sexta-feira, 27 de julho de 2018

ARENGA 507


As candidaturas de Luciano Huck a presidente da república e de Romário a governador do Rio de Janeiro expõem a realidade de haver algo de estupidamente errado com a política. Sendo ela, a política que determina as condições de vida da humanidade, fica claro a necessidade de uma nova política porque desta que está aí resultou uma insegurança tão grande e geral que ninguém está a salvo de a qualquer momento ser vítima da violência. Embora intelectuais e analistas políticos discorram incansável e enfadonhamente sobre política, ninguém se preocupa com o motivo pelo qual pessoas incapazes de redigirem um texto sobre algum assunto ainda que trivial por absoluta falta de conhecimento podem ser chefes de governo com aprovação das velhas raposas da política como Fernando Henrique Cardoso e Miro Teixeira? Antes da resposta, abre-se um parênteses para observar a propriedade da expressão “velhas raposas” atribuída aos políticos mais experientes.  porque o interesse e a ação deles na política é o mesmo interesse e ação da raposa no galinheiro. Fechado o parêntese, a resposta à questão de não se exigir qualificação intelectual para chefes de governo é simples: É que a “res publica” ou recursos públicos são considerados coisa de ninguém. Esta é a razão pela qual ninguém se interessa pelo resultado de sua administração. Quanto ao interesse das “velhas raposas” em ter como chefe do galinheiro, digo, do governo, pessoas de nenhuma qualificação moral ou intelectual é que a falta de discernimento e absoluta incapacidade administrativa destas pessoas, decorrente de seu analfabetismo, torna tais criaturas marionetes tão facilmente manobráveis que a chave do galinheiro, digo, do cofre, fica à mercê das “velhas raposas”.

O fato de haver algo errado com a política só não é percebido pelo povo por lhe ser vetada a atividade de pensar. Embora as aulas de filosofia, ciência que objetiva o desenvolvimento da atividade de pensar, não sejam absorvidas pela juventude porque as mentes dos jovens estão preocupadas com o exame de urina do jogador de futebola, a matéria filosofia está sendo retirada do currículo escolar, o que certamente ocasionará aos intelectuais oportunidade para demonstrar erudição através de grande, inútil e enfadonha tergiversação sobre o assunto. Mas na verdade tal procedimento visa dificultar à massa bruta de povo a percepção de sua condição de burro de carroça puxando um mundo de parasitas, realidade que aparece em notícias como esta, intitulada LUCRO DE BANCOS É MAIOR QUE GASTO COM BOLSA FAMÍLIA, onde se lê: Ganhos de cinco famílias banqueiras vão superar os R$ 30 bilhões do programa com 39 milhões de famílias. O Segundo maior banco privado do país, o Bradesco, fundado por Amador Aguiar, em 1943, divulgou ontem lucro líquido recorrente de R$ 5,161 bilhões no segundo trimestre. É por isto que se proíbe à massa bruta de povo o contato com a filosofia porque só mesmo não pensando para se encarar como normal uma política da qual resulte tão brutal realidade.

A tarefa de viver está envolta num manto de falsidades que só são aceitas em função da incapacidade de pensar implantada nas pessoas desde tenra idade graças em função de dois fatores: A MALDADE HUMANA E A FACILIDADE COM QUE O CÉREBRO PODE SER CONDUZIDO. Esta realidade pode ser percebida quando o banqueiro paga a “celebridade” Rodrigo Santoro para se dirigir ao povo e sugerir-lhe “benesses” do Bradesco.

Custa nada sonhar com um mundo habitado por gente em vez de povo. Nenão? Inté.   

 

 

 

 

 

 

 

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