domingo, 18 de maio de 2014

DESENCANTO COM O BRASIL


O DESENCANTO COM O BRASIL é o título da matéria publicada pela Revista IstoÉ Independente n. 2319, de 3/5/14, pelos jornalistas Amauri Segalla e Paula Rocha, sobre um estudo inédito elaborado por um instituto estrangeiro de nome difícil de falar, sinônimo de capacidade para os para tolos, revela o que os brasileiros pensam de si mesmos e sobre o país. O que pensam sobre eles mesmos é impróprio para ser divulgado na presença de crianças e senhoras. Estão convencidos de que a desonestidade é a característica da alma nacional e que o seu país é um lugar ruim para se viver. Crianças com personalidade formada em tal ambiente não encontram incentivo para ser outra coisa senão os trapos morais e intelectuais em que foi convertida a juventude. Com resultado também danoso à sociedade, outra pesquisa apresentada em matéria do jornalista Leone Farias, publicada no Diário do Grande ABC, de 19/4/14, mostra que 66% dos brasileiros não pensam no futuro.

Aí está o que fizeram desse nosso grandioso país abarrotado de riquezas, mas habitado pelo povo de pior índole entre todos os brutos seres humanos que ainda não conseguiram sair da brutalidade primitiva quando se queimavam pessoas cuja esperteza mental levava a contestar as burrices em voga. A pesquisa confirma esta realidade. É praticamente impossível haver um brasileiro que deixaria de surrupiar algo quando lhe apresenta a oportunidade de fazê-lo sem ser notado. O instinto de rato é mais forte no brasileiro do que no próprio rato. Como o rato, também o brasileiro não dispõe de um mecanismo moral interior e a exposição pública é a única coisa que o faz recuar de sua atitude de canalha. Já ouvi dizer que um “esperto” vendeu o Pão de Açucar e que outro vendeu a Central do Brasil. Uma historinha ouvida no beteco define bem a personalidade do brasileiro: sujeito comprou e pagou no ato da compra um cavalo, mas quando foi buscá-lo o fazendeiro que o vendeu ia devolvendo ao comprador o dinheiro porque o cavalo tinha sido morto por picada de cobra na véspera. Entretanto, para espanto do fazendeiro, o comprador não quis o dinheiro e disse que ficaria com o cavalo. Algum tempo depois, encontrando o fazendeiro com o comprador do cavalo morto, ouviu deste que rifara o cavalo e ganhara mais do que pagou por ele. O fazendeiro quis saber se ninguém tinha reclamado, ao que respondeu o dono da rifa: Apenas o ganhador reclamou. Devolvi-lhe o dinheiro do bilhete e ficou tudo bem. Esta atitude é realmente inata do brasileiro que infelizmente nasce talhado para a canalhice.

Chega de tanta canalhice! Cadê uma juventude capaz de sacudir fora a babaquice de ser babaca e assumir papel de verdadeiros e verdadeiras homens e mulheres com atitudes se não inteligentes, pelo menos um pouquinho menos burras, que tomem nas mãos um processo de dignificação de seu país inteiramente desonrado e ricularizado perante o mundo. Os jovens estão inteiramente abobalhados pela parafernalha eletrônica que nem se lembram mais fazer parte da natureza. O jovem que futuca o aparelho enquanto mastiga o almoço e bebe refrigerante, está fazendo a reserva de um leito na UTI onde curtirá uma velhice amarga, espetado por agulhas e tubos de todos os modos e em todos os lugares do corpo carcomido e enrugado.  Se o que está posto aí como modo de vida é resultado do progresso, faz-se necessário parar de progredir porque deste progresso nada resultou de conforto espiritual sem o qual não tem sentido a produção de dinheiro. Caso algum jovem leia isso aqui, pense um pouco que não dói. Pense em defender um sistema de educação que ensine seus filhos a ter orgulho do seu pais por motivos outros que não a riqueza, posto que toda riqueza é feita por meios escusos e incompatíveis com a harmonia indispensável à formação de uma sociedade civilizada. Se faz bonito o desempenho de um profissional de qualquer área que usou bem seus conhecimentos e talento na defesa vitoriosa do interesse de seu cliente, muito mais bonito faz quem cumpre seu dever de estadista colocando acima de qualquer outro interesse a defesa do bem-estar material e espiritual de seus liderados. Se é grande o encantamento devotado ao bravo soldado homenageado por heroismo na guerra, muito maior ainda é o encantamento da ação dos estadistas que conduzem as sociedades por eles lideradas num clima onde a tranquilidade seja maior do que a intranquilidade, o que afasta a necessidade das guerras. Como declama emocionado meu amigo advogado e poeta doutor Raimundo Cunha: “Verdadeiro amigo é o que evita cair a lágrima. Não aquele que a enxuga”.

As respostas a duas perguntinhas simples, nada mais que duas, são suficientes para fazer pensar os pouquíssimos jovens que sabem existir a letra “r” no final da palavra “comer”. São elas: Que qualidades edificantes de uma sociedade civilizada apresenta o Brasil? Qual o nível moral e intelectual das pessoas mais admiradas pelos brasileiros? Chega-se inevitavelmente à conclusão triste de que a única contribuição que o Brasil tem a eferecer é de desorganização, roubalheira, prostituição violência, gosto pela imitação, entreguismo de suas riquezas, enfim, por aí e muito mais, o que não condiz com personalidade de homem e de mulher que possam ser chamados de homem e mulher. O conhecimento das pessoas mais admiradas, objeto da segunda resposta, excluída a capacidade de enriquecer às custas da ignorância popular, pode ser medida através de um testezinho simples pedindo às “celebridades” e “famosos” que preencham um questionário com apenas uma perguntinhas que pode ser a seguinte: Que reflexos tem na sociedade uma reforma agrária e o agribiuzinesse? Então, com estas características, A sociedade brasileira e o Barasil só podem mesmo serem repugnados pelos próprios brasileiros. Não por serem superiores às baixarias em que vivem. Ao contrário, o que faz chiar os brasileiros que responderam a pesquisa não foi sentimento de nobreza de caráter para capaz de repudiar a canalhice e a burrice. Nada disso, eles estão putos da vida porque o medo da violência os imepe de desfrutar com tranquilidade dos requebramentos nos terreiros de axé, futebola e de religiosidade. Inté.

  

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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