quinta-feira, 26 de julho de 2018

ARENGA 506


Para saber o motivo da desarrumação do mundo não é preciso ler nenhuma das seiscentas e quarenta e três páginas do livro A desordem Mundial, do intelectualíssimo Luiz Alberto Moniz bandeira, calhamaço chatíssimo e próprio para intelectuais e seus livros bons de venda porque eles estão mais preocupados em pavonear sua intelectualidade em esbanjamento de erudição do que em explicar o motivo pelo qual há desordem no mundo, o que fica plenamente explicado tomando-se conhecimento da seguinte frase do historiador Henry Thomas na página dezesseis do livro História da Raça Humana: O HOMEM É UMA CRIATURA ESTÚPIDA. Os dicionários definem a estupidez como falta de inteligência. Assim, não se pode esperar que seres desprovidos de inteligência sejam capazes de ações inteligentes que pusessem ordem no mundo. A estupidez humana aparece de modo espetacular nas suas duas principais prioridades: Deus e riqueza, justamente as causas da infelicidade humana por serem duas irrealidades. Simples assim. É nociva a crença na existência de Deus porque ela implanta outra falsa crença: a de não ser preciso lutar por um destino melhor uma vez que Deus estabelece o destino de cada um. Simples assim: deixando-se o destino individual ao acaso, deixa-se também ao acaso o destino da humanidade porque ele é a somatória dos destinos individuais, enquanto que a nocividade da crença na riqueza é que ela depende da competição que desembocou na realidade insustentável e perigosa de haver um rico para milhões de pobres a lamber os beiços, de olhos grandes sobre a riqueza dele.

Não há maior estupidez do que pensar o futuro apenas no que diz respeito a dinheiro; há estupidez em apodrecer a água do planeta e ir procurá-la em Marte porque ainda que se ligue um cano na água de lá e a traga prá cá, ela custará tão caro que a imensa massa bruta de povo não aguentará a sede e avançará sob o que quer que a impeça de beber a água marciana azul ou verde. Há estupidez em não meter de pronto políticos na cadeia. Ter dúvida sobre seus crimes, como faz a (in)justiça), equivale a se encontrar as penas da galinha que falta no galinheiro e ter dúvida se ela foi morta pela raposa encontrada lá dentro. Há estupidez em não condicionar a quantidade de usuários à quantidade de recursos naturais; há estupidez no consumismo, na crença de que emprego seja sinônimo de bem-estar social, na necessidade de se acalmar o Mercado em vez da violência que leva jovens às drogas, ao suicídio e a disparar armas sobre outros jovens. Tudo é só estupidez. Até nas ações das quais resultaram melhores condições de vida como proteção contra o desabrigo e a saúde provêm do instinto e não da inteligência porque a anta também evita os dissabores da natureza. A desinteligência materializa-se plenamente na ação de usar o avanço científico para criação de riqueza para poucos em vez de ser usado para o bem comum.

Portanto, apenas a frase do historiador “o homem é uma criatura estúpida” esclarece com mais eficiência do que o livro chatíssimo A Desordem Mundial o porquê da desordem. Assim, passa-se a palavra à juventude, quando houver uma juventude menos estúpida do que atual. Inté.   

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário