É dito que
governar é exercer um poder moderador sobre a massa bruta de povo para evitar
que sua brutalidade a destrua. Mas isso é falso porque a atividade de governar
é exercida por pessoas tão brutas quanto as demais. Aí está a brutalidade das
guerras como prova irrefutável desta realidade. Também se diz que governar é
abrir estradas o que é falso porque as estradas são uma forma de esfolar o rabo
do povo na cobrança de pedágio e multas. Quem acertou na mosca foi Maquiavel quando
demonstrou que governar é a arte de enganar a massa bruta de povo. Daí ter ele
afirmado ser mais conveniente ao governante ser temido em vez de amado. Os
gastos fantásticos que os governos fazem para estimular o pão e circo, se se
tratasse de seres pensantes, seria o bastante para revelar à humanidade que a
verdadeira intenção de todos os governos do mundo é manter a massa bruta de
povo na condição de massa tão bruta a ponto de acreditar que toupeiras em
termos de sociabilidade sejam famosos e célebres. Governar, na verdade, é
elitizar a classe de governantes de forma tão espetacular que a troco de
brincadeiras a massa bruta de povo a sustenta a pão de ló enquanto amarga
necessidade de tudo.
A sociedade
humana vive um impasse impossível de ser superado enquanto se mantiver dentro
da cultura de se acreditar ser possível chegar a bom termo uma sociedade cujos
membros desconhecem a existência de um interesse coletivo a ser cultivado e se
dedicam apenas a seus interesses individuais, deixando o bem-estar social a
cargo de um sistema econômico que transfere noventa e nove por cento da riqueza
por todos produzida para apenas um por cento dos membros da coletividade. Este
sistema econômico é tão sem pé nem cabeça que órgãos da nossa imprensa defendem
os ladrões do dinheiro público das grandes empreiteiras alegando não poder prejudicá-los
sob pena de prejudicar a economia.
Entre nós,
o exercício da política atingiu tamanha distorção que é o Brasil quem vai
mostrar ao mundo a necessidade de ser implantada uma cultura política baseada
na verdade, sem intelectuais que em troca da despensa abastecida se rebaixam ao
papel de moleques de recados que induzam o povo a erro. Inté.
Belo texto meu caro Zé...
ResponderExcluirNada surpreendente diante do
descaso com a educação, da censura e do totalitarismo disfarçado de conservadorismo disciplinar, a que moldes uma sociedade tão diversa se enquadra na padronização estratégica, todas as esfera do domínio das massas estão escancarados, os leitores de roda pé estão afoitos, e os pseudo intelectuais da política brasileira continuam a vender ilusões, afrouxar as leis para manter os privilégios do alto escalão e a escalada da elite sob os braços dos trabalhadores, em meio as manobras para o aumento do fundo eleitoral, em um país onde o auxílio moradia de juízes daria para triplicar as bolsas de pesquisa científica a pergunta que não cala é, onde vamos parar ?
Obrigado, Nélio. Desculpe o atraso. É agradável comunicar com jovens inteligentes e politizados porque da política depende o futuro de vocês e seus descendentes. Fico feliz também com seus votos de recuperação porque estou realmente muito abalado. Agradeço ainda a defesa contra a censura do desconhecido. Em se tratando de você não temo digitar uma letra por outra. Obrigado. Obrigado e Obrigado.
ExcluirCaro Zé, é uma honra receber sua resposta, desde que comecei acompanhar seu blog divulgo a grupo seleto de amigos que comungam de ideias semelhantes, seus inscritos são de grande inspiração, estamos passando por tempos difíceis, e a leitura e reflexão são o melhor remédio para enxergar o horizonte, desejo muita saúde e progresso na sua recuperação, grande abraço !!!
ResponderExcluirHonrado fico eu, Nelio. É muito bom contar com um companheiro na empreitada de buscar um mundo sem tanta indiferença ao sofrimento alheio. Grande abraço.
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