Aqueles a quem a natureza dotou de um caráter menos aguerrido para a
violência e as disputas não devem se conformar com a submissão aos que foram
por ela aquinhoados de tais maldades. É intolerável que apenas um por cento de
brutamontes espirituais tenham sob seu domínio os noventa e nove por centos dos
restantes seres humanos. Entretanto, para conseguirem estes livrar-se do jugo
daqueles faz-se necessário antes de tudo fazer ouvidos moucos para o que diz a
papagaiada de microfone porque eles defendem exatamente a submissão quando
fazem proselitismo dos bancos, dos refrigerantes, das viagens mundo afora, das
compras em Me Ame, do endeusamento das brincadeiras, do sistema financeiro, dos
financiamentos para isso e aquilo, da necessidade de pagar as prestações, do
consumismo. Absolutamente tudo o que dizem os papagaios de microfone e os
escritores e filósofos assalariados é a mando dos Reis Midas do grupinho
numericamente insignificante de um por cento dos seres humanos que se acham
muito espertos em sua monumental ignorância de sociabilidade. Tais
recomendações, na verdade, são os elos que formam os grilhões de uma escravidão
tão ardilosamente disfarçada que se tornou consentida. Necessário se faz, pois,
que os noventa de nove por cento dos submissos à escravidão desviem a atenção
do que dizem os meios de comunicação e passem a pensar seus próprios
pensamentos. Basta dar uma chance à atividade cerebral porque dependem do
cérebro as ações inteligentes. Há pessoas afirmando que por conta das
atividades dos ajuntadores de riqueza a humanidade corre perigo semelhante ao
que infernizou a vida dos dinossauros. Ao lado destes, outros afirmam que tudo
não passa de mentira. Um bom começo para pôr em funcionamento a inteligência
bem que poderia ser tirar essa história a limpo uma vez que a frequência com
que estão ocorrendo fenômenos naturais violentos bem que pode ter origem nas
atividades dos ajuntadores do dinheiro de nenhuma utilidade social por ter os
infernos fiscais como destino. Assim, é desinteligente preparar o próprio
infortúnio caso estejam certas as pessoas que estão prevendo um desastre
decorrente da exploração excessiva dos recursos naturais cada dia mais
escassos.
Os seres humanos estão acometidos da infelicidade provenientes dos vários
tipos de medo. Medo da morte, medo de ser morto, medo da falta de emprego, de
bomba, de invasão de refugiados, enfim, até de mosquito se tem medo num mundo
que se diz civilizado. Uma vez inegável existirem problemas, por que será que a
ninguém ocorre buscar as soluções? A sabedoria do sábio concluiu que um
problema só pode ser resolvido depois de eliminada a causa que lhe deu origem.
Assim, far-se-ia necessário em primeira mão achar as causas das quais decorre a
infelicidade humana tão negligenciada pela humanidade que as brincadeiras e a
erotização da sociedade merecem atenção maior do que os medos fundamentados na
violência que a todos acomete. A sacanagem dos papagaios de microfone
recomendando o aparelho mais novo e mais eficiente para zapzapear avisando as
rádios onde o tráfego está congestionado é uma das causas dos problemas porque
quem está envolvido com zap-zap nem de longe pode imaginar o que se passa por
trás da recomendação do ministro Gilmar Mendes para Michel Temer indicar o novo
relator da Lava Jato. Por trás disso daí correm coisas do arco da velha. Como
não se fez Roma num dia só, começar a meditar sobre a sacanagem contida no que
diz a papagaiada de microfone é um bom começo para se achar as causas de nossa
infelicidade. Inté.
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