O DESENCANTO COM O BRASIL é o título da matéria publicada pela Revista
IstoÉ Independente n. 2319, de 3/5/14, pelos jornalistas Amauri Segalla e Paula
Rocha, sobre um estudo inédito elaborado por um instituto estrangeiro de nome
difícil de falar, sinônimo de capacidade para os para tolos, revela o que os
brasileiros pensam de si mesmos e sobre o país. O que pensam sobre eles mesmos é
impróprio para ser divulgado na presença de crianças e senhoras. Estão
convencidos de que a desonestidade é a característica da alma nacional e que o
seu país é um lugar ruim para se viver. Crianças com personalidade formada em
tal ambiente não encontram incentivo para ser outra coisa senão os trapos
morais e intelectuais em que foi convertida a juventude. Com resultado também
danoso à sociedade, outra pesquisa apresentada em matéria do jornalista Leone
Farias, publicada no Diário do Grande ABC, de 19/4/14, mostra que 66% dos
brasileiros não pensam no futuro.
Aí está o que fizeram desse nosso grandioso país abarrotado de riquezas,
mas habitado pelo povo de pior índole entre todos os brutos seres humanos que
ainda não conseguiram sair da brutalidade primitiva quando se queimavam pessoas
cuja esperteza mental levava a contestar as burrices em voga. A pesquisa confirma
esta realidade. É praticamente impossível haver um brasileiro que deixaria de
surrupiar algo quando lhe apresenta a oportunidade de fazê-lo sem ser notado. O
instinto de rato é mais forte no brasileiro do que no próprio rato. Como o rato,
também o brasileiro não dispõe de um mecanismo moral interior e a exposição
pública é a única coisa que o faz recuar de sua atitude de canalha. Já ouvi
dizer que um “esperto” vendeu o Pão de Açucar e que outro vendeu a Central do
Brasil. Uma historinha ouvida no beteco define bem a personalidade do
brasileiro: sujeito comprou e pagou no ato da compra um cavalo, mas quando foi
buscá-lo o fazendeiro que o vendeu ia devolvendo ao comprador o dinheiro porque
o cavalo tinha sido morto por picada de cobra na véspera. Entretanto, para
espanto do fazendeiro, o comprador não quis o dinheiro e disse que ficaria com
o cavalo. Algum tempo depois, encontrando o fazendeiro com o comprador do
cavalo morto, ouviu deste que rifara o cavalo e ganhara mais do que pagou por
ele. O fazendeiro quis saber se ninguém tinha reclamado, ao que respondeu o
dono da rifa: Apenas o ganhador reclamou. Devolvi-lhe o dinheiro do bilhete e
ficou tudo bem. Esta atitude é realmente inata do brasileiro que infelizmente
nasce talhado para a canalhice.
Chega de tanta canalhice! Cadê uma juventude capaz de sacudir fora a
babaquice de ser babaca e assumir papel de verdadeiros e verdadeiras homens e
mulheres com atitudes se não inteligentes, pelo menos um pouquinho menos burras,
que tomem nas mãos um processo de dignificação de seu país inteiramente
desonrado e ricularizado perante o mundo. Os jovens estão inteiramente
abobalhados pela parafernalha eletrônica que nem se lembram mais fazer parte da
natureza. O jovem que futuca o aparelho enquanto mastiga o almoço e bebe
refrigerante, está fazendo a reserva de um leito na UTI onde curtirá uma
velhice amarga, espetado por agulhas e tubos de todos os modos e em todos os
lugares do corpo carcomido e enrugado. Se o que está posto aí como modo de vida é
resultado do progresso, faz-se necessário parar de progredir porque deste
progresso nada resultou de conforto espiritual sem o qual não tem sentido a
produção de dinheiro. Caso algum jovem leia isso aqui, pense um pouco que não
dói. Pense em defender um sistema de educação que ensine seus filhos a ter
orgulho do seu pais por motivos outros que não a riqueza, posto que toda
riqueza é feita por meios escusos e incompatíveis com a harmonia indispensável
à formação de uma sociedade civilizada. Se faz bonito o desempenho de um
profissional de qualquer área que usou bem seus conhecimentos e talento na defesa
vitoriosa do interesse de seu cliente, muito mais bonito faz quem cumpre seu
dever de estadista colocando acima de qualquer outro interesse a defesa do
bem-estar material e espiritual de seus liderados. Se é grande o encantamento
devotado ao bravo soldado homenageado por heroismo na guerra, muito maior ainda
é o encantamento da ação dos estadistas que conduzem as sociedades por eles
lideradas num clima onde a tranquilidade seja maior do que a intranquilidade, o
que afasta a necessidade das guerras. Como declama emocionado meu amigo
advogado e poeta doutor Raimundo Cunha: “Verdadeiro amigo é o que evita cair a
lágrima. Não aquele que a enxuga”.
As respostas a duas perguntinhas simples, nada mais que duas, são
suficientes para fazer pensar os pouquíssimos jovens que sabem existir a letra
“r” no final da palavra “comer”. São elas: Que qualidades edificantes de uma
sociedade civilizada apresenta o Brasil? Qual o nível moral e intelectual das
pessoas mais admiradas pelos brasileiros? Chega-se inevitavelmente à conclusão
triste de que a única contribuição que o Brasil tem a eferecer é de
desorganização, roubalheira, prostituição violência, gosto pela imitação,
entreguismo de suas riquezas, enfim, por aí e muito mais, o que não condiz com
personalidade de homem e de mulher que possam ser chamados de homem e mulher. O
conhecimento das pessoas mais admiradas, objeto da segunda resposta, excluída a
capacidade de enriquecer às custas da ignorância popular, pode ser medida
através de um testezinho simples pedindo às “celebridades” e “famosos” que
preencham um questionário com apenas uma perguntinhas que pode ser a seguinte: Que
reflexos tem na sociedade uma reforma agrária e o agribiuzinesse? Então, com
estas características, A sociedade brasileira e o Barasil só podem mesmo serem
repugnados pelos próprios brasileiros. Não por serem superiores às baixarias em
que vivem. Ao contrário, o que faz chiar os brasileiros que responderam a
pesquisa não foi sentimento de nobreza de caráter para capaz de repudiar a
canalhice e a burrice. Nada disso, eles estão putos da vida porque o medo da
violência os imepe de desfrutar com tranquilidade dos requebramentos nos terreiros
de axé, futebola e de religiosidade. Inté.
Nenhum comentário:
Postar um comentário