sábado, 21 de janeiro de 2017

ARENGA 358


A inteligência, produto da atividade cerebral, a princípio, levou o ser humano não só a engendrar meios de sobrevivência, mas também de conquistar conforto ou bem-estar ao encontrar meios de proteção contra as feras, o frio, a fome e o desabrigo. Passado o “a princípio” eis que o ser humano passou a buscar meios não só de desconforto, mas também de matar a si próprio. A fim de poder continuar vivendo, aquele ímpeto inicial da inteligência precisa ser ressuscitado a fim de permitir à humanidade abandonar a fase infantil de propensão à destruição que leva as crianças a matar passarinho e quebrar os brinquedos, e perceber ter chegado à maturidade quando predomina a sensatez de preservar o que se conquistou, sobretudo a grande conquista da compreensão ocorrida no tempo do “a princípio” da importância do inter-relacionamento. Falta compreender que este inter-relacionamento não pode prescindir da harmonia. A humanidade precisa dar uma chance à inteligência e acordar para a insensatez do comportamento egoísta de cada um por si que adotou. Não é assim que a inteligência recomenda. Por conta desse comportamento insensato os recursos conquistados não têm mais finalidade de servir à coletividade como tinha o produto da caça e da coleta de alimentos nos tempos do “a princípio” quando tinham início os primeiros ajuntamentos humanos.

A História dá notícia de ter havido um tempo em que em alguns lugares no mundo o povo passou a encontrar maiores valores morais no herói-profeta em vez do herói-guerreiro, como era costume até então. Entretanto, como sempre acontece, a lucidez de apenas alguns seres humanos sempre foi suplantada pela estupidez da maioria dos seres humanos. Nesse exato momento, está o mundo em polvorosa em torno da eleição de um presidente americano típico herói-guerreiro, cuja ignorância de sociabilidade ou egoísmo levou-o a ser detentor de uma riqueza tão grande que para protegê-la de ladrões o Midas ora leito presidente do religioso povo americano gasta um milhão de dólares por dia. Monstros espirituais desse quilate merecem a atenção ora dispensada pela imprensa do mundo, principalmente das republiquetas de banana onde se faz alarde sobre o ressentimento do presidente desta bosta de Brasil por não ter sido convidado para a posse do ridiculamente alcunhado mega-magnata, conferida aos ajuntadores de ouro que assassinam crianças jogando bombas sobre elas para desobstruir a superfície do lugar onde há petróleo embaixo. Assim, carece a humanidade de uma juventude que em vez de prestar atenção em bichos desse tipo, preste atenção na resposta que segundo o livro História da Raça Humana, de Henry Thomas, página 77, o herói-pacifista Confúcio deu à pergunta de como se livrar dos ladrões: “O ÚNICO MEIO DE ACABAR COM O FURTO É ACABAR COM VOSSA PRÓPRIA AVIDEZ. QUANDO DEIXARDES DE SER ÁVIDOS, NÃO TEREIS MAIS BENS EM ESCESSO PARA SEREM FURTADOS POR NINGUÉM”. Inté.   

 

 

 

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