quarta-feira, 10 de abril de 2019

ARENGA 562


Quando o presidente da república declarou que no seu governo o sistema educacional vai ter por objetivo desestimular na garotada o interesse pela política incorreu em crime contra a sociedade de tamanha gravidade que justifica seu impedimento de continuar no exercício do cargo. Dois motivos explicariam tamanha estupidez: a sinceridade do Papa Francisco ou inocência que o teria levado a cometer um ato falho porque o desinteresse pela política é o objetivo visado pela economia capitalista que precisa de um povo mais interessado no mundo das “celebridades” e “famosos” de merda do que no ensimento dos Grandes Mestres do Saber como Platão ao afirmar que o governo deve ser exercico por filósofos e Bertold Brecht que afirmou estar no analfabetismo político a origem de todos os males sociais. Realmente, um colégio eleitoral composto de quem aprendeu em criança que sua qualidade de vida depende da política jamais entregaria o destino de seu país a desonestos, religiosos ou militares porque só inocentes caem na lábia de ladrões, no engodo da religião ou em quem é educado para cumprir ordens, azeitar e disparar canhões.

É por conta do analfabetismo político que a vida vivida pelos homens é uma história de lutas sangrentas e destruição. Portanto, mais condizente com vida de rracional. Está na hora de surgir um adulto sensato que chame os humanos à razão pela insensatez de lutar pela posse de poder, como faria com duas crianças engalfiadas aos tabefes pela posse de um doce. Afinal, o poder, é tão insignificante que os poderosos também viram comida de germes, e no dia em que for inventado óculos com Raio X seria ridículo fzer pose de poderoso expondo o recheio de bosta, mijo e secreções putrefatas.

Em função da ignorância que o presidente diz pretender preservar é que o homem vive subjugado por dois grilhões: o da política e o da religião. Esclarecendo-se o povo, ele será capaz de se livrar do jugo da religiosidade e endireitar o da política por ser realmente necessário. A religiosidade é tão inútil quanto o beijo do Papa no pé do infeliz e tão prejudicial que além de atrofiar a capacidade de raciocinar, por mais suntuoso que seja o tempo, a qualquer momento explodem bombas ou metralhadoras lá dentro. É inteiramente possível viver sem religião como vive quem se recusa a seguir por caminhos indicados pela tradição e procura seu próprio caminho. Não haveria prejuízo algum em se libertar do jugo da religiosidade por que independe dela a obtenção das coisas de que se necessita para viver porque a política é que cuida disso. Mas também o jugo da política precisa ser repensado porque seus executores cobram tão caro pelo seu trabalho que se tornam ricos e poderosos o bastante para se autodenomirem EXCELÊNCIAS e, sendo empregados, viraram patrões. Pensar não dói, nenão? Inté.    

 




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