Na Rádio
CBN, que para não deixar cair a peteca do servilismo de colonizados, tem um
programa chamado THE YOUNG PROFESSIONAL, Fernando Gabeira disse uma coisa
engraçada, mas de grande seriedade. Em pouquíssimas palavras ele disse o porquê
de toda a esculhambação na qual mergulhamos todos e que transforma corredor de
hospital em vale de lágrima, permite que presidente da república compre super
avião para trepar no céu e viajar a serviço da construtora, dá condições a um
secretário municipal da Cidade de São Paulo para adquirir cento e quatro
imóveis com apenas o salário do seu emprego, dá ensejo a que uma obra orçada em
três bilhões consuma mais de vinte bilhões. De tudo isso resulta uma situação
tão insustentável que candidato a presidência da república aparece ao lado de
aculturado chutador de bola em fotografia como mensagem ao povo da eficiência
do seu governo. Agora, diga aí, ó palhaço com o filho escanchado no pescoço a
caminho do futebola, o que o faz tão imbecil a ponto de votar em alguém por
causa de um retrato em companhia de um iletrado jogador de futebola? E o garoto
escanchado no seu pescoço, ó brutamontes mental, por que fazer dele outro
imbecil? Já existem imbecis demais graças à ação devastadora da bandidagem que
decide pelo destino do país como ficou esclarecido quando Gabeira foi indagado
pelo entrevistador sobre o porquê de tanta confusão entre os políticos e
respondeu magistralmente o seguinte: É PORQUE ESTÃO TODOS ELES CORRENDO DA
POLÍCIA. Verdade absoluta que se o povo não fosse povo perceberia o abismo que
separa tal estado de coisas de uma sociedade que se faça respeitar. Nenhuma
sociedade pode prescindir de organização para poder dar certo. Mas como haver
organização se os responsáveis por ela precisam fugir da polícia? Não se
podendo viver senão em sociedade, faz-se necessário haver organização. É como
numa república de estudantes. Faz-se a coleta para pagar a luz, água, aluguel,
cozinheira e a feira. Quando o nomeado para se encarregar desta tarefa (o
tesoureiro) não se conforma com a recompensa combinada em troca do seu trabalho
e se apossa indevidamente fora do combinado de algo a mais, este algo a mais
vai fazer falta no final, razão pela qual levará o espertalhão um pé no
traseiro. Por que não se fazer o mesmo com o político ladrão? Inté.
Será necessário haver tanta pobreza, choro, sofrimento? Que jovens pobres tenham que se endividar para estudar? Estará certa a conduta tradicional de terem as pessoas de trabalhar para sustentar as autoridades vivendo em palácios e com todas as suas necessidades pagas, inclusive riqueza pessoal para levar quando deixarem seus postos de trabalho? Há necessidade de tantas autoridades? Que tal matutarmos sobre estas coisas? Este é o objetivo deste blog. Nenhum mal haverá de fazer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário