sexta-feira, 8 de março de 2019

ARENGA 547


Estão na imprensa notícias dando conta de que:



– Filho de Bolsonaro fica com parte do salário dos funcionários e filho de Renan Calheiros distribui cargos entre parentes.

– Das reformas resultarão restrição à Lava Jato além de mais favorecimento à agiotagem bancária.

– A presidência do Senado Federal deixou de ser exercida por um empresário milionário e passa a ser exercida por um empresário milionário.

– A Câmara dos Deputados continua a ser presidida, conforme observou Zé Simão, pelo Kiko do Chaves.  

– Ministro me chamou para ser laranja e desviar dinheiro, diz candidata do PSL (que em se tratando de política certamente recusou porque dos cem mil a serem afanados ela só ficaria com dez).

Ante tantas novidades, digaí, ô analfabetagem política, cadê a mudança? Analfabeto só sabe ser analfabeto. Por conta disto é que os analfabetos políticos não podem saber ser impossível melhorar suas vidas porque por meio do corporativismo as “autoridades” acobertam mutuamente as bandalheiras das quais decorrem as dificuldades. Os analfabetos políticos cariocas e carnavalescos não podem saber o quanto lhes custou a lambança entre Gilmar Mendes e a barata que lhes rói o bolso para que possam ir de ônibus trabalhar.

Talvez venha das mulheres a única ação capaz de trazer alguma racionalidade à estupidez humana uma vez que elas formaram o primeiro contingente humano que no Dia Internacional da Mulher esbraveja contra a cultura competitiva capitalista excludente e desumana. No mais, é tudo estupidez. No livro – AFINAL, POR QUE SOFREMOS?    tergiversando sobre a existência de vida depois da morte o autor afirma que se a vida não tivesse um sentido mais elevado os seres humanos seriam iguais aos bichos. Ora, os seres humanos são iguais aos bichos. Onde está a diferença se são gerados, se desenvolvem e se comportam do mesmo modo: retirando energia da carne de animais que ambos sacrificam, através do mesmo processo de ingestão, digestão e expulsão de resíduos. Se do lado material são iguais, do lado espiritual os humanos também não se mostram diferentes dos bichos porque também se matam entre si. E na forma de organizar-se socialmente os humanos se mostram inferiores aos bichos ao instituírem uma sociedade de senhores e escravos porquanto muitos trabalham para poucos desfrutarem.

Na mesma linha de bobagens, o autor do citado livro diz ser opcional o sofrimento. Ora, vá lamber sabão, pô. Então, os condenados ao sofrimento de morrer assado em nome de deus teriam feito opção por tamanha barbaridade? E teria Nietzsche optado por viver em meio à malta humana dominada pela religiosidade que ele comparou à feiticeira Circe? Teria minha irmã escolhido morrer num sofrimento atroz causado por um câncer de estômago? Os argumentos do livreco sobre vida no além dá razão ao historiador Henry Thomas que afirmou ser a humanidade constituída de seres estúpidos. E podemos afirmar, tão estúpidos que consideram como mais importantes as pessoas menos importantes espiritualmente, e em vez de se lançarem à tarefa de viver de forma agradável desperdiçam o pouco tempo de vida a procurar saber se continua vivendo depois de morrer ou se há vida também em outros lugares no espaço. A existência de vida pós morte, como tudo mais na religiosidade, perde força com o passar do tempo. Entre povos mais antigos enterravam-se armas e alimentos para serem usados na outra vida. Se não mais procede tamanha imbecilidade é porque aos poucos as credulidades perdem força até se tornarem mitologia. Quem viver haverá de ver. Inté.










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