A estupidez humana incomoda a quem tem nobreza
espiritual prá sentir e maldade insuficiente para nada sentir diante da indiferença
em relação ao futuro das inocentes criancinhas que pais desnaturados não só
trazem a um mundo de perspectivas funestas, mas também matam em acidentes de
automóvel, explosão em igrejas, ou permitem que monstros ajuntadores de riqueza
matem pela ingestão de veneno e destruição da natureza. Os únicos cuidados que os
pais têm com seus filhos, fora do assunto dinheiro, são reuniões estéreis onde
se tratam dos procedimentos adequados para que eles se deem bem depois de mortos.
As futuras gerações estão
completamente abandonadas. Não podendo contar com pais festeiros e futucadores
de telefone, com quem contar? A princípio, reinava completa indiferença.
Depois, espíritos mais elevados levantaram a questão da possibilidade de ser
incerto o futuro das crianças face à destruição dos recursos naturais. A partir
daí, apareceram pessoas que fizeram por merecer esperança de serem capazes de
concertar o que se percebeu estar errado no que diz respeito ao destino das
pobres criancinhas desamparadas. Porém nada ocorreu de prático e as criancinhas
estão cada vez mais desamparadas.
Entre os que nos deram esperança de
normalização dos transtornos que infelicitam mossa sociedade pintou um líder
sindical de dezenove dedos que em vez de cuidar das criancinhas, cuidou de
trepar no céu com dona Rosemary Noronha em avião comprado com o dinheiro dos
pais das criancinhas que além de sustentar o aviaozão, também sustentava a
distinta amante. Cooptado pelo deslumbramento do poder, o falso líder acabou
aos abraços com o doutor Paulo Maluf, mestre na arte de comprar coisas com o
dinheiro de cuidar das criancinhas.
Veio, depois, uma simpática senhora
Dilma, ex-guerrilheira cuja história o Google ficará muito satisfeito em
mostrar se lhe for sugerido “COMO FOI O ENVOLVIMENTO DE DILMA NO MAIOR ASSALTO
DA DITADURA”. Era, pois, de se esperar real preocupação com o bem-estar social
de quem arriscou a vida por esta causa. Mas, qual o quê, também esta senhora,
apesar de ter dado esperança de cuidar das criancinhas, acabou aos abraços com
o doutor Eike Batista, também mestre de ensinar a Arsene Lupin a arte de
comprar coisas com o dinheiro de cuidar das criancinhas.
Desiludidos dos políticos, a
esperança da salvação das criancinhas foi transferida para fora da política.
Primeiro, um doutor Joaquim Barbosa foi o alvo desta esperança, mas também se
mostrou desmerecedor dela porque, como qualquer admirador do jeitão americano
de se pavonear com o dinheiro de cuidar das criancinhas, em vez de comprar a
briga política, comprou um apartamento em Nova Iorque.
Veio, depois, outro doutor, o doutor
Sergio Moro, que, como os demais, deixando-se encantar pelo falso mundo que os
ricos constroem comprando coisas com o dinheiro de cuidar das criancinhas, para
aquele mundo ilusório, segundo a imprensa, se embandeirou de malas e cuias que
serão substituídas por finas grifes e baixelas douradas.
Como esperança não morre, pinta neste
cenário desolador a figura de outro doutor dando mostras de querer cuidas das
criancinhas, é o doutor Guilherme Boulos. Como o sindicalista de dezenove
dedos, também diante dele os pais que superaram o analfabetismo político ficam
com uma interrogação preta em cima da cabeça: "Será que vai dar certo
desta vez?" Mas eles não têm mais o que perder porque pior do que tá não
pode ficá. Devem, por isso, deixar o doutor Boulos mostrar prá que veio.
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