sexta-feira, 25 de setembro de 2015

ARENGA 160




Está na imprensa um fato aparentemente sem importância, mas que reflete a impossibilidade de continuar a vida social nos termos em que tem se pautada até aqui. Ao saber que do helicóptero do governo que a transporta escaparam chamas pela descarga, a presidente Dilma teria exclamado: “DO MEU HELICÓPTERO?”. Como a manada não se interessa por outra coisa que não igreja, axé, futebola, “famosos” e “celebridades”, nada há de estranhar no espanto da ridiculamente presidentA, como a ela se referem os ridículos papagaios de microfone e os não menos ridículos analistas políticos num converseiro inútil uma vez que a política foi substituída por reles politicagem. Entretanto, a exclamação de dona Dilma reflete o ato falho através do qual se percebe o quanto está deturpado o sentido da administração pública. A cultura equivocada da indistinção entre o público e o privado não faz parte de política, mas de politicagem. O helicóptero que o subconsciente de dona Dilma leva crer ser dela, na verdade, é do povo que pagou a conta de sua aquisição. Como resultado de se dispor do patrimônio público ao bel-prazer de quem dispões do direito de portar a chave do cofre resulta o desbaratamento do erário e o caos social que aí está.
A ordem necessária ao sucesso de qualquer sociedade deu lugar à inconveniência dos desmandos. Em consequências, o mundo está de cabeça para baixo. Ao comentar a tristeza causada pela brutalidade das cenas de crianças mortas no mundo pela violência, uma pessoa extremamente religiosa me aconselhou a nem ligar para isso porque aquelas crianças foram levadas por Deus e se encontram na mais absoluta felicidade em Seus braços. Aí está o principal motivo pelo qual a vida não pode continuar nesse rumo. Semear a indiferença ao sofrimento alheio é o papel da religião, ao contrário da crença geral de ser ela fonte de solidariedade nos sofrimentos humanos. Para o bem das futuras gerações faz-se necessário salvar de Deus a humanidade para que ela vá à luta de implantar a paz no lugar das guerras. Havendo a compreensão da realidade de sermos os responsáveis por nós mesmos haverá adequação dos comportamentos individuais às exigências da vida coletiva, o que levará a uma sociedade harmoniosa e sem tanto sofrimento. Inté.

 
 
 




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