Os meios de
comunicação reduziram o povo à condição de massa bruta tão bruta que o deixa incapaz
de elevar o pensamento além de oração, axé, futebola, “famosos” e
“celebridades”. Nesse exato momento a Rádio Bandeirantes AM de São Paulo acaba
de dar um verdadeiro espéculo no cumprimento da obrigação de imbecilizar a
juventude. O papagaio de microfone do momento dizia ter recebido de um ouvinte
a comunicação de que gostaria muito de participar de corridas, mas que
infelizmente perdera uma perna. É simplesmente de pasmar o que disse o papagaio
de microfone: que isto não devia ser obstáculo porque o jovem de uma perna só
poderia colocar uma prótese e participar das corridas ou mesmo se tornar um
atleta cadeirante. Aí está, pois, o tamanho do desserviço que os meios de
comunicação prestam à juventude. Não vá na conversa desses canalhas não, jovem
de uma perna só. Se o fizer vai se tornar ridículo além de infeliz. Dedique-se
a desenvolver sua capacidade mental através de boas leituras. É como você terá
sucesso em prestar inestimável serviço à juventude ao se tornar capaz de
mostrar aos outros jovens as armadilhas que estes capachos dos meios de
comunicação os induzem tornando-os meros futucadores de telefone incapazes do
menor gesto inteligente.
Ainda que
unicamente por conta do resultado da observação, do conhecimento empírico, aos
poucos a mediocridade mental coletiva vai cedendo lugar a algum esclarecimento
visto que por menor que seja a inteligência ela é inerente mesmo no mais
estulto dos seres humanos. Desta forma, será impossível que a papagaiada de
microfone, capachos dos meios de comunicação consigam eternizar a servidão a
que o povo vem sendo submetido desde que se tem notícia da invenção das
divindades e dos governantes. Interessante é observar que os principais
interessados na manutenção da mediocridade mental coletiva, os meios de
comunicação, sejam eles mesmos os combatentes da mediocridade por eles
defendida. Tomemos como exemplo desta realidade a notícia publicada pela Enciclopédia
Wikipédia versando sobre o livro de Friedrich Engels, intitulado A Situação da
Classe Trabalhadora na Inglaterra. Até mesmo um garoto ligado em livros haveria
de ficar intrigado com a repugnância que os papagaios de microfone a serviço
dos meios de comunicação manifestam contra as ideias de Engels e seu
companheiro de ideologia Marx. A notícia da Wikipédia dá conta de ter Engels
denunciado as condições de penúria em que viviam os trabalhadores nas áreas
industriais da Inglaterra que ele observou durante sua estada em Manchester, então
o coração da Revolução Industrial inglesa. Quem lê livros sabe que na
Inglaterra teve origem o que veio a ser chamada de Revolução Industrial, que
deu origem ao consumismo, que deu origem à inviabilidade da vida na Terra ao
trocar por dinheiro os recursos naturais indispensáveis à saúde. Engels
registrou, por exemplo, que a mortalidade por doenças era mais alta nas cidades
industriais do que no campo, principalmente de trabalhadores. Em cidades como
Manchester e Liverpool, a mortalidade por varíola, sarampo, escarlatina e
coqueluche era quatro vezes maior do que nas áreas rurais vizinhas, e a
mortalidade por convulsões era dez vezes maior do que no campo. Além disso, a
taxa de mortalidade geral em Manchester e Liverpool (onde se concentravam as indústrias)
era significativamente mais elevada do que a média nacional. Levando ao
conhecimento público tal realidade e considerando serem verídicas suas
conclusões uma vez que da industrialização resulta a destruição das condições
de vida no planeta, é de dar o que pensar o porquê de cair de pau os filósofos
assalariados e a papagaiada de microfone sobre as ideias de Engels e seu companheiro
de ideologia Marx, se o que fizeram foi mostrar à humanidade a burrice que é
tornar inviável o futuro das novas gerações para que Tios Patinhas acumulem
fortunas.
É necessário
meditar sobre a possibilidade de não merecer credibilidade aquilo em que se
acredita. Exemplo maior desta necessidade é a afirmação de ser a competição a
melhor forma de se viver em sociedade. Os argumentos nesse sentido não resistem
ao menor raciocínio porque são de uma falsidade visível. O livro A Moralidade
do Capitalismo, por exemplo, diz ser o capitalismo um inovador sistema de
geração de riqueza e transformações sociais que trouxe prosperidade para
bilhões de pessoas. Como para bilhões de pessoas, se no mundo só há sete
bilhões de pessoas apenas um por cento destes sete bilhões detêm para si noventa
e nove por cento da riqueza do mundo? Como prosperidade se multidões de
famintos se deslocam em busca de sobrevivência? Como prosperidade se a maior parte da
população não tem acesso à segurança e saúde e a educação ministrada tem por
objetivo a formação de técnicos em produzir dinheiro, mas sem noção de
cidadania, que ensinam a seus filhos a macaquice de festejar o Halloween? Um só
momento de reflexão é suficiente para se concluir viver-se uma grande mentira em
nome da preservação de um tipo de vida que se mostra irracional. Condena-se ao
ostracismo quem manifesta bons conselhos e se endeusa parasitas sociais,
elevando quadrúpedes mentais à condição de famosos e celebridades com o único
objetivo de enredar a juventude numa tramoia tão grande que os jovens foram
privados da vivacidade e curiosidade próprias de jovens mentalmente sadios. A
vulgaridade toma o lugar da elevação espiritual. Jornal importante como Folha
de São Paulo tem uma coluna sobre putaria e outra sobre cachorrinhos,
considerados por mentes vazias mais importantes do que as crianças desamparadas
que terão a violência no futuro como único instrumento de trabalho. No Yahoo
notícias toma-se conhecimento do número de vezes que trepa determinado casal de
“famosos”. Por trás disso tudo correm coisas do arco da velha que os meios de
comunicação dos ricos donos do mundo procuram esconder atrás de sete chaves. É
por meio destas safadezas que os meios de comunicação mantêm a juventude
imbecilizada a futucar telefone enquanto tem o rabo esfolado na tarefa de se
profissionalizar em alguma coisa para sustentar com seu trabalho palácios
abarrotados de parasitas e a corrupção mostrada pela Lava Jato. Ao buscar
saciar a incontida sede de riqueza do Mercado, mostro de cuja boca escorre baba
de dragão, a humanidade marcha rumo ao impasse insuperável de se autodestruir
em nome de um progresso do qual resulta a situação negativa observada por
Engels, considerado inimigo social pelos verdadeiros inimigos da sociedade.
Está na
imprensa que uma jovem deputada americana chamada Alexandria Ocasio-Cortez propõe que os Estados Unidos tributem a renda
acima de 10 milhões de dólares anuais com uma alíquota de 60 ou 70%. Aí está
uma sugestão que se adotada no mundo inteiro resolveria o problema da fome no
mundo. Entretanto, tal sugestão encontra pela frente a realidade de que pagar
imposto é para pobre. Nas páginas 26 e 27 do livro Política, Ideologia e
Conspirações lê-se o seguinte: “Um
artigo publicado pela North American Alliance em agosto de 1957 revela que os
membros da família Rockfeller, apesar de sua enorme riqueza, na realidade não pagam
imposto de renda. O artigo revela que um deles pagou o enorme total de 685
dólares de imposto de renda em um ano recente. Os Kennedy são donos do
Merchandise Mart de Chicago, de mansões, iates, aviões, tudo sob propriedade de
uma miríade de fundações e trustes familiares. Imposto é para peão!
E assim marcha a humanidade: de rabo esfolado pelo ferro de parasitas
sociais, mas feliz da vida por poder futucar telefone, ter os filhos estuprados
por representantes de deus, fazer oração por quem foi soterrado pelas barragens
e enchentes, abarrotar igrejas onde não raro encontra terroristas em vez de
proteção, ver solenidade no ridículo beijo do Papa no pé do infeliz, acompanhar
notícias sobre “famosos” e “celebridades” que não usam calcinhas e cuecas, lavar
escadas de igrejas, saracotear no carnaval, emocionar-se pelo fato de ter uma
bola tocado a rede, e imbecilidades que tais. Inté.