domingo, 17 de novembro de 2013

O MARTELÃO DO JOAQUIMZÃO


O brilho da centelha de esperança surgida nos protestos de junho, mas desvanecida com o recolhimento dos jovens protestadores que procuravam melhores caminhos por onde caminhar, mas que parecem ter se cansado, ressurge agora, não apenas como centelha, mas como estrela de primeira grandeza cuja luminosidade renova as esperanças nas cabeças de quem as tem. Este brilho traz consigo a promessa da mudança pela paz em vez de quebra-quebra. Os bancos, em vez de serem arrebentados, terão função social e, sob a fiscalização de um Banco Central comandado por um homem honrado, passarão a beneficiar a sociedade em vez de roubá-la para enriquecer parasitas. Os pregadores da mentira, aqueles que ganham dinheiro escondidos atrás de livros e microfones tendenciosos denegrindo a imagem do socialismo serão silenciados pelo predomínio da verdade. Os professores passarão a ter o prestígio dos jogadores de futebola e cantadores de axé, enquanto os jogadores de futebola e bailarinos de axé passarão a ter o prestígio que atualmente tem os professores. Isto é, serão tratados a cassetete, gás pimenta e bomba de efeito imoral. O “S” do BNDES sairá de dentro das aspas porque deixará de financiar pilantragens e financiará uma reforma agrária da qual resultará o desafogamento das cidades, comida mais barata e mais saudável. Os mármores e o luxo dos hospitais serão substituídos por um atendimento verdadeiramente humano a quantos dele necessitar. O colarinho alvejado dos planos de saúde e das empreitas será escorraçado por cães enraivecidos e irão substituir nas cadeias os ladrões de galinha, passando as construções a custarem o preço correto, como também uma consulta médica. A educação convencerá aos requebradores de quadris da vantagem da convivência harmoniosa e os ricos serão convencidos da vantagem de pagar imposto em vez de sonegá-lo. Os termos “material humano” e “consumidor” para se referir a seres humanos serão substituídos por “pessoa”. Os politiqueiros serão substituídos por estadistas e o povo passará a acreditar neles e nas instituições. A educação fará esvaziar os presídios e os hospitais, e o povo terá paz mesmo com um efetivo policial menor. Um policial será encarado como merecedor de confiança, apreço e respeito. O transporte individual será substituído por transporte coletivo e o povo respirará ar mais limpo, e os trabalhadores chegarão a seu local de trabalho descansados e na hora certa. Os caminhões serão substituídos por tens de ferro e as estradas serão de excelente qualidade e terão pedágio mais caro. Nelas trafegarão apenas automóveis de boa qualidade não só porque as pessoas de bolsos tão vazios quanto a cabeça serão desestimuladas a viajar em carros chechelentos presenteados por Deus, mas também por não terem necessidade de fazê-lo dispondo de transporte coletivo de primeiro mundo, como gostam de falar. O aroma das idéias novas expulsará o ranço das idéias mumificadas e os poetas serão estimuladas a produzir obras positivas e não terão mais o desprazer de escrever poemas de justificada lamúria como o deste anônimo denominado O ROUBO DO     ERÁRIO:


É ladrão roubando tudo,
De sabido e de otário,
E o povo sempre mudo
Com o roubo do erário.
É assalto à luz do dia,
Em um clima temerário,
No governo uma sangria...
Com o roubo do erário.
Vereador em excesso
Sem fazer o necessário,
Sem combate ou processo...
Com o roubo do erário.
Falta tudo na saúde,
Menos para o secretário,
E o tesouro no ataúde...
Com o roubo do erário.
Prefeito que só promete
Jamais ser um perdulário,
Mas também se compromete...
Com o roubo do erário.
 
Deputados, senadores,
De um feio prontuário,
Que revelam seus pendores...
Com o roubo do erário
Fico sempre pensativo,
É tanto imposto no salário,
E das benesses me privo...
Com o roubo do erário.
Governador, Presidente, Sempre no noticiário, A envolver filho ou parente...Com o roubo do erário.
Fico sempre pensativo,É tanto imposto no salário,E das benesses me privo...Com o roubo do erário.
 


 
Mas, de onde vem esta estrela com tanta luminosidade? Ela é um martelo do tamanho do Brasil portado por Joaquim Barbosa que vem aí feito uma fera. Tremei canalhas de todos os matizes, artífices do apocalipse. Tremei como tremem os politiqueiros do PSDB, que ao contrário do costumeiro escarcéu que fazem ao tripudiar sobre os politiqueiros de outro agrupamento por eles chamado impropriamente de partido político, quando apanhados em alguma bandalheira, desta vez, ante a oportunidade esplendorosa que lhes deu Joaquim Barbosa, o futuro presidente do Brasil, recolheram-se ao silêncio os politiqueiros do bico comprido e do nariz de Pinóquio.  Não emitiram sequer um piu sobre o encarceramento de seus adversários de politicagem e companheiros de falcatruas, tememerosos que estão de chegar a sua vez. Inté. 


 


 

Um comentário:

  1. INFELIZMENTE A VISÃO ESTREITADA DA MANADA CONSUMISTA NÃO CONTEMPLA ESSA UTOPIA. A MERDA VAI AUMENTAR ATÉ O CAOS. BOAS INTENÇÕES POLÍTICAS SÃO CASTRADAS DESDE A ORIGEM PELOS POLÍTICOS MAL INTENCIONADOS DA BASE DE APOIO E PELO SISTEMA PREPARADO PELA ELITE CORRUPTA E PARASITA. O PRIMEIRO MUNDO É ANSIADO PELA RIQUEZA, MAS OS QUE ANSEIAM NÃO SABEM COMO USÁ-LA, FALTA-LHES EDUCAÇÃO ADEQUADA.

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