Ganha um doce o jovem que entender o
significado da resposta de um sociólogo a um colega seu quando este lhe
perguntou se ele sabia de que se tratava uma aglomeração em frente a uma igreja
e a resposta foi tratar-se de uma reunião de infiéis. Apesar de parecer
enigmática como a orientação de Cristo para deixar aos mortos a tarefa de
sepultar os mortos (Mateus 8-22), a referência à correspondência entre uma
reunião de religiosos e uma de infiéis encerra uma realidade que se a massa
bruta de povo fosse capaz de alcançar solucionaria noventa e nove por cento dos
problemas que a infelicitam e que têm origem justamente nesta incapacidade e
entender a realidade para noventa e nove por cento da humanidade, e de aceitá-la
para os poucos que apesar de a entenderem recusam-na devido ao apego à
tradição.
Sendo este aqui um lugar onde pensar,
lembremos que Nietzsche comparou a religiosidade à feiticeira Circe, que por
interesses inconfessáveis transformou em porcos (irracionais, portanto) os
companheiros de Ulisses. Inteligente como não são os religiosos, geralmente
inocentes feito crianças, o filósofo quis nos dizer que também por interesses
inconfessáveis a religiosidade castra a capacidade de racionar do ser humano. E
é exatamente o que acontece com o pretexto de que os mistérios de deus não
devem ser motivo de especulação, dificultando, desta forma, o desenvolvimento
do raciocínio e, consequentemente, da inteligência.
Esta realidade materializa-se no fato
facilmente observável de serem as pessoas mais desprovidas de conhecimento, portanto,
as mais ingênuas, as que escrevem em seus carrinhos baratos FOI DEUS QUE MIM
DEU, ou que compram feijão santo, as mais religiosas. Daí a observação da
sociologia de que um grande número de farmácias e igrejas denunciam alto grau
de atraso do povo do lugar.
Sendo os religiosos pessoas de menor
discernimento, são também as que mais facilmente se deixam levar pela lábia de
espertalhões que disso se aproveitam para fazer carreira na política. Sendo a
política que determina a qualidade de vida, vai daí que sendo de religiosos a
quase totalidade dos seres humanos, resulta em ser a política usada para
promover alto padrão de vida dos políticos às custas do povo obrigado a fornecer-lhes
não só o imprescindível, mas também e com maior custo, supérfluos entre ao quais
até chicletes.
Assim, o “infiéis” da resposta do
sociólogo a seu colega estaria se referindo à realidade de que os religiosos,
sendo maioria são quem escolhem os líderes políticos mal escolhidos em função da
imaturidade intelectual, motivo pelo qual o jovem filósofo americano Sam
Harris, no pequeno grandioso livro Carta A Uma Nação Cristã, manifestou
preocupação quanto ao destino de sua pátria por ter seus líderes escolhidos por
uma população de maioria religiosa, no que estava certo, visto os constantes
ataques terroristas que vitimam aquele povo por conta da política desastrosa de
seus religiosos chefes de estado.
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