domingo, 28 de setembro de 2014

ARENGA CINQUENTA E QUATRO


A juventude não pode ser tratada de outra forma senão a cacete. Sem essa de obrigatoriedade de se respeitar opinião alheia. Respeita-se uma opinião quando nela há ao menos vestígio de sensatez ou sabedoria. Mas não há lógica em se respeitar a opinião de demente mental uma vez que a incapacidade de raciocinar torna o débil incapaz de ter idéias coerentes com a realidade. Como respeitar a idéia de votar em Tiririca, Maluf e Collor, como faz o povo de São Paulo? Embora nem todos jovens sejam débeis mentais, o comportamento se assemelha. Do mesmo modo como o débil é indiferente a situações perigosas, assim também é o jovem. Estão aí mil e uma provas de estar vivendo o absurdo de comer, beber e respirar veneno, de faltar água e até mesmo o alimento envenenado, no entanto, jovem algum pensa nisso. No blog Outras Palavras há uma matéria de dar calafrios sobre a contaminação dos lençóis freáticos em São Paulo por nitrato, através de milhares de poços artesianos descuidados, substância que provoca câncer e uma série de coisas horrorosas.

 Mas não é só a faixa inferior da escala etária da sociedade que está passível de cacete. Também a faixa superior, aquela que estabelece as regras a serem observadas por todos, estão carentes de bordoadas. Vejam só o que os comandantes estabelecem como regra de procedimento para nós: diz aqui na revistinha Pegadinhas da Língua Portuguesa que está errado dizer “o chefe reclamou porque a secretária não tinha entregue o relatório”. Agora, vejam só a explicação: Está errado porque o verbo entregar tem dois particípios: “entregue” e “entregado”. Com os verbos ter ou haver, a forma a ser empregada é “entregado”. Com os verbos ser e estar, deve ser empregada a forma “entregue”. E ensinaram esta sandice ao computador que ele tascou um risco verde debaixo da palavra entregue da frase em negrito e mandou substituir por entregado, como exige a regra maluca. Isto é uma bobagem sem tamanho. O bom senso por si só conduz a comunicação a bom termo sem necessidades de regras rígidas a serem observadas. Enquanto se cuida de bobagens, nossa cultura linguística é invadida principalmente pelo inglês, sem causar qualquer preocupação. Até para vender coco verde se lança mão do inglês. Há uma banca na Rua Francisco Santos anunciando “Fast coco”, e no “Choping” Conquista Sul há uma banca onde se vê um I (i maiúsculo) ao lado do desenho de um coração que está ao lado da palavra “shoes”. Perguntei à bela mocinha o significado de I coração chois e ela me explicou: Eu amo sapato (assim mesmo. No singular).

Em lugar de sandices, a direção da sociedade tinha mais é que ensinar aos jovens a necessidade de se tomar conhecimento de uma instituição chamada sociedade que precisa ser cuidada, mas que está sendo destruída pela insensatez de ser a riqueza a única coisa que faz com que os jovens tirem o pé do lugar. O desconhecimento de sociabilidade leva as pessoas de maiores posses a evitar pagar imposto em função das mazelas da administração pública, no que incorrem em grave erro que desarruma a sociedade ainda mais porque o governo arranca dos de menos posses tudo aquilo que falta para completar o de que precisa tendo em vista que o governo tem um limite estabelecido para seus gastos, cumprido rigorosamente doa a quem doer. Acontece que para satisfazer suas necessidades na maioria desnecessárias o governo escalpela os de menos posses e eles vão se tornando cada vez de menos posses até virar necessitados buscando atender suas necessidades invadindo as posses dos de muitas posses, o que dá origem a um ambiente de violência e infelicidade para todos.

Não se pode ter dúvida da necessidade de mudança. Mas a mudança não virá das autoridades. Só o povo promove mudanças. Mas como o povo é do tipo que bem sabemos como é, a única mudança que lhe desperta atenção é quando muda um comandante de futebola. Mas enquanto houver alento, este malamanhado blog instigará os palermas futucadores para pedir-lhes que salvem a humanidade por causa das criancinhas rechonchudas principalmente. E olha que a opinião deste blog não é de se jogar fora porque uma santidade e um gênio na comunicação concordam com suas idéias, ou pelo menos com algumas. Sua Santidade o Papa, ao ser ameaçado de morte pelos jihadistas, fez exatamente como esse blog recomenda e faria, fazendo crer ter se orientado por aqui. Vejam se não a opinião aqui defendida a adotada por Sua Santidade: em vez de cercar-se de orações, cercou-se de homens fortemente armados. Mas não fica por aí a coincidência de pensamento entre genialidades e este malamanhado. Também o doutor Arnaldo Jabor manifestou sua concordância com a opinião deste desarrumado blog ao concordar conosco sobre a sinceridade e a importância do doutor Joaquim Barbosa para nos dar um rumo. Portanto, moçada, melhor passar do estágio de não pensante para o de gente. Inté.

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