sábado, 30 de novembro de 2013

FALSOS FILÓSOFOS E ESCRITORES ASSALARIADOS


Não há nem sombra de dúvida quanto ao fato de faltar um paradigma para a lógica na humanidade. Quando pessoas de alta intelectualidade e até filósofos se disponham a argumentar a favor de um modo de vida que produza mais infelicidade do que bem-estar, fica evidente haver algo de errado porque quando alguém se dispõe a pensar, atividade dos filósofos, chega à conclusão de que viver melhor é melhor do que viver pior. À conclusão simples desta realidade chegaram os primeiros humanos que tomaram a decisão de se ajuntarem a fim de caçar melhor e se proteger melhor tanto das feras quanto da natureza, visto que construir abrigo em grupo era mais fácil do que sozinho. Desse modo, evidencia-se haver algo de errado com os intelectuais e filósofos que fazem opção pelo viver pior ao tecerem loas para a individualidade do capitalismo. Este algo errado pode estar na loucura ou nas deformações sado/masoquistas, ou ainda no apego à riqueza, o que caracteriza tais pessoas como escritores assalariados e falsos filósofos.

A finalidade da vida nem de longe pode se resumir à tarefa de acumular dinheiro em infernos fiscais. De tal procedimento resulta o ambiente em que vivemos, onde mãe vende a virgindade da filha de nove anos, comportamento encarado com indiferença pelos frequentadores de igrejas e requebradores de quadris dentro da cultura estabelecida pelo sistema capitalista cristão, cujo sistema educacional incentiva a desumanidade de promover a exclusão social e a imoralidade de deturpar o verdadeiro sentido das coisas do sexo como faz a televisão ao vulgarizar este sentimento que na realidade é uma necessidade imposta pela natureza. Se a atividade sexual é parte integrante do organismo humano que dela não pode prescindir, não pode haver imoralidade na sua realização. A imoralidade está é em transformar em dinheiro a obtenção da satisfação sexual como acontece no sistema de vida aprovado por estes escritores assalariados e falsos filósofos. O sistema capitalista traz a imoralidade em suas raízes e por isso mesmo cria infelicidade ao transformar tudo em dinheiro, do mesmo modo que o rei Midas produzia infelicidade ao transformar tudo em ouro.

Toda a infelicidade que atormenta a humanidade decorre apenas da situação insustentável de considerar as fantasias como coisas reais. A humanidade vive tão iludida quanto viviam os habitantes de uma caverna que não conheciam a realidade do lado de fora. Trata-se de uma alegoria filosófica que nos mostra não só que nosso comportamento depende apenas das conclusões a que chega nosso pensamento, mas também que nosso pensamento pode chegar a conclusões falsas e produzir comportamentos também falsos. Consta que o filósofo não falsificado Platão teria imaginado uma situação em que alguns seres humanos que nunca tinham saído da caverna em que nasceram e cresceram, desconhecendo, portanto o que havia do lado de fora, encaravam como coisas reais as sombras das pessoas que passavam pela entrada da caverna projetadas no fundo desta caverna pela luminosidade de uma fogueira eterna do lado de fora, mas que não podiam ser vistas pelo grupo de dentro da caverna porque as pessoas que formavam esse grupo não podiam se virar e apenas conheciam as sombras e o murmúrio das vozes dos passantes, e por isso pensavam serem coisas materiais o que eram apenas sombras. Embora se diga que Platão apenas narrou esta criação elaborada no cérebro de Sócrates, seu professor, tal circunstância é irrelevante porque a relevância está no exemplo demonstrativo de como a mente humana pode errar a depender das aparências. A super amiga Wikipédia esclarece que um dos habitantes da caverna teria conseguido ir à entrada do buraco e enxergado a realidade, mas que teria sido morto como mentiroso pelos outros enganados para quem a realidade era aquela a que estavam acostumados. Esta complementação enriquece o exemplo dado pelo filósofo que nos permite entender o porquê de serem destruídos todos aqueles que perceberam viver a humanidade uma falsidade e tentar mostrar às outras pessoas a farsa.

Flagrantemente enganada está a juventude ao se deixar seduzir pelos falsos filósofos, escritores assalariados e falsos ídolos. Tudo isso visa esmagar as conclusões de pensadores que observaram do lado de fora do buraco negro em que se constitui o mundo capitalista. A questão do sexo é um bom exemplo deste engano e não é este iletrado que pode provar tal realidade. Quem o faz é uma escritora não assalariada, mas por convicção, e que traz na mesma pessoa uma filósofa não falsificada. Trata-se de Loretta Napoleoni, cujo perfil pode ser visualizado através do amigão Google, e principalmente na leitura do seu fabuloso livro Economia Bandida, do qual extraímos do primeiro capítulo, matéria intitulada O Muro do Sexo, o seguinte trecho sobre a brutalidade capitalista de transformar seres humanos em escravos de produzir dinheiro através da atividade sexual. Com a palavra a doutoríssima Loretta:

“Estendida ao longo da fronteira tcheco-alemã, a Rodovia E-55 é também conhecida como a Rodovia do Amor. Nesse tenebroso trecho de asfalto encontra-se a maior concentração de prostitutas da Europa. Mulheres oriundas do antigo bloco soviético ficam à beira da estrada oferecendo seus corpos a preço de banana: meia hora por 35 euros; sem preservativo, 45 euros. Só a indústria sexual de Dubai tem preços comparáveis. Mas a Rodovia E-55 não está só. Na antiga fronteira entre a Europa Ocidental e a Oriental não faltam instalações do ramo: um aglomerado de mercados sexuais, bordéis e, em lugar da imaginária Cortina de Ferro, quiosques acortinados.

Durante toda a década de 1990, a prostituição proliferou nas rotas que levam às fronteiras dos países ocidentais. O simbolismo impressiona: “As fronteiras abertas dão ao negócio sexual um ar de internacionalismo, especialmente na zona fronteiriça ocidental, onde se dá o ‘encontro de nações’. Daqui, o negócio do sexo é exportado para os países da Europa Ocidental”

Algumas das mulheres que trabalham na zona de fronteira não são prostitutas, mas escravas sexuais compradas em mercados especializados situados nas vizinhanças da antiga Linha de separação Leste-Oeste. O infame Mercado Arizona, no noroeste da Sérvia, é bem conhecido dos cáftens internacionais. Ele lembra uma cidade da corrida do ouro norte-americana do século XIX, donde o seu nome. Escondido atrás de um trecho da estrada batizado de Rodovia Arizona, próximo à fronteira croata, o mercado foi apelidado de “Wal-Mart da Sérvia” por ter sido construído com a ajuda das tropas norte-americanas no fim da guerra civil balcânica. Os comerciantes vêm ao Mercado Arizona para comprar mulheres. “Eles mandam as garotas tirarem as roupas e elas ficam nuas na beira da estrada. (...) Os homens chegam, tocam suas carnes, inspecionam sua pele e olham até dentro de suas bocas antes de fazer uma oferta”.

Em outro trecho do mesmo capítulo, prossegue a fabulosa escritora:

“O desmantelamento do comunismo catapultou a prostituição porque a população do antigo bloco soviético, feminina principalmente, foi lançada na pobreza. Em meados da década de 1990 o desemprego entre as mulheres russas atingiu a marca de 80%, contra praticamente zero durante o regime soviético... Nessas circunstâncias, muitas mulheres se tornaram prostitutas para poder sustentar os filhos”.

Esta é a qualidade de vida que o sistema capitalista proporciona. A prostituição, como as drogas, não se resolve com perseguição, mas com educação, coisa que o sistema capitalista abomina para evitar o esclarecimento porque ele se nutre da obscuridade da ignorância.

Um relacionamento sexual extra-matrimônio é salutar porque proporciona o fortalecimento dos laços familiares e, consequentemente, da sociedade, vez que a família é a célula social. A garota de programa funciona como uma válvula de escape que permite ao marido a oportunidade de dar vazão à pressão proveniente da mesmice de um relacionamento sexual obrigatório. O desejo sexual, como o amor, não pode ser imposto. São livres como os pássaros fora da gaiola. A descompressão decorrente da “pulada de cerca” faz surgir um pai e um marido mais amoroso. Mas, nem só o homem sofre o efeito danoso da exclusividade sexual. Esta idéia vem do tempo em que o macho nocauteava a fêmea e a arrastava pelos cabelos para dentro da caverna. Atualmente, quando foi banida a exclusividade do macho de prover os meios de satisfazer as necessidades do grupo familiar, sendo esta obrigação atualmente tanto do marido quanto da mulher, que já pode ser compelida a prestar pensão ao marido em certos casos, diante desta nova sociedade é de se estender à mulher o direito de “pular a cerca” vez que também ela passa pela mesma necessidade de “variar”. Tal entendimento, entretanto, só habitará uma sociedade de pessoas educadas, o que exclui a possibilidade de ter alguém a necessidade de trocar um relacionamento sexual por um prato de comida, coisa corriqueira no monstruoso sistema capitalista.

Entretanto, são várias as faces monstruosas desse sistema que transforma os seres humanos em consumidores e material humano. Mas, como os sacos tem limite, continuaremos depois de recompô-los. Inté.   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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