sábado, 17 de outubro de 2020

ARENGA 456

 

Quando foi tratado aqui, neste cantinho de pensar, sobre a apologia que no livro Criação Imperfeita o brilhante físico brasileiro Marcelo Gleiser faz à religião, evitamos dizer tratar-se de opinião falsa, emitida em troca de dinheiro, por não dispormos de dados comprobatórios.

Mas eis que surge a prova do crime ideológico do cientista. Trata-se realmente de opinião paga pelos Reis Midas do mundo, prova que pode ser acessada invocando no Google o título MARCELO GLEISER RECEBE PRÊMIO TEMPLETON 2019.

Sendo a arte de enganar o meio pelo qual se fica rico, e sendo os americanos habilíssimos na arte de enriquecer, criaram uma instituição chamada Fundação Templeton que, a exemplo da Fundação Nobel, que paga cientistas em economia para que emitam opiniões favoráveis à agiotagem do sistema financeiro, a Fundação Templeton paga cientistas de qualquer área para emitirem opinião favorável a religiosidade para esconder a realidade inegável de ser a religiosidade fruto da ignorância. Como nenhum cientista desfila em carrinho peba escrito presente de deus, mas, como todo mundo, também o cientista precisa de dinheiro, a Fundação Templeton lhe dá dinheiro para defender a religiosidade da pecha de ser exclusividade da massa ignorante que conta com uma vidona no reino do céu enquanto os ricos a têm aqui, em vida.

É totalmente impossível alguém intelectualmente ilustre desconhecer a realidade de que a religiosidade é uma monstruosidade por meio da qual os Reis Midas do mundo que parasitam a sociedade humana gastam fortunas para sedar a humanidade e evitar que ela descubra sua condição de hospedeira da pior qualidade de parasitas, os agiotas do sistema financeiro, causadores de infelicidade maior do que as epidemias porque não deixando evidência da mortandade que causam, não despertam necessidade de combate.

Um pouco de reflexão basta para se perceber que a religiosidade é uma grande tramoia urdida com a política para que uma ajude a outra a incrementar a ignorância de que ambas se alimentam. Foi esta realidade que provocou a fúria do Grande Mestre do Saber Nietzsche quando disse que a religiosidade é a Circe da Humanidade.

Sendo um mal a religião, fica duvidosa a sinceridade de intelectuais que como Leandro Carnal dizem respeitar a religiosidade alheia porque corresponde a respeitar a ignorância da qual emanam todos os males do mundo, como observou Bertold Brecht.

 

 

 

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