Pensar que político trabalha está absolutamente correto porque deve ter sido trabalhão para Hércules dar a volta por cima e passar de acusado em acusador, postergar o castigo por crime cometido até não poder mais ser aplicado por decurso de tempo, montar uma Suprema Corte De Justiça formada por julgadores escolhidos por quem vai ser julgado, ou estabelecer a crença de não se dever punir corruptos para não prejudicar a economia. São ações que demandam suor e noites insones. O que está errado é pensar que políticos trabalham no cumprimento do dever que lhes cabe de cuidar para que haja bem-estar social. Isto está fora de cogitação visto implicar em aplicar os recursos provenientes de impostos para civilizar a massa bruta e asquerosa de povo, tornando-a da total ignorância e civilizando-a o suficiente para que tenha interesse e capacidade de participar das decisões políticas.
O verdadeiro trabalho dos políticos está
esplendorosamente mostrado no livro DITADURA À BRASILEIRA, onde seu autor,
Marco Antonio Villa, mostra a confusão que tal qual baratas tontas os políticos
fizeram no Brasil nas três primeiras décadas da segunda metade do século XX, o
que não é privilégio das sociedades ainda colonizadas como a nossa porque é o
mesmo que também acontece nas sociedades supostamente civilizadas a exemplo da
confusão nas eleições americanas atuais com um brutamontes que aboletou o
bundão no poder e disse que se for derrotado nas urnas não arredará de lá sua
farta bunda branca. Sendo o poder, sonho de mentalidades medíocres como a do
rei nu, e sendo medíocre a mentalidade humana, o trabalho dos políticos tem finalidade
única grudunhar como visgo na posição de mandatários que lhes faculta tanto o
pavoneamento de que se gaba o imbecil, quanto a possibilidade de locupletação,
contando com o absoluto desinteresse dos donos da riqueza pública em fiscalizar
o que é que os políticos estão fazendo com o seu dinheiro.
Sob uma estupidez de dimensão
oceânica, além de deixar-se roubar à larga, a sociedade humana em todo o mundo ainda
cuida de garantir aos políticos vida regalada em palácios onde se desconhece
totalmente o que seja dificuldade, o que justifica o alvoroço infernal em torno
de eleições. É o interesse em uma “boquinha” que justifica o ridículo de alguém
desfilar com o saco de um político montado em seu pescoço. Manoel Bandeira fez
referência inteligente a esta baboseira nos versos do poema Vou-me Embora Prá
Passárgada.
Sendo o parasitismo, a
desonestidade, o mau caratismo o ambiente político, por que, então, pessoas
honradas se misturam com os elementos reles e asquerosos que esvoaçam como
urubus na carniça em torno da oportunidade de parasitar a sociedade? A
explicação está na falta de meditação sobre a realidade da vida pelo fato de se
encontrarem tais pessoas tão envolvidas na atividade de assegurar não só os
recursos realmente necessários à sobrevivência, mas também a riqueza desnecessária
cobrada pela cultura capitalista sugada com o leite materno. A falta de meditação
é o motivo pelo qual doutores da área da saúde cujos conhecimentos da anatomia
humana os tornam sabedores da semelhança entre nós e as feras comungam com
analfabetos a crença de ter sido o ser humano já surgido no mundo pronto e
acabado como é hoje. Mas nem de longe pode a política deixar de contar a
presença de pessoas honradas sob pena de ser convertida em imenso puteiro.
Portanto, para nosso bem, precisamos votar nestas pessoas, apesar de tão
desmoralizada a política que autoridades são merecidamente apupadas pelo bicho
povo porque, como lembra o doutor Vinícius Bitencourt, no livro FALANDO
FRANCAMENTE, o filósofo sentenciou que “Quando os que mandam perdem a vergonha,
os que obedecem perdem o respeito”.
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