sábado, 31 de outubro de 2020

ARENGA463

 

Desde os pré-socráticos, passando por Cristo e incontáveis pensadores, sempre se falou e ainda se fala sobre procedimentos errados e procedimentos corretos. Mas, pelo que se vê, os procedimentos errados estão para os procedimentos corretos assim como a seleção brasileira estava para a seleção alemã na Copa do Mundo de 2014. E nem podia o povo proceder do modo certo porque seu proceder é determinado por uma vastíssima gama de papagaios de microfone encarregados por seus patrões, os ricos donos do mundo, de fazer o povo proceder de modo errado. São os papagaios de microfone que fazem o povo ser desfavorável às ideias socialistas, mesmo lhe sendo elas favoráveis, e ser favorável às ideias capitalistas que lhe são desfavoráveis. São os papagaios de microfone que fazem o povo se entusiasmar com futebola a ponto de haver quem sofra ataque cardíaco se a bola passa pelo goleiro. São os papagaios de microfone que torna o povo convencido de que “celebridades” são celebridades.  

É por caminhos ilusórios que a humanidade caminha. Foge da realidade como o diabo foge da cruz. Uma pessoa dialogar com uma estátua é algo realmente incompreensível para quem encara a realidade de que as estátuas só servem de latrina para pombos. É por se distanciar da realidade e se deixar levar pela ilusão de encontrar felicidade em deus e na riqueza que a humanidade é infeliz. São João Crisóstomo acionou a tecla certa quando disse que nós mesmos é que nos fazemos infelizes. Realmente, a infelicidade humana tem origem no fato de serem os seres humano induzidos a fundamentar seu procedimento em informações falsas. Assim, é por não agir como devia que a própria humanidade se faz vitimada por veneno; guerras, fome, peste excesso de riqueza e de pobreza.    A esse respeito, o escritor Jacob Petry, na página 19 de PODER & MANIPULAÇÃO, lembra o seguinte pensamento de Maquiavel: “Existe uma distância tão grande entre como se age e como se deveria agir que aquele que despreza o mundo real para viver num mundo imaginário encontrará antes sua ruína do que sua salvação”.

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