sábado, 13 de abril de 2019

ARENGA 563


Corre aí pela imprensa a notícia de que os brasileiros rejeitam a velha prática de combater a violência com mais violência adotada pelos governos como meio de dissipar verbas públicas, mas é difícil admitir que o povo mais povo do mundo venha de uma hora para outra a ser acometido de tamanho surto de lucidez.

Alguém pode esclarecer para que serve o governo, afinal? Se a segurança, inclusive no trânsito, através da indústria da multa, foi deixada a cargo da população, agora também o governo se livra da obrigação fornecer escolas por meio do ensino doméstico, o que só faz por saber que os pais ensinarão aos filhos o que aprenderam: conformação com a servidão e se comportarem bem para merecerem o reino do céu. Tais imbecis nem mesmo sabem que há mais de dois mil anos um filósofo chamado Epicuro afirmou que somos enteados de uma natureza indiferente em vez de filhos de um deus benevolente.

Julian Assange é a última pessoa viva a ser sacrificada por tentar revelar o que se passa nos bastidores do poder político exercido por líderes de fancaria (frase de Vinícius Bittencourt no livro Falando Francamente), que também disse esta frase: A DIFERENÇA ENTRE AS VESTES DE JESUS E AS DO PAPA EVIDENCIA QUE PARA REINAR SOBRE A ESTUPIDEZ HUMANA NÃO É PRECISO VELAR NEM PELA APARÊNCIA. E pode-se acrescentar que nem mesmo a realidade é capaz de superar a estupidez de quem continua buscando proteção nas igrejas onde encontram explosões de bombas terroristas e rajadas de metralhadoras disparadas por jovens enlouquecidos em consequência da liderança dos líderes de fancaria.

 Por trás dos bastidores do poder (podre poder) passam-se coisas tão escabrosas que o elemento asqueroso povo não faz a menor ideia. Nem mesmo os suntuosos palácios e uma plêiade de parasitas vivendo nababescamente às suas custas é capaz de tirar a atenção do povo das nulidades elevadas pelos papagaios de microfone à estatura de “celebridades”.

Bolsonaro condecora militares de Israel que ajudaram em Brumadinho. É ridículo a foto no jornal Estado de São Paulo do dia primeiro de abril, dia da mentira, na qual faz pose a cúpula do governo brasileiro em Israel prestando homenagem aos militares que ajudaram na busca dos cadáveres do desastre de Brumadinho porque os vários desastres que matam pobres no Brasil decorrem exatamente por culpa dos governos, não obstante o povo pagar dezenas de funcionários para cada parlamentar ficar com uma parte do salário de cada um deles.

Consta na imprensa que o político José Serra teria comparado o ateísmo ao tabagismo. Também consta na imprensa que José Serra roubou mais este povo miserável, burro e religioso do que roubou o Sérgio Cabral.

Há mais de um século que Quincas Borba louvou o “caráter benéfico da guerra”: Se duas tribos dividem um pequeno campo de batatas ambas morrem subnutridas. Mas se uma delas extermina a outra, fica com a batatada toda. Daí a expressão “ao vencedor, as batatas”. É incompreensível que um gênio da literatura como Machado de Assis pode ter visto algo de positivo na estupidez da guerra.

Marx fez referência a uma revolução permanente como o processo que levaria à conquista do poder estatal pelo proletariado do mundo inteiro. Certamente o Grande Mestre do Saber não percebera que proletariado é povo e que para o povo o que interessa é axé, futebola, igreja, “famosos” e “celebridades”. Se povo prestasse para algo diferente veria com escárnio os papagaios de microfone fazendo alarde sobre as vantagens dos bancos e do agribiuzinesse, se este é provedor de cânceres, e aqueles, como corretores do papa na venda de indulgências, são tão embusteiros que vendiam ingressos que davam acesso ao céu. 

A turma do “eu acho que” de baba-ovos do poder, qualquer que seja o tipo de poder, erra feio quando recomenda necessidade de se observar cuidados ao executar prisões preventivas pela possibilidade de se cometer injustiça. Em se tratando de político não há possibilidade de cometer injustiça porque injustiça há é na existência de políticos e advogados dividindo com eles o roubo do dinheiro do leite das criancinhas pobres.

É preciso colocar o mundo na posição certa porque está ponta-cabeça. Prá não ser torrado na fogueira da Inquisição Galileu teve de negar que a Terra girava em torno do sol. Por levar ao conhecimento público as canalhices do podre poder Julian Assange está sendo perseguido. Na página 148 do livro Uma Breve História do Tempo do Grande Mestre do Saber Stephen Hawking, consta que um papa recomendou que os cientistas não especulassem sobre o buraco negro uma vez que se tratava da origem da vida, portanto, assunto divino. Deve haver engano nessa história porque a vida não começa num buraco negro. começa num buraco cor de rosa que fica pertinho do buraco negro. Inté. 
Em tempo: Como há quem lê este blog, preciso corrigir uma falha grave que cometi. Horas depois de publicar esta arenga, retomando a leitura do livro Uma Breve História do tempo, verifiquei que o pedido do papa se referia ao  big bang e não ao buraco negro. Assim, peço perdão ao possível leitor e à memória do grande cientista e Grande Mestre do Saber Stephen Hawking. 











   








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