sexta-feira, 20 de julho de 2018

ARENGA 503


Ser candidato no México é quase uma sentença de morte - Desde o início da campanha eleitoral, ao menos 114 políticos e candidatos foram assassinados. Esta notícia na imprensa dispensa toda futricagem da papagaiada de microfone que, como comadres futriqueiras, futricam enjoativamente sobre candidaturas, planos de governo, coligações, Centrão, Esquerda, Direita e a PQP, tudo encheção de saco e perda de tempo porque as reuniões de candidatos e as coligações políticas têm para a massa bruta de povo o mesmo resultado das reuniões e das coligações entre facções mafiosas para determinar as área sobre as quais terão direito de extorquir as pessoas através da venda de proteção e drogas. Falar nisso, cadê o senador e seu filho apanhados com meia tonelada de cocaína? A movimentação de urubus revoando em torno da carniça, é a mesma movimentação de candidatos em torno da chave do cofre que guarda o erário. Se a voracidade dos primeiros visa a carne morta, a dos segundos visa a carne viva da massa bruta de povo que gasta a vitalidade em troca da comida que lhe garante energia para produzir a riqueza da qual não desfrutará por ser propriedade de apenas um por cento da humanidade.

 A realidade de não visarem os candidatos o interesse público, em poucas palavras foi demonstrada pelo maior dos comentaristas, Ricardo Boechat, ao observar que nenhum dos pretendentes atuais à chave do cofre se manifesta a respeito das graves ameaças que põem em perigo as futuras gerações e que já pesam sobre as atuais em consequência das agressões ao meio ambiente.

Apesar de totalmente contrárias aos interesses da população, as atuais condições de vida resultantes da liderança política, não terão elas a mínima chance de mudar enquanto não houver uma juventude capaz de perceber o que há por trás do fato esquisito de se considerar pessoas semianalfabetas em letras e totalmente analfabetas em sociabilidade mais importantes do que pessoas como Florestan Fernandes, Heloisa Helena, Joaquim Barbosa, Eliana Calmon e os jovens da Lava Jato. Nenhuma das “celebridades” e dos “famosos” endeusados pela massa bruta de povo é capaz de escrever dez linhas a respeito do que seja a vida em sociedade. Entretanto, a grande imprensa martela incessantemente notícias sobre estas nulidades mentais. Por que será que assuntos sobre futebola, langerries, calcinha, bundas e exame de urina de jogador de futebola ocupam maior espaço na grande imprensa do que os assuntos relacionados à qualidade de vida? O mundo ficará melhor quando este mistério deixar de ser mistério para a massa bruta de povo porque não é mistério nenhum para quem aprendeu com os Grandes Mestres do Saber que a animalidade existente no “levar vantagem” ainda é o mote que orienta a humanidade. Na página 15 do livro O Livro da Economia consta a afirmação de Joan Robinson de que o estudo da economia serve para aprender a não ser enganado pelos economistas. Não é por falta de frases de efeito que o mundo virou esta merda total. Ainda que todas as pessoas do mundo estudassem economia para não serem enganadas pelos economistas, ainda assim, haveriam de ser enganadas por outros enganadores uma vez que a tapeação é necessária à cultura da competição defendidas pelos sábios da “sabedoria” aprendida nas Harvards do mundo.

É por conta da necessidade de roubar, de ser desonesto, crápula e cretino que as disputas esportivas não podem contar apenas com alguém que contabilize os pontos de cada competidor. Precisam, além disso, de um juiz que impeça as fraudes. Como a desonestidade é inerente à cultura do cada um por si, também é comum a expressão “juiz ladrão” mesmo nas altas cortes de justiça, fato que levou honrada e competente ministra Eliana Calmon a observar a existência de bandidos de toga. Foi a tão ilustre e esclarecida pessoa que a massa bruta de povo negou a oportunidade de representá-la no senado. Inté.

  

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário