As
candidaturas de Luciano Huck a presidente da república e de Romário a
governador do Rio de Janeiro expõem a realidade de haver algo de estupidamente
errado com a política. Sendo ela, a política que determina as condições de vida
da humanidade, fica claro a necessidade de uma nova política porque desta que
está aí resultou uma insegurança tão grande e geral que ninguém está a salvo de
a qualquer momento ser vítima da violência. Embora intelectuais e analistas
políticos discorram incansável e enfadonhamente sobre política, ninguém se
preocupa com o motivo pelo qual pessoas incapazes de redigirem um texto sobre
algum assunto ainda que trivial por absoluta falta de conhecimento podem ser chefes
de governo com aprovação das velhas raposas da política como Fernando Henrique
Cardoso e Miro Teixeira? Antes da resposta, abre-se um parênteses para observar
a propriedade da expressão “velhas raposas” atribuída aos políticos mais
experientes. porque o interesse e a ação
deles na política é o mesmo interesse e ação da raposa no galinheiro. Fechado o
parêntese, a resposta à questão de não se exigir qualificação intelectual para
chefes de governo é simples: É que a “res publica” ou recursos públicos são
considerados coisa de ninguém. Esta é a razão pela qual ninguém se interessa
pelo resultado de sua administração. Quanto ao interesse das “velhas raposas”
em ter como chefe do galinheiro, digo, do governo, pessoas de nenhuma
qualificação moral ou intelectual é que a falta de discernimento e absoluta
incapacidade administrativa destas pessoas, decorrente de seu analfabetismo, torna
tais criaturas marionetes tão facilmente manobráveis que a chave do galinheiro,
digo, do cofre, fica à mercê das “velhas raposas”.
O fato de
haver algo errado com a política só não é percebido pelo povo por lhe ser
vetada a atividade de pensar. Embora as aulas de filosofia, ciência que
objetiva o desenvolvimento da atividade de pensar, não sejam absorvidas pela
juventude porque as mentes dos jovens estão preocupadas com o exame de urina do
jogador de futebola, a matéria filosofia está sendo retirada do currículo
escolar, o que certamente ocasionará aos intelectuais oportunidade para
demonstrar erudição através de grande, inútil e enfadonha tergiversação sobre o
assunto. Mas na verdade tal procedimento visa dificultar à massa bruta de povo
a percepção de sua condição de burro de carroça puxando um mundo de parasitas,
realidade que aparece em notícias como esta, intitulada LUCRO DE BANCOS É MAIOR
QUE GASTO COM BOLSA FAMÍLIA, onde se lê: Ganhos
de cinco famílias banqueiras vão superar os R$ 30 bilhões do programa com 39
milhões de famílias. O Segundo maior banco privado do país, o Bradesco, fundado
por Amador Aguiar, em 1943, divulgou ontem lucro líquido recorrente de R$ 5,161
bilhões no segundo trimestre. É por isto que se proíbe à massa bruta de
povo o contato com a filosofia porque só mesmo não pensando para se encarar
como normal uma política da qual resulte tão brutal realidade.
A tarefa de
viver está envolta num manto de falsidades que só são aceitas em função da incapacidade
de pensar implantada nas pessoas desde tenra idade graças em função de dois
fatores: A MALDADE HUMANA E A FACILIDADE COM QUE O CÉREBRO PODE SER CONDUZIDO.
Esta realidade pode ser percebida quando o banqueiro paga a “celebridade”
Rodrigo Santoro para se dirigir ao povo e sugerir-lhe “benesses” do Bradesco.
Custa nada
sonhar com um mundo habitado por gente em vez de povo. Nenão? Inté.
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