quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

ARENGA 356


Na Rádio CBN, que para não deixar cair a peteca do servilismo de colonizados, tem um programa chamado THE YOUNG PROFESSIONAL, Fernando Gabeira disse uma coisa engraçada, mas de grande seriedade. Em pouquíssimas palavras ele disse o porquê de toda a esculhambação na qual mergulhamos todos e que transforma corredor de hospital em vale de lágrima, permite que presidente da república compre super avião para trepar no céu e viajar a serviço da construtora, dá condições a um secretário municipal da Cidade de São Paulo para adquirir cento e quatro imóveis com apenas o salário do seu emprego, dá ensejo a que uma obra orçada em três bilhões consuma mais de vinte bilhões. De tudo isso resulta uma situação tão insustentável que candidato a presidência da república aparece ao lado de aculturado chutador de bola em fotografia como mensagem ao povo da eficiência do seu governo. Agora, diga aí, ó palhaço com o filho escanchado no pescoço a caminho do futebola, o que o faz tão imbecil a ponto de votar em alguém por causa de um retrato em companhia de um iletrado jogador de futebola? E o garoto escanchado no seu pescoço, ó brutamontes mental, por que fazer dele outro imbecil? Já existem imbecis demais graças à ação devastadora da bandidagem que decide pelo destino do país como ficou esclarecido quando Gabeira foi indagado pelo entrevistador sobre o porquê de tanta confusão entre os políticos e respondeu magistralmente o seguinte: É PORQUE ESTÃO TODOS ELES CORRENDO DA POLÍCIA. Verdade absoluta que se o povo não fosse povo perceberia o abismo que separa tal estado de coisas de uma sociedade que se faça respeitar. Nenhuma sociedade pode prescindir de organização para poder dar certo. Mas como haver organização se os responsáveis por ela precisam fugir da polícia? Não se podendo viver senão em sociedade, faz-se necessário haver organização. É como numa república de estudantes. Faz-se a coleta para pagar a luz, água, aluguel, cozinheira e a feira. Quando o nomeado para se encarregar desta tarefa (o tesoureiro) não se conforma com a recompensa combinada em troca do seu trabalho e se apossa indevidamente fora do combinado de algo a mais, este algo a mais vai fazer falta no final, razão pela qual levará o espertalhão um pé no traseiro. Por que não se fazer o mesmo com o político ladrão? Inté.

 

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