sábado, 23 de fevereiro de 2013

TRISTE JUVENTUDE




 Havia ontem na Avenida Olivia Flores um grupo de jovens com a cara pintada. Seria contra a eleição de dois bandidos para a presidência das duas casas do Congresso Nacional, onde são elaboradas as leis que regulamentam o destino da sociedade? Seria contra o fato do ex-presidente da república fazer orgias sexuais acima das nuvens, lá no alto do azul do céu, em luxuoso avião comprado e mantido pelos seus pais? Seria pelo fato de não conseguirem mostrar a seus pais também alienados a burrice que é ter eles de sustentar além dos filhos, milhões de desempregados expulsos do campo pelo agribiuzinesse dos bilionários, muitos deles estrangeiros? Seria pelo fato de haver três livros intitulados Privataria Tucana, Honoráveis Bandidos e O Chefe, mostrando para onde vai o dinheiro dos impostos pagos por seus alienados pais? Talvez fosse pelo fato de ter a presidente da república anunciado que vai tomar providências para aumentar o consumo do qual resultará ainda mais lixo para apodrecer o ar e a água dos quais dependerá a vida dos filhos daqueles jovens e netos de seus alienados pais?  Ou seria por revolta contra a administração municipal que deixa caldo de bosta escorrer pelas ruas e ser levado para suas casas no solado dos sapatos onde provocará doenças?
Não! Infelizmente, não! A tinta na cara daqueles jovens era a única coisa coerente com o comportamento da juventude em geral que é o triste papel de palhaço sem graça.
O sistema deseducacional impinge na juventude uma ignorância monumental, só comparável à do motorista de taxi que me disse em Salvador, há muito tempo, não ter nada com o que dizia o povo sobre a roubalheira de ACM, uma vez que aquele governador não roubava nada dele, do motorista. A mentalidade daquele homem tão pobre de espírito é a mesma mentalidade daqueles universitários também ignorantes.  A estupidez desta triste juventude, alegre apenas por idiotia, produzirá um mundo ainda com maior ignorância e infelicidade para seus filhos. Uma juventude que não se incomoda em pisar em bosta, respirar fumaça preta das descargas e ouvir barulho milhares de vezes superiores ao suportável sem danos à saúde é uma juventude sem nenhuma perspectiva de ser humano. Está mais chegada para os enchedores de privada a que se referiu o gênio Leonardo da Vinci quando definiu magistralmente o comportamento da atual juventude indiferente a todos os desmandos a que estão submetidos, inclusive pagando por tudo que a Constituição Federal lhes garante em troca dos impostos que seus bobos pais pagam. Se estes jovens ignorantes soubessem o que é a Constituição Federal, eu lhes recomendaria uma olhada no artigo quinto, mesmo sabendo que de nada lhes adiantaria porque eles não tem capacidade de entender nada que não seja futebola e axé. Foi esta a sentença do Mestre do Saber na qual se enquadra perfeitamente o comportamento da juventude imbecilizada: “Aqueles que se submetem aos desmandos não passam de condutores de comida. A única marca de sua passagem pelo mundo são latrinas cheias.”
Não é difícil entender porque todas as grandes inteligências repudiam o comportamento geral da humanidade, principalmente do brasileiro, campeão em encher privada.
O mestre Darwin disse que o brasileiro tem quase nada das qualidades que conferem dignidade ao homem.
É realmente triste para quem observa as lições dos grandes Mestres do Saber e aprende haver um modo civilizado de se viver, mas ter de viver em meio a tanta ignorância. Só bois, vacas e bezerros convivem harmoniosamente com bosta. Eu vi, com estes olhos da cara, um jovem, imbecil como todos, ser borrifado por um carro com o caldo fedorento e doentio saído do esgoto. A única coisa que aquela pobre e estúpida criatura fez foi virar a cara para o outro lado e seguiu em frente como se nada estivesse acontecendo enquanto seu corpo recebia um banho de caldo de bosta.
Embora seja comum entre meus parentes viver até mais dos cem anos, eu gostaria de ter uma morte tranquila e rápida a fim de sair do meio desta triste manada.
 
     

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ATÉ QUANDO TANTA INDIGNIDADE?


Quando eu era menino, coisinha de apenas uns sessenta e cinco anos atrás, ouvia uma história de um alienado mental constantemente ridicularizado por imbecis. (A história não falava em imbecis. Mas, como qualificar quem atormenta alguém já naturalmente atormentado?). Certo dia, porém, a debilidade levou seu portador ao desespero e ele arrebentou um dos muitos bobos que frequentemente o atormentavam para espanto dos demais. Quando em julgamento pela agressão praticada, o advogado de defesa da infeliz criatura assumiu uma atitude estranha de riscar palitos de fósforo e ficar a procurar algo pelos cantos da sala e debaixo das mesas, o que irritou o juiz. Inquirido pelo juiz sobre aquele procedimento esquisito em ambiente tão sério, o advogado respondeu que queria mostrar haver um limite para a tolerância como demonstrou o próprio senhor juiz, homem de esmerada educação ao se irritar por apenas alguns segundos ante um quadro desagradável, que dizer daquele infeliz que sempre viveu a suportar humilhações?

Esta história tem tudo a ver com nossa situação de bobos (quase todos) ou humilhados (aqueles que pensam). Ela, a História, mostra que a paciência tanto se esgota no alienado mental como no homem de letras. O detalhe importantíssimo é que os governantes estão tão embevecidos em sua posição de mando que acreditam poder nos manter na condição de eternamente atormentados, tão bobos que vivemos a correr para prover suas necessidades quaisquer que sejam elas. Até templos para homenagear a memória de quem a imprensa diz ser ladrão. Nada pode faltar para as autoridades. Nem mesmo as orgias sexuais não só em luxuosas casas de prostituição que o povo paga para as autoridades, mas também lá bem alto no céu azul em luxuoso avião pago pelo povo bobo que tá mais a fim de saber qual foi o resultado do jogo.

O comportamento das autoridades de total embevecimento com as maravilhas que o poder pode proporcionar quando aliado à ignorância impede que as autoridades se lembrem dos exemplos registrados pela História de como terminou este tipo de procedimento por parte de governantes alheios aos anseios da população. Nem toda a população é constituída de bobos. Além disso, mesmo uma grande parte dos bobos também já está insatisfeita por não poder chegar até àquelas coisas que a televisão lhe inculca na cuca como sendo só maravilha e, além disso, de facílimo acesso, e quem não comprar é viado ou fi de puta. A indiferença de governantes pelos anseios da sociedade já terminou em tanta infelicidade que incluiu corpos separados das cabeças.

O modo como os politiqueiros administram a sociedade não pode ser aceito por quem não seja bobo porque ele levará a sociedade à derrocada total. Não haverá outra definição senão derrocada total para o resultado da produção de tantas quinquilharias e indiferença para com a violência e apelo às compras que inclui mulheres seminuas nas mais variadas posições excitantes. Quem quer que se dedique por algum tempo a pensar no modo bobo como vive o povo brasileiro haverá de se recusar a seguir os mesmos passos. Ele nem mesmo sabe para onde está indo e nem mesmo pensa nisso por estar impossibilitado de pensar face à preguiça cerebral implantada em sua cabeça pela cultura BBB, Fazenda e manchetes na imprensa dando conta de pesquisa para saber quais os homens com as maiores rolas do mundo. Um povo com tal magnitude intelectual não constrói uma sociedade decente.

A maior injustiça a que pode um ser humano ser submetido é viver em meio ao barulho e à impossibilidade de conversar sobre algo que não seja futebola, axé, último modelo de celular, fazer compras ou colocar flores na calçada da boate queimada no Rio Grande do Sul ou fazer orações. Se os bobos de lá não fossem tão bobos a ponto de “não se meter em política” e cobrassem da administração municipal o cumprimento de suas obrigações, ajudando-a inclusive, a esta altura seus jovens não estariam precisando de funerais.

A falta de discernimento de bobo leva a humanidade a recusar sistematicamente o destino inevitável que tem: a morte. “Ninguém quer a morte. Só saúde e sorte” já dizia o poeta. Como, entretanto, a danada da morte não depende de querer ou não querer, inclusive já morreu o jovem poeta criador desta sentença verdadeira apenas para jovens que ainda não tiveram oportunidade de aprender como é que a vida é e para velhos que já perderam a oportunidade de aprender.

Nossa sociedade está tão à deriva que um professor precisa ter vários empregos para apenas sobreviver enquanto um bobo iletrado recebe quarenta mil reais para conversar bobagens por uma hora de relógio sobre futebola. Nossas crianças assistem debates e mais debates sobre a venda de vagina pela mesma imprensa que se diz guardiã dos interesses de seus leitores.

Estamos tão bobos que temos deputado condenado à cadeia por crime comprovado contra nós, mas que em vez de estar no xilindró, lugar de bandidão, está bem a gosto na companhia de seus pares na câmara dos politiqueiros que devia ser CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, a receber suas vantagens de deputado pagas pelo povo bobo e fazendo discursos enxovalhando a justiça que o condenou.

Estamos tão à deriva que aceitamos coisas inaceitáveis para não bobos. Se nós pagamos às autoridades para que elas organizem um sistema judiciário para condenar bandidos, como podemos aceitar que a autoridade não aceite que esta justiça tenha validade quando ele é o bandido? Temos vários ex-presidentes ladrões, denunciados nos livros Privataria Tucana, Honoráveis Bandidos e O Chefe. Entretanto, inexplicavelmente, estão todos aí jurando de pé junto que trabalha pela felicidade de seu povo que vive a chorar nos corredores do hospital por pura birra uma vez que a saúde no governo do PT  é simplesmente beleza pura.

Que triste sina tem esse povo tão bobo que vive a chorar na televisão e a brincar nos palcos e nos estádios construídos com o dinheiro de lhes amenizar os sofrimentos? É um comportamento tão desinteligente o do brasileiro que o leva a ser constantemente ridicularizado até por outros bobos como atores incultos. Vestir roupa confeccionada com lixo hospitalar americano é coisa normal para o brasileiro bobo que não só tira isso de letra, mas também encara numa boa o roubo escancarado do dinheiro de lhe proporcionar melhores condições de vida. É com a bobagem de contar com a eterna bobagem do povo que os politiqueiros roubam a grana de pagar o estudo garantido pela Constituição Federal a todo momento invocada por eles como inviolável, mas que deixa de ser quando anunciam espalhafatosamente como eficiência do seu trabalho o empréstimo de dinheiro a juros para que o estudante pobre possa estudar. Se esse dinheiro já foi passado aos politiqueiros através dos impostos, é uma deslavada safadeza emprestar de volta esse mesmo dinheiro ao seu dono, o povo, que nem sequer sabe disso por ser constituído de bobos.

O que está ocorrendo com a eleição dos presidentes do senado federal e da câmara federal, que não merecem ter os nomes iniciados com letra maiúscula em função de sua pequenez, é uma afronta monumental para quem tem vergonha na cara.  É realmente boba uma juventude que assiste impassível à substituição do seu Congresso Nacional por uma pocilga de negociatas corruptas praticadas por ladrões piores que os assaltantes de rua, porquanto não se arriscam. Não há nível de desclassificação para um congresso que elege bandidos para sua presidência. A disfunção cerebral dos politiqueiros não lhes permite perceber não haver necessidade nem futuro nisso.
Haja saco!