sexta-feira, 3 de agosto de 2012

MÁS COMPANHIAS

A ninguém é dado o direito de desconhecer vivermos numa sociedade infeliz. A razão pela qual há tantas lágrimas interessa às pessoas muito menos do que lhes desperta o interesse a luz hipnotizadora da televisão mostrar em pleno século vinte e um uma fieira de gregos mambembes passando um para o outro um pedaço de pau com um fogaréu na ponta. Isto se fazia quando o homem já havia perdido medo do fogo, mas não sabia como acendê-lo. Quando pintava um incêndio, neguinho apanhava um pedaço de pau com fogo e não deixava mais se apagar. Quando acabava de queimar o pau que mantinha o fogo, iniciava outro fogo na ponta de outro pau, e assim por diante. Agora que o fogo não é mais difícil, qual o motivo pelo qual desperta menos interesse nas pessoas o futuro de seus filhos do que ver na televisão uns homão de todo tamanho correndo feito louco com um fogo na mão para passar para outro homão que por sua vez passa para outro homão, como se fossem criancinhas em brincadeira.
Um fato da maior importância para a qualidade de vida dos filhos dos jovens de hoje está ocorrendo exatamente neste momento em que se julga uma quadrilha de bandidos que roubou o dinheiro de pagar os professores e os soldados que poderiam estar cuidando da futura qualidade de vida. Entretanto, quantas pessoas estão menos interessadas em ver o pessoal lá em Londres brincar de correr, nadar, pular e dar pinotes no ar?
É por isso que nossa sociedade é tão ruim que pai mata filho, filho mata pai e mãe, mãe mata filho para ficar com herança, mulher carrega o marido em pedaços no saco plástico, as periferias das cidades amanhecem com cadáveres que lá permanecem por horas, uma menininha de treze anos foi morta bem ali nas imediações da Bartolomeu de Gusmão com três tiros na boca, mas nada disso interessa mais do que a luminosidade idiotizadora da televisão e as brincadeiras.
Muitos dos homens tidos como os mais inteligentes pensadores da humanidade sentiram-se em nossa companhia do mesmo modo como nos sentiríamos em meio a uma boiada. Sentiram-se tão deslocados que o escritor Fiódor Dostoievsky classificou as pessoas em instruídas e não instruídas e disse na página 18 do livro Memórias do Subsolo, que a presença de uma pessoa não instruída faz mal a uma pessoa instruída. Ele alega ser mesmo uma doença o mal-estar que sentem as pessoas instruídas com a nossa presença.
Nem precisa ser inteligente para sentir mal-estar em companhia de quem não pensa como ocorre com a absolutíssima maioria da humanidade. E não é por desinteligência que as pessoas não pensam. Elas não pensam porque a luminosidade da televisão não deixa. Ela entrega a estas pessoas os pensamentos já prontinhos. O poder de convencimento da luminosidade da televisão faz as pessoas acreditarem ser mais interessante ver um atleta dar cambalhota do que se interessar pelas ameaças que a ciência está anunciando em decorrência do consumismo desenfreado. A televisão transformou em obrigação o ato espontâneo de se presentear e ensina putaria e violência aos filhos das pessoas que não pensam sob sua completa indiferença. Elas assistem juntamente com seus filhos cenas de prostituição e degradação moral sem se incomodarem. É que não sabem pensar.
Vou propor um teste que demonstrará a completa incapacidade de raciocinar da absoluta maioria das pessoas, o que justifica nosso tipo maligno de sociedade. O teste consiste em analisar o conteúdo desta mensagem que recebi na internete, proveniente de amigo e ser humano da melhor qualidade, competente profissional médico capaz de se preocupar realmente com seus pacientes, o que prova não ser a falta de inteligência que impede as pessoas de pensar. É o modo moderno de vida. Nele só se aprende a trabalhar, ganhar dinheiro, comprar muitas coisas, ter filhos e guardar dinheiro para garantir-lhes o futuro. A única preocupação que se tem em relação aos filhos é quanto a dinheiro. Então, nesse corre-corre atrás de dinheiro não há espaço para se exercitar o pensamento e as pessoas até se esqueceram de fazer seus próprios pensamentos.

Esta é a mensagem:

O menor discurso de Bryan Dyson..., ex-presidente da Coca Cola. Ele disse ao deixar o cargo de Presidente:
“Imagine a vida como um jogo em que você esteja fazendo malabarismos com cinco bolas no ar.
Estas são: seu Trabalho - sua Família - sua Saúde - seus Amigos e sua Vida Espiritual, e você terá de mantê-las todas no ar.
Logo você vai perceber que o Trabalho é como uma bola de borracha. Se soltá-la, ela rebate e volta.
Mas as outras quatro bolas: Família, Saúde, Amigos e Espírito, são frágeis como vidros. Se você soltar qualquer uma destas, ela ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebradas, vale dizer, nunca mais será a mesma.

Deve entender isto: tem que apreciar e esforçar para conseguir cuidar do mais valioso.

Trabalhe eficientemente no horário regular do escritório e deixe o trabalho no horário.
Gaste o tempo requerido à tua família e aos seus amigos.
Faça exercício, coma e descanse adequadamente.
E sobretudo... Cresça na sua vida interior, no espiritual, que é o mais transcendental, porque é eterno.

Shakespeare dizia: "Sempre me sinto feliz, sabes por quê? Porque não espero nada de ninguém.

Esperar sempre dói.
Os problemas não são eternos, sempre têm solução.
O único que não se resolve é a morte.
A vida é curta, por isso, ame-a!
Viva intensamente e recorde:

Antes de falar... Escute!
Antes de escrever... Pense!
Antes de criticar... Examine!
Antes de ferir... Sinta !
Antes de orar... Perdoe!
Antes de gastar... Ganhe!
Antes de render... Tente de novo!
"ANTES DE MORRER... VIVA!"

Nosso objetivo é pensar sobre o conteúdo da mensagem, entretanto, como ninguém vai ler esta baboseira, e como não quero cansar ninguém, da próxima vez comentaremos.



  









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