A birra deste mal amanhado blog
em estabelecer comunicação por escrito com jovens que não leem, se assemelha à
personalidade daquele executivo de certa indústria de sapatos que fora enviado
para fazer uma pesquisa sobre a possibilidade de abrir uma filial em
determinado lugar, onde, ao chegar, observou que todos andavam descalços.
Absolutamente ninguém usava sapato, razão pela qual deu a seguinte resposta:
Ótimas perspectivas. Aqui ninguém ainda usa sapato. Antes dele, outro
executivo, ante aquela mesma situação, informou à empresa não ser interessante
uma loja onde ninguém usava sapato.
É com este otimismo em proteger as
criancinhas rechonchudas que este malamanhado não desiste de procurar lembrar
que estamos cercados de perigos: vivemos uma guerra civil que mata cinquenta
mil pessoas no ano sem que isto seja capaz de fazer os jovens levantar os olhos
do aparelho de futucar para ver os cadáveres entre os quais logo poderá estar
alguém de sua família ou ele próprio. A UNICEF acaba de declarar que o Brasil é
o sexto país no mundo em taxa de homicídios de crianças e jovens. E os jovens
nem mesmo sabem disso. Além da ameaça da violência que já alcançou nossos
vizinhos e que nos alcançará a qualquer momento, também estamos ameaçados pelo
resultado da agressão à natureza unicamente para satisfazer tanto a estupidez
de quem pensa precisar aparecer na revista Forbes, quanto a de quem compra tudo
que os papagaios da televisão mandam comprar, resultando de tanta estupidez
incessante esburacamento prá tirar material e um maldito fumaceiro que acabará
por cobrir a luz do sol, enquanto a juventude vegeta num mundo de fantasias sem
nenhuma conexão com a realidade, como se pode ver na seguinte notícia publicada
no Jornal do Brasil de 4/9/14: Novas oportunidades de negócios no campo - Os
dados são extremamente positivos e mostram que o campo se transformou em um
importante nicho de mercado mesmo
diante de um período de recessão econômica. Investir no agronegócio passou a
ser uma oportunidade de alta lucratividade. E quando falo em trabalhar no
campo, não me limito apenas aos trabalhadores rurais, é possível investir
também na comercialização de equipamentos e insumos agrícolas.
O que se vê aí é a ante-realidade. Tudo
que se fala ali é exatamente o oposto do que é. Fala em “negócios no campo”. Os
“negócios” a que se refere a inversão da verdade são altas negociatas em que o
BNDES empresta fortunas aos donos de imensas áreas de terra a juros
baratíssimos e prazos enormes, sendo muitas destas dívidas simplesmente
perdoadas. Além disso, o campo, este sim, é que é verdadeiramente sagrado por
ser o lugar de onde sai a alimentação. Negociar o chão de produzir comida é
perjúrio maior do que negociar uma igreja que não serve para outra coisa senão prover
a ignorância que é a causa de todos os males. Os exemplos da inutilidade da
religião estão aí a toda prova. O representante máximo de Deus está tomando
providências para aumentar sua proteção por homens armados porque os religiosos
lá da terra de Deus, que tem outra maneira de adorá-Lo, estão a fim de dar
sumiço não só no papa, mas também em todos que professam religião diferente, outro
perigo que a todos ameaça enquanto a juventude palerma futuca telefone. Outro
representante de Deus, o arcebispo do Rio de Janeiro, foi assaltado e despojado
dos objetos sacros. Quando será que a manada despertará para a realidade de que
só o erário é capaz de dar proteção e que precisa ser protegido? Certamente
chegará esse dia porque muitas outras coisas tidas como tão indiscutíveis quanto
a fé passaram a ser ridículas como a proibição de estudar o corpo humano.
Outra distorção
daquela matéria jornalística é a mentira da vantagem em se investir no
agribiuzinesse como forma de ganhar dinheiro, o que é o cúmulo do absurdo. Dá tristeza
pensar no futuro das pobres criancinhas. É o cúmulo porque esse ganho aí que os
papagaios papagaiam nos microfones e nos jornais como coisa muito boa, nada
mais é do que um dinheirinho a mais que milhões de compradores de comida terão
que desembolsar desnecessariamente com a única finalidade de aumentar a riqueza
de agiotas que se locupletam às custas de quem precisa fazer a feira de cada
dia. Enfim, para não encompridar a prosa, como
resultado dos venenos do agribiuzinesse, surgiu uma doença chamada CKDu que
destrói os rins dos pobres trabalhadores cujo emprego os malditos papagaios com
microfone recomendam.
Não
se pode ter dúvida de estar tudo errado e muito menos ainda quanto à
necessidade de arrumar a desarrumação social. Mas como, se a força viva da
sociedade, a juventude, não transfere o pensamento das imbecilidades para as
coisas sérias como a perseguição feita ao doutor Joaquim Barbosa pelos que se
acostumaram à sombra do poder político, e que por isso mesmo tentam denegrir a
imagem do único brasileiro que se mostrou empenhado na defesa das futuras
gerações? Chega a dar nojo o contorcionismo feito pelos julgadores para evitar
que a bandidagem do Mensalão fosse condenada por formação de quadrilha, crime
praticado e condenado pelo doutor Barbosa, contrariando os que preferem ver seu
país mergulhado nas indignidades a que já se acostumou, com seu povo sem saber
o que é pudor, agindo como macacos tarados por fazer compras em Me Ame. Houvesse
uma juventude prestável, sairia em defesa de seu benfeitor, o ministro Joaquim
Barbosa, cuja honra estão tentando inutilmente enxovalhar. Alegam os criadores
de dificuldades para vender facilidades, aqueles que preferem a sombra dos
palácios por onde abundam as pastas 007, que o ministro Barbosa é um homem
derrotado, quando, na realidade, são eles os derrotados perante a opinião das
juventudes vindouras. A suposta frustração atribuída ao doutor Barbosa em sua
pretensão de ser presidente da república mencionada por seus detratores reflete
que os covardes tem dos corajosos. Por acaso, esta imagem, representa a figura
de um homem derrotado?
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