segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

ARENGA 342


Uma papagaia de microfone papagaiava que o ano de 2017 ainda traz problemas para a economia brasileira. Tal estupidez confirma a realidade de ser a falta de meditação sobre o que se ouve a causa dos infortúnios da humanidade. Como pode um ano qualquer trazer problemas para coisa alguma? O que acontece no ano, sim, pode ser problema, mas não o ano em si. Os problemas não só do Brasil, mas de todo o mundo é ter sido a economia tornada uma panaceia da qual depende o bem-estar social, crença que é a causa dos problemas em vez de solução uma vez que a economia é a atividade que levou à situação aflitiva na qual um por cento da população do mundo detém em seu poder noventa e nove por cento da riqueza do mundo, situação absurda da qual decorre a necessidade dos muros atrás dos quais se escondem biltres espirituais abraçados às suas imensas fortunas, indiferentes às lamentações do outro lado, sem se lembrarem dos muros de Jericó. No jornal Le Monde Diplomatic Brasil, matéria denominada Terrorismo de Estado esclarece o seguinte: Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os atos terroristas não têm origem religiosa; eles são gerados pelo alto desemprego entre os jovens, pela descrença nas instituições democráticas, pela crise econômica, pelo extremismo de direita e pelos nacionalismos”. Aí está, pois, a realidade de que os problemas têm como causa o que se acredita ser a solução: A ECONOMIA.

A humanidade sempre foi conduzida pela esperteza existente no ludíbrio inerente à atividade de roubar. É tão absurdo o rumo seguido pela humanidade que expoentes intelectuais recomendam uma economia baseada na competição, o que resulta na situação demonstrada pela matéria jornalística como fonte dos problemas, fonte esta que é abastecida pela indiferença dos seres humanos quanto ao destino de sua sociedade. As pessoas fazem referência à ocorrências antissociais como alheias a si e aos seus, enquanto a realidade é aquela demonstrada por Ernest Hemingway quando afirma no livro Por Quem Os Sinos Dobram que ao morrer alguém também morre um pouco de cada um dos seres humanos em função do inter-relacionamento que os une.

Já está mais do que comprovada a indispensabilidade de participação coletiva na administração pública em função do atraso mental do qual decorre a necessidade que tem a humanidade de ser conduzida como manada e da inexistência de condutor cuja espiritualidade lhe dê condição de líder. Os responsáveis pela condução dos seres humanos, sendo pessoas tão espiritualmente medíocres quanto os conduzidos, aproveitam da situação de administradores para enganar os administrados como mostra a disparidade existente entre a realidade e o fundamento que justifica a Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”. Além de não haver dignidade na escravidão, situação dos seres humanos, que raio de família humana é esta? Será que os irmãos metralha seriam indiferentes ao sofrimentos uns dos outros? Direitos iguais? Tá de brincadeira! Quem chora no corredor do hospital tem o direito de ser atendido que têm os panacas da revista Forbes? Liberdade, justiça e paz no mundo? Só pode ser piada.

A Constituição Federal Brasileira não fica atrás em termos de enganação mediante a justificativa apresentada o preâmbulo: "Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte, para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil". Então, ante a intenção ali manifestada e a realidade, é ou não é uma grande enganação? Assim, como falar em inconstitucionalidade, desrespeito à constituição, interesse do povo, vontade soberana do povo? No blog Outras Palavras, que deve ser leitura obrigatória de quem pretende se alfabetizar politicamente, sob o título SENADO APRONTA O GRANDE GOLPE DA TELEFONIA, reportagem esclarece o seguinte: Patrimônio de R$ 105 bi, que segundo a lei deve ser restituído ao país em nove anos, pode ser doado a três megaempresas. Parlamentares impedem debate e preparam presente. – Está acontecendo nesse exato momento o maior golpe no bolso do brasileiro desde – bem, talvez desde sempre. Segundo o Tribunal de Contas da União, pode chegar a R$ 105 bilhões. Isso faz o prejuízo da Petrobras pelas mãos das empreiteiras e políticos envolvidos na Lava-Jato, de R$ 20 bilhões, parecer fichinha. O povo dá de presente aos bilionários da telefonia a bagatela de cento cinco bilhões enquanto tem suas aposentadorias reduzidas por deficiência e dinheiro na Previdência Social. Enquanto estas coisas acontecem, assuntos que merecem a atenção da juventude são desse tipo: “Ousadas, Ludmila e Nicole Bahls curtem festa sem calcinha”. Inté.

 

 

 

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