Ouve-se que o não
religioso deve respeitar a religiosidade das pessoas religiosas, informação
esta cuja falsidade só não é percebida porque a atividade de pensar sobre o que
se ouve não faz parte da vida dos religiosos face à recomendação de não haver
necessidade de comparar com a realidade os ensinamentos religiosos. A verdade,
entretanto, é que não passa tudo de falsas informações tidas até como de grande
sabedoria, mas simplesmente falsas e cuja percepção não ocorre unicamente por
não se pensar a respeito do que se ouve. Disse um Grande Mestre do Saber que
todo lugar onde há muitas igrejas e muitas farmácias é habitado por pessoas
mais atrasadas mentalmente, verdade que pode ser observada nas periferias das
cidades onde a pobreza e a ignorância são ainda maiores que nos centros. Lá, os
ratos, baratas, moscas e esgoto a céu aberto nem ligam para as orações e nem
para as divindades, matando impiedosamente as crianças. A impotência mental a
que é reduzido o religioso não o deixa perceber a mesma realidade percebida por
quem graças à meditação conclui pela realidade de que ninguém precisa de outra
força senão a sua própria força para levar sua vida a bom termo. A única coisa
que Deus dá às pessoas são carros chechelentos e a castração da capacidade de
pensar, o maior bem que a natureza desenvolveu no ser humano, mas que a
religião o impede de usar em seu benefício. A religião ensina não ser
necessário examinar as informações dela provenientes, bastando aceitá-las como
chegam. Entretanto, quem se der ao trabalho de ler a bíblia sem a imagem de um
deus no lugar das pupilas, e tomar conhecimento da história de cada religião,
descobrirá sordidez escondida sob o manto da santidade que inclui assassinatos,
intrigas, estupro de crianças e guerras tão sangrentas e estimuladas pelo mesmo
mote que dá origem a todas as outras guerras. Entretanto, embora lentamente, a
cada dia que passa a verdade vai substituindo a mentira de tal forma que hoje
não mais existe a exigência divina de levar à fogueira quem pensasse como eu.
Logo aparecerá também a verdade de ser a religião e a politicagem duas formas
de submeter a humanidade a uma escravidão também só não percebida por falta de
raciocínio. Vimos o presidente Lula e Edir Macedo juntos, de mãos dadas, numa
atitude ridícula, a inaugurar a TV Record, e agora teremos a presença da
presidente Dilma e a figura asquerosa do mesmo pastor Edir Macedo que figura na
revista Forbes como um dos homens mais ricos do mundo a inaugurar o templo de
Salomão, monstruosa e inútil construção destinada a ajudar Maluf a extorquir os
paulistas e paulistanos vendendo-lhes em módicas prestações um lugarzinho no
céu ao lado de Deus, fazendo a riqueza do ridículo pastor bilionário, tudo isso
sem nada recolher de imposto embora se tratando de atividade tão lucrativa
quanto a bancária haja vista as fortunas de que se toma conhecimento ao pedir
ao amigão Google para mostrar a “riqueza dos pastores brasileiros”. Este novo
templo de Salomão, na verdade da ótica de quem pensa, merece o mesmo destino do
outro templo também de Salomão.
Deste modo,
respeitar a idéia do religioso é o mesmo que ser indiferente a uma ação da qual
resulta danos a si mesmo, ao próprio religioso inocente, e a todos enfim
porquanto o ajuntamento de pessoas desprovidas da capacidade de raciocinar
nunca formará uma sociedade civilizada do mesmo modo como o faz a união de
pessoas esclarecidas o bastante para entender a necessidade do respeito mútuo e
da indispensabilidade do cooperativismo entre todos como fatores sem os quais a
vida se torna tão desagradável quanto está. Os religiosos se matam entre si. Se
vivessem em territórios distintos os religiosos e os não religiosos, a
sociedade formada pela união dos não religiosos seria muito mais pacífica e
espiritualmente mais evoluída do que a sociedade formada pelos religiosos.
Enquanto os primeiros pensariam no futuro das gerações vindouras, os segundos
passariam, como efetivamente passam, todo o tempo a requebrar os quadris, fazer
barulho, entrar no elevador antes de quem estava esperando, comprar bombas para
curtir o pipoco, acelerar motos preparadas para fazer ruído e incomodar quem
descansa, provocar morticínios e infelicidade, orar e aspergir água sobre pés
de milho como forma de atrair chuva. Separando da brutalidade o refinamento,
resultaria uma sociedade civilizada e pacífica com pouca ou nenhuma
religiosidade e outra sociedade violenta e religiosa com muitos templos,
farmácias, muita doença, barulho, e falta de discernimento.
É por isso que
está errado respeitar as idéias do religioso. Elas travam a evolução mental com
sua mente pequena e isenta de sabedoria bastante para compreender a necessidade
de conviver com as inevitáveis e constantes mudanças e inovações provenientes
tanto da natureza quanto da sociedade. A pequenez mental da religiosidade matou
incontáveis inocentes africanos ao lhes informar falsamente ser nocivo o uso da
camisinha e bate pé firme ser também pecado a pesquisa sobre célula tronco. A
mente do religioso evolui tão lentamente que ainda existe quem conversa com
estátuas de gesso e asperge água e orações sobre pés de milho para fazer
chover. Em função desta morosidade de mudar de lugar o passo da evolução mental
é que até hoje se fala em milagre sem se cogitar da falta de lógica observada
por alguém que pensa ao nos mostrar a irrealidade da convicção de ter Cristo
curado a cegueira de uma pessoa quando poderia curar a cegueira no mundo todo.
A inocência leva os religiosos a prejudicar a sociedade, razão pela qual não se
pode respeitar uma atitude danosa ao meio social porque o dano vai prejudicar a
totalidade dos seres do agrupamento visto ser a sociedade indivisível e o mal
que é feito a uma pessoa ou a muitas pessoas do grupo como a pobreza, por
exemplo, se volta contra todo o grupo sob a forma de doenças e violência.
Esse é o grande
mal que a religião produz: fazer com que as pessoas esperem erradamente receber
das divindades para seus problemas uma solução que só pode ser alcançada
através do esforço que lava à compreensão da realidade da vida, coisa de
nenhuma significação para os religiosos, certos que estão de nada se poder
fazer no sentido de dar à vida a nobreza da paz e da irmandade visto que só a
divindade é capaz de fazer isso. A fantasia da religiosidade precisa ser
substituída pela realidade da vida sem o que jamais haverá civilidade entre os
seres humanos eternamente se debatendo entre orar, dançar, matar, partilhar as
idéias inexistentes de líderes que não sabem fazer um “O”com um copo. São todas
atividades inúteis e prejudiciais ao convívio harmonioso. Na Idade Média,
quando a Peste Negra matava impiedosamente, os religiosos queimavam mulheres a
quem atribuíam atividades de bruxaria, uma inocência tão grande que matavam as
mulheres em vez de matar os germes causadores da doença, no que prejudicavam a
sociedade.
Falta lucidez à
humanidade. Pessoas que não sabem quando um livro está ao contrário contestam
afirmações dos Grandes Mestres do Saber, o que por si só demonstra uma situação
inexplicável e inaceitável. Um analfabeto só pode contestar um cientista sobre
como ser ignorante.
Ah! Outro
lembrete muito útil: devido à usura dos construtores, a economia de material
tira tanto a privacidade nestes apartamentos modernos que nenhum vizinho pode
peidar a gosto. Inté.