sábado, 14 de novembro de 2020

ARENGA 471

 Este cantinho de pensar nem deixa de instigar a juventude para sair da pasmaceira mental nem de pedir aos intelectuais que desçam do mundo da intelectualidade para nosso mundo real e participem da construção de um novo mundo onde a injustiça não prevaleça sobre a justiça. Com o vasto conhecimento de que dispõem, os intelectuais podem escrever escritos que possam ser entendidos por nós todos, mostrando-nos uma forma de superar a imensurável estupidez humana que se apresenta com tamanha magnitude a ponto de fazer a humanidade ser indiferente à destruição de suas condições de vida. Veja-se, por exemplo, a simplicidade e eficiência com que o intelectual Ladislau Dowbor, no livro A Era Do Capital Improdutivo, mostra a necessidade de mudança ao dizer que o desenvolvimento econômico atual cria um débito que vai cair nas costas das futuras gerações. O débito a que se refere o grande economista será a falta de água, solo fértil, ar respirável e doenças cada vez mais letais que as gerações futuras herdarão de seus antecedentes futucadores de telefone. É assim que os intelectuais devem proceder em vez de perderem tempo escrevendo textos complicados que em nada contribuem na luta contra a carência de bem-estar social determinante do bem-estar individual.

Outra economista que com poucas palavras disse muito, foi o velho Marx, que do alto de sua sabedoria desprezada por ignorantes visto que para estes o sábio é que é o ignorante, disse que o mundo carece de modificação em vez de análises. E é uma grande verdade porque realmente não precisamos dos comentários sobre o que está errado porque está tudo errado se a riqueza existente em vez de estar a serviço da coletividade humana foi aprisionada por Reis Midas com a finalidade de satisfazer seu vício mórbido de ostentação. Caso fosse acatada em vez de escorraçada, a observação de Marx, estariam resolvidos noventa e nove por cento dos problemas da humanidade uma vez que decorrendo eles do fato de ser a organização social lastreada em falsidades como religiosidade, consumismo e acumulação de riqueza, em vez da realidade de que só união, justiça social e irmandade podem trazer paz e tranquilidade, modificar esta falsa estrutura é como se poderia mudar o mundo para melhor.

Está mergulhada no oceano de mentiras das quais não poderão se livrar pela falta hábito de pensar sobre o que ocorre à sua volta. A primeira destas mentiras sobre a qual se deve debruçar é a religiosidade, e este começo estará fadado a levar à verdade fazendo a si mesmo as seguintes indagações:  Por que as pessoas menos instruídas são as mais religiosas e, ao mesmo tempo, as mais sofredoras? Por que nenhum intelectual não escreve no carro FOI DEUS QUE MIM DEU? Por que deus mandava cortar animais e colocar os pedaços em altares? Por que deus precisa ser engrandecido constantemente?

Por serem estas questões irrespondíveis é que para fugir delas os representantes de deus dizem aos pobres de espírito que compravam passaporte para o céu e hoje compram feijão santo é que os mistérios de deus não devem ser motivo de questionamento. 

 

 

 

 

  

 

 

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