventude desnuda o caráter antissocial da orientação que lhes é dada porquanto analfabetos políticos não têm condições de formar uma sociedade civilizada.

É o espírito de Midas encarnado nas antas mentais que dão as cartas quanto ao destino da humanidade, visando a perpetuidade da monstruosidade mostrada na revista Forbes, monstruosidade esta que não tarda e desmoronar sobre cabeça de seus criadores, o motivo pelo qual são perseguidos todos que optam por uma sociedade livre de brutamontes espirituais. A ojeriza a Stédile e à reforma agrária pode ser entendida através do livro Partido da Terra, de Alceu Luíz Castilho, editora Contexto. Na página 23 diz que dois vice-prefeitos catarinenses, na época em que foi escrito o livro (2012), possuíam um milhão e duzentos mil reais e um milhão e quinhentos mil reais, respectivamente, em equipamentos agrícolas sem nenhum hectare de terra declarado à Justiça Eleitoral. Na página 28, estas duas situações: 77 políticos possuidores de 930.000 hectares, o que dá mais de doze mil hectares para cada um, e outro grupo de trinta e um políticos possuindo cada um deles quase vinte mil hectares. No primeiro parágrafo da página 33 consta que no nível de escolaridade de um prefeito está registrado que “lê e escreve”. Na página 34 consta que um prefeito foi preso por roubar cargas. Na página 57 o autor menciona uma tentativa do atual presidente da república Michel temer de se apossar de dois mil e quinhentos hectares de terra de uma área de reserva. Outros latifundiários, os do Agribiuzinesse, se juntam aos da política. A esse respeito, O monumental jornalista Mauro Santayana, em artigo denominado O LATIFÚNCIO MULTINACIONAL, esclarece de forma insofismável, não deixando dúvida em quem entende mais do que apenas igreja, axé e futebola sobre o porquê do repúdio às leis, vez que a Constituição Federal estabelece o uso social da propriedade rural, como se vê no inciso III do artigo 170. Com a palavra o mestre do jornalismo Mauro Santayana: Os grandes bancos já controlam, mediante o sistema constituído dos fabricante de agrotóxicos, como a Monsanto, intermediários, exportadores, importadores e compradores locais, usinas de beneficiamento, bolsas de futuros, silos e armazéns, o mercado mundial de alimentos. Agora, associados aos governos dos países centrais, estão avançando sobre as terras onde ainda há áreas férteis disponíveis”. Aí está, pois, onde veio parar o mundo sob a orientação da religião e desse tipo de administração pública capitalista: povo transformado em burro-de-carroça conduzido por outros asnos. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 14 de janeiro de 2017

ARENGA 350


Depois de encher o saco ao extremo papagaiando sobre a eleição americana, a papagaiada de microfone agora volta o papagaiamento para as rebeliões nos presídios. Até meninos com brinco nas orelhas têm opinião sobre o assunto. São convidados e mais convidados que agradecem a oportunidade de falar bobagens para um público alheio à realidade de não interessar nem às “autoridades” e nem aos meios de comunicação uma sociedade onde o crime não seja considerado irrelevante porquanto não se pode construir fortunas sem se praticar crimes. Foi cometendo crimes pavorosos como jogar bombas sobre crianças que o religioso povo americano construiu sua riqueza.

Nem mesmo aos papagaios de microfone, em função da necessidade do emprego que lhes garante abastecida a despensa, embora não contem com um batalhão de guarda-costas pagos pelo povo para protegê-los e aos familiares, são obrigados pelos seus patrões donos da imprensa a fazer arrodeios, a tergiversar, mas nunca admitir a realidade de ser toda a desorganização social decorrente da falta do dinheiro roubado pelos assaltantes do erário, inclusive a própria imprensa que embolsa fortunas em troca do crime social de convencer a malta ignorante a votar em criminosos. Não é de espantar a possibilidade de que os papagaios de microfone desconheçam esta realidade porquanto tal conhecimento demanda tempo, dedicação e estudo das lições dos Grandes Mestres do Saber, o que não se aprende nas escolas por ser desinteressante aos ricos donos do mundo que determinam o rumo a ser dado à sociedade pelas “autoridades” submissas ao seu comando de facilitar o abastecimento das contas nos infernos fiscais por lhes interessar uma sociedade voltada unicamente para produção de riqueza.

Não tem outra finalidade senão fomentar uma sociedade de excessivamente ricos e excessivamente pobres as famosas universidades montadas pelos ricos donos do mundo objetivando deformar caracteres de modo a formar deformadores de opinião capazes de garantir e assinar embaixo que a melhor sociedade é a que tem a competição por princípio. Como a verdade sempre dá um jeitinho de botar o nariz de fora no mar de mentiras a fim de respirar, o jornal Le Monde Diplomatic publica matéria do jornalista Silvio Caccia Bava mostrando o resultado em que dá este tipo de sociedade: “Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os atos terroristas não têm origem religiosa; eles são gerados pelo alto desemprego entre os jovens, pela descrença nas instituições democráticas, pela crise econômica, pelo extremismo de direita e pelos nacionalismos”.

Entretanto, a papagaiada de microfone não vai além dos efeitos. Por inexperiência de quem fura a orelha para dependurar argola, por ignorância ou por medo de perder o emprego, os papagaios de microfone fazem um alarde dos diabos sobre como começou a rebelião, quantos presos morreram, o choro dos familiares, o motivo que deu início à contenda, mas sem alusão à realidade mostrada pelo jornalista Silvio Caccia Bava, realidade que outra não é senão o fato de estar toda a riqueza do mundo em mãos de apenas alguns gatos pingados, enquanto os desvalidos são levados por mil uma artimanhas desses gatos pingados a pensar que a solução para seus infortúnios pode ser encontrada nas igrejas. Há pouco encontrei um fazendeiro aflito com a seca. Ele disse que se Deus quiser logo haverá de chover. Inté.  

 

 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

ARENGA 349


A papagaiada de microfone está em polvorosa porque uma entidade internacional denominada “Human Rights Watch” condena o sistema carcerário brasileiro. Existe por acaso algo não condenável nesse país de ratazana? Até analista de problemas sociais com brinco nas orelhas existe por aqui. Tornou-se tão esquisito o povo brasileiro que seus empregados são chamados de excelências e lhe dizem na cara não lhes interessar sua opinião. Embora a burrice tenha tomado conta da humanidade, nas outras sociedades o povo é de alguma forma tapeado com um mínimo de bem-estar em troca da escravidão de sustentar os parasitas nos palácios, inclusive reis, rainhas e príncipes. Mas por aqui a manada nem esse consolo tem. Sustenta satisfeita tantos parasitas que existem ministérios para brincadeiras, para pesca, para meio ambiente, etc. e tal, tudo apenas para agasalhar parasitas, sem nada receber em troca. Nenhum sentido faz saber o que disseram o presidente, os governadores, ministros,  senadores, deputados, prefeitos, vereadores, enfim, estas excelências entre aspas que nada do que dizem corresponde à realidade vez que a verdade precisa ser escondida.  O jornal Folha de São Paulo publicou matéria dando conta de que cachorros aproveitavam a neve no hemisfério norte para brincar. Comentei dizendo ser mais interessante se preocupar com coisas sérias. Por trás do fato de ter sido o comentário censurado há tanta coisa que a brutalidade da massa ignorante de povo nem suspeita, mas tem tudo a ver com a importância dada às brincadeiras, aos “famosos” e “celebridades”. É com tais procedimentos que os imbecis ricos donos do mundo e da imprensa preparam o caos social com o qual serão agraciados em recompensa ao crime de manter a população num estado de ignorância tal que prefere saber sobre cachorro brincando na neve do que saber como será o amanhã de seus filhos. Os biltres espirituais que não sendo mais que um por cento da população estão expondo a sociedade a grave risco ao encontrarem vantagem em tomar posse de noventa e nove por cento da riqueza do mundo, deixando os restantes noventa e nove por cento da população com apenas um por cento da riqueza estarão na verdade aprontado para si mesmos terreno para sofrimentos inimagináveis por conta da situação de miséria a que este punhadinho de ignorantes de sociabilidade impõe à humanidade.

O escamoteamento da verdade propicia o analfabetismo político, a indiferença em relação à política, necessária aos aproveitadores que se beneficiam com a ignorância por eles fomentada através de coisinhas aparentemente insignificantes, mas que resulta numa juventude que prefere saber sobre o resultado do exame de urina do jogador de futebola do que saber o significado de uma reforma agrária, ou o motivo pelo qual o João Pedro Stédile é espinafrado pelos papagaios de microfone lacaios dos ricos donos do mundo, mas é bem recebido pelo Papa Francisco. Esconder a verdade é extremamente necessário a quem precisa tomar posse de noventa e nove por cento da riqueza do mundo, entre eles os donos da imprensa. Eles recebem substancial fatia do erário de pagamento em troca do crime de manter o povo em tal estado de burrice que vive festejando, sem que lhe passe pela bola que ocupa o lugar da cabeça ser seu destino uma velhice chorosa no corredor do hospital. Inté.    

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

ARENGA 348


O Grande Mestre do Saber Henry Thomas, na página 21 do livro História da Raça Humana, afirma que a invenção da religião não foi um mal sem compensação porque teria propiciado o espírito artístico do homem. Ao fazer tal assertiva o grande historiador confirma o dito pelo escritor e ensaísta Edmilson Movér de que as genialidades também cometem erros. É o próprio escritor que mostra ser a religiosidade fruto da ignorância que ainda era um pouquinho superior à ignorância dos tempos modernos quando a experiência em nada diminuiu a brutalidade. São palavras do autor (página20): A invenção das primeiras ferramentas rudimentares permitiu que nossos antepassados fizessem melhor do que até então haviam feito: proteger-se e matar os outros. Mas, só com seus próprios esforços não progrediram muito nesses dois sentidos: precisavam do auxílio de uma força mais poderosa do que ele próprios. Assim, fizeram outra invenção: inventaram Deus, ou antes, um grupo de deuses. A seguir o autor dá a versão mais aceitável (segundo ele) para a criação de Deus: Os homens viam suas sombras na água. Viam as imagens de seus amigos nos sonhos. Parecia-lhes que as pessoas possuíam dois corpos: o corpo palpável e o corpo-sombra, que só aparecia em ocasiões especiais, ficando escondido todo o resto do tempo. Quando alguém morria, seu corpo era sepultado na terra; seu segundo corpo, porém, seu corpo-sombra, continuava a visitá-los em sonhos. O corpo-sombra, portanto, devia ainda estar vivo em alguma parte. Suponhamos agora que morreu o chefe de uma tribo. Em vida foi um homem grandemente temido. Mas agora, depois de morto, é ainda mais temível, porque seu corpo-sombra é invisível e ninguém sabe quando ele pode atacar as infelizes criaturas que, porventura, lhe caem em desagrado. Para lhe cair nas boas graças fazia-se, pois, necessário cativá-lo com muitos presentes e orações. Ele era um espírito terrível e poderoso. Trovejava na tempestade, trazia doenças e mortes aos que lhe desagradavam, e assegurava a vida dos recém-nascidos. Assim, de acordo com a explicação mais aceitável para a existência de Deus, portanto, da religiosidade, teria ela sido fruto da inocência. Aproveitando-se desta inocência, espertalhões (que o autor inexplicavelmente chama de sábios, no que incorre novamente em erro porquanto não há sabedoria na falsidade), Convenceram aos demais ser capazes de se comunicarem com os espíritos por eles temidos, vindo a se tornar o que hoje são não só os chefes religiosos, mas também os chefes políticos.

Desta forma, sendo a religiosidade fruto de um ludíbrio, nada pode haver nela que compense o mal reconhecido pelo próprio autor, mas terrível de promover a castração da capacidade de raciocínio ao convencer as infelizes criaturas da desnecessidade de se questionar os mistérios divinos. A humanidade estaria muito melhor se em vez do senso de beleza material tivesse o senso da beleza espiritual. É graças a esta estupidez que a humanidade fica feliz em ser Carneiro de Cristo enquanto o ferro dos intérpretes dos desejos dos corpos-sombra continua a lhe fustigar o rabo. Inté.

ARENGA 347


A teimosia em permanecer na mentalidade que orientava o comportamento dos habitantes da caverna não se reflete apenas na brutalidade de matar. Ela se faz presente também na necessidade de embelezamento que faz as crianças ficarem embevecidas ante algo luminoso ou de cor exuberante, e não se limita à fase de criança. Leva adultos a pintar unhas, abrir buracos nas orelhas, nariz e beiços (inclusive os de baixo, para quem os tem), para neles enfiar argolas de ouro. Não é também senão a inocência da vaidade que leva às cirurgias plásticas que enriquecem a bruxaria do bisturi e da técnica de fazer o tempo andar para trás na pele dos ignorantes da vida. Até a comida que tem por único objetivo fornecer vigor ao organismo, e que por isso mesmo deve ser consumida calmamente, com demorada mastigação, a infantilidade dos adultos faz crer ser importante haver beleza do prato artisticamente montado. Tudo isso decorre da infantilidade dos primeiros tempos ainda presente nos ridículos seres humanos que se recusam a envelhecer.

As informações que os paleontólogos encontram nos fósseis dão notícia da preocupação com o embelezamento dos toscos utensílios de que se serviam os seres esquisitos que aprenderam a usá-los. Não deixa de ser extraordinariamente curioso que depois de decorridas dezenas de milhares de anos a humanidade de recusa a amadurecer, estando na religiosidade a mais contundente evidência desta recusa. Todas as explicações para a existência da religiosidade levam inevitavelmente à inocência, à ausência de conhecimento, realidade facilmente percebível no simples fato de se observar as multidões que se aglomeram em torno dos representantes de Deus. Apenas a aparência física de seus componentes leva o observador a perceber sua simplicidade. Uma pesquisa sobre quantos livros qualquer um deles teria lido resultaria na resposta NENHUM.

Mas a infantilidade dos ainda brutos seres humanos se manifesta com total perfeição é no medo da morte. Os inocentes religiosos que se julgam superiores em conhecimento fogem dela como o diabo foge da cruz. Para os realmente superiores em conhecimento, a morte não causa temor. Na página 30 do livro Da morte – Metafísica do Amor – Do Sofrimento do Mundo, Editora Martin Claret, o Grande Mestre do Saber Arthur Schopenhauer se refere à morte da seguinte maneira: “Pouco a pouco, com a velhice, extinguem-se as paixões e os desejos, ao mesmo tempo em que a capacidade de sofrer a ação dos objetos embota; os afetos não encontram mais nenhum estímulo, porque a força de representação vai se debilitando cada vez mais, suas imagens vão ficando cada vez mais descoradas, as impressões não aderem mais em nós, passando sem deixar traços, os dias precipitam o seu curso, os eventos perdem sua importância e tudo se reveste de um matiz pálido. O ancião carrega o peso dos anos, andando de cá prá lá com seus passos vacilantes, ou repousa num canto, uma sombra, um fantasma do que era antes. Que resta nele para ser destruído ainda pela morte?”

Há muito tempo os seres humanos já deveriam ter superado a infantilidade mental que faz deles objeto de uso por outros seres humanos também tão infantis que encontram motivos para parasitar seus semelhantes. O Jornal do Brasil de 10/01/2017, publica matéria onde se lê: Na política brasileira, a mentira está sempre a serviço da manutenção do poder. Só é descoberta depois. No momento em que é transmitida, ela vem com uma roupagem de esperança. já existe uma tradição na política brasileira de que, através da mentira eleitoral, é mais fácil ganhar votos.

A mentira na política não é privilégio do povo mais povo do mundo, os brasileiros. Em função da infantilidade humana, no mundo inteiro aproveitadores reles levam vida regalada às custas dos eternos enganados. Está aí na imprensa a notícia de ter sido ampliado o número de robôs a serviço dos enganadores a disputar as próximas Copas do Mundo. Já não estamos velhos o bastante para pensar em deixar de ser palhaço? Inté.

 

domingo, 8 de janeiro de 2017

ARENGA 346


Falta um Darwin que crie a teoria da evolução comportamental a fim de mostrar à humanidade o porquê de ser ela tão infeliz e tão burra que nem sabe ser infeliz. A História mostra grande descompasso entre a evolução espiritual e a evolução física. Observando o comportamento do homem conforme nossa história através dos tempos, temos que a capacidade de pensar possibilitou aos bichos que viriam a ser nós nos possibilitou superar os outros bichos na capacidade de sobreviver porquanto a sobrevivência dependia da atividade de matar, e os pré-humanos começaram a usar instrumentos em vez de apenas os membros e dentes como faziam os outros bichos. É importante considerar a particularidade de que matar era imprescindível para que se pudesse viver. Assim, diz a História, primeiro, descobrimos que podíamos lançar pedras. Depois, aumentamos o poder de lançar lançando em vez de apenas pedras, varas pontiagudas cuja ponta fazíamos no fogo, o que a tornava mais dura que o normal. A partir daí, à medida que aumentava a capacidade cerebral e a experiência, aperfeiçoávamos cada vez mais a capacidade de matar, aperfeiçoamento esse do qual nunca nos separamos. Ao chegar à modernidade, o desenvolvimento cerebral e a experiência que nos permitiram desenvolver a capacidade de curar, de produzir alimentos e de nos transportarmos confortavelmente de um lugar para outro se fez acompanhar também do desenvolvimento da capacidade de matar. Gigantescos aviões transportam toneladas de bombas e as despejam sobre cidades onde estão seres humanos considerados inimigos, inclusive crianças cujo discernimento não lhes permite ser inimigas de ninguém, ou aviões minúsculos, controlados à distância, sem necessidade de piloto, que disparam armas mortíferas capazes de cuspirem milhares de balas por minuto prá cima dos inimigos e das crianças.
A necessidade de comer e defender que exigia o comportamento de matar foi substituída pela necessidade de ajuntar bens materiais. Assim, não se mata por comida, mas se mata por riqueza. Se havia motivo para a necessidade de matar por comida, é dispensável a necessidade de matar por riqueza por ser a riqueza não só dispensável à vida, mas também impediente à boa qualidade de vida. Observando os lugares onde há maior quantidade de riqueza percebe-se que as pessoas de lá talvez sejam mais infelizes do que as pessoas dos lugares onde não haja montanhas de riqueza.
Estaremos em melhores condições se em vez de riqueza cultivarmos a solidariedade que até por instinto existe entre os irracionais, juntando-os em manadas. Se os adultos têm a mentalidade consolidada em comportamentos antissociais indispensáveis à formação das riquezas, cabe à juventude substituir a cultura do enriquecimento pela da harmonia e da solidariedade porque a estultice do comportamento bélico sempre desprezou a ideia de comportamento pacífico. Na página 518 e na 521 do livro História da Raça Humana, Henry Thomas conta que no século XIX o maluco beleza Leon Tolstoi, amante da paz, fundou uma escola para camponeses. Como ensinasse sobre a realidade de ser a paz mais conveniente à vida, a escola foi fechada pela polícia e Tolstoi aconselhado a deixar os camponeses em paz com sua ignorância. Os filhos, estes viravam as constas sempre que Tolstoi lhes falava da fraternidade humana.
Embora tenha sido sempre assim, assim não deve ser para nosso próprio bem, principalmente para o bem das inocentes criancinhas que passeiam nos carrinhos de compra nos supermercado ao lado de imensas garrafas de refrigerante, empurrados por pais estúpidos. Inté.