Estão na
imprensa notícias dando conta de que:
– Filho de Bolsonaro fica com parte
do salário dos funcionários e filho de Renan Calheiros distribui cargos entre
parentes.
– Das reformas resultarão restrição
à Lava Jato além de mais favorecimento à agiotagem bancária.
– A presidência do Senado Federal
deixou de ser exercida por um empresário milionário e passa a ser exercida por
um empresário milionário.
– A Câmara dos Deputados continua a
ser presidida, conforme observou Zé Simão, pelo Kiko do Chaves.
– Ministro me chamou para ser
laranja e desviar dinheiro, diz candidata do PSL (que em se tratando de
política certamente recusou porque dos cem mil a serem afanados ela só ficaria
com dez).
Ante tantas
novidades, digaí, ô analfabetagem política, cadê a mudança? Analfabeto só sabe
ser analfabeto. Por conta disto é que os analfabetos políticos não podem saber
ser impossível melhorar suas vidas porque por meio do corporativismo as “autoridades”
acobertam mutuamente as bandalheiras das quais decorrem as dificuldades. Os
analfabetos políticos cariocas e carnavalescos não podem saber o quanto lhes
custou a lambança entre Gilmar Mendes e a barata que lhes rói o bolso para que
possam ir de ônibus trabalhar.
Talvez venha
das mulheres a única ação capaz de trazer alguma racionalidade à estupidez
humana uma vez que elas formaram o primeiro contingente humano que no Dia
Internacional da Mulher esbraveja contra a cultura competitiva capitalista
excludente e desumana. No mais, é tudo estupidez. No livro – AFINAL, POR QUE
SOFREMOS? – tergiversando sobre a existência de vida
depois da morte o autor afirma que se a vida não tivesse um sentido mais
elevado os seres humanos seriam iguais aos bichos. Ora, os seres humanos são iguais
aos bichos. Onde está a diferença se são gerados, se desenvolvem e se comportam
do mesmo modo: retirando energia da carne de animais que ambos sacrificam, através
do mesmo processo de ingestão, digestão e expulsão de resíduos. Se do lado
material são iguais, do lado espiritual os humanos também não se mostram
diferentes dos bichos porque também se matam entre si. E na forma de
organizar-se socialmente os humanos se mostram inferiores aos bichos ao
instituírem uma sociedade de senhores e escravos porquanto muitos trabalham
para poucos desfrutarem.
Na mesma
linha de bobagens, o autor do citado livro diz ser opcional o sofrimento. Ora,
vá lamber sabão, pô. Então, os condenados ao sofrimento de morrer assado em
nome de deus teriam feito opção por tamanha barbaridade? E teria Nietzsche
optado por viver em meio à malta humana dominada pela religiosidade que ele
comparou à feiticeira Circe? Teria minha irmã escolhido morrer num sofrimento
atroz causado por um câncer de estômago? Os argumentos do livreco sobre vida no
além dá razão ao historiador Henry Thomas que afirmou ser a humanidade
constituída de seres estúpidos. E podemos afirmar, tão estúpidos que consideram
como mais importantes as pessoas menos importantes espiritualmente, e em vez de
se lançarem à tarefa de viver de forma agradável desperdiçam o pouco tempo de
vida a procurar saber se continua vivendo depois de morrer ou se há vida também
em outros lugares no espaço. A existência de vida pós morte, como tudo mais na
religiosidade, perde força com o passar do tempo. Entre povos mais antigos
enterravam-se armas e alimentos para serem usados na outra vida. Se não mais
procede tamanha imbecilidade é porque aos poucos as credulidades perdem força
até se tornarem mitologia. Quem viver haverá de ver. Inté.
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