Quando o
historiador disse que a humanidade é constituída de seres tão estúpidos que
vivem a destruir o que acabaram de construir, esqueceu-se de que ao destruírem
também o que a natureza construiu declaram-se idiotas além de estúpidos. Quem
consegue tirar o pensamento de igreja, axé e futebola percebe encontrar-se a
humanidade dividida em vários grupos de idiotas caracterizado cada um deles por
um tipo específico de idiotia. O mais numeroso deles é o dos idiotas que vivem
a olhar para o céu esperando que de lá venha outra coisa que não desastres
aéreos, pássaros e os destemperos da natureza. Absolutamente nada é capaz de
fazer com que esses idiotas tirem as vistas do céu e trazê-las para local onde
têm os pés. O Grande Mestre do Saber Vinícius Bittencourt observou que a
diferença entre as roupas de Cristo e as do papa significa que nem mesmo as
evidências convencem esse grupo de idiotas da farsa que é a religiosidade. Uma
vez que se dizem seguidores de Cristo, e Cristo era humilde sem ser fingido, ao
passo que o papa é humilde e banqueiro ao mesmo tempo, algo de estranho deveria
ser notado pelos idiotas do grupo da religiosidade. Nem mesmo as rajadas de
metralhadoras, explosões terroristas, desabamento e incêndio de templos caríssimos,
cadáveres espichados no asfalto que levam aos locais de orações, absolutamente
nada consegue impor sensatez à malta religiosa para a qual nada existia antes
de seis mil anos atrás, da qual fazem parte portadores de títulos
universitários. Daí a afirmação do escritor e ensaísta Edimilson Movér de ter a
humanidade desenvolvido o gene da religiosidade. Esse grupo de idiotas é tão
idiota que considera importante fonte de sabedoria um livro idiota chamado
bíblia, não obstante ser o conteúdo deste livro fonte de violência,
prostituição, incentivo à riqueza e à escravidão, além de mentiras cabeludas
como ter sido Jonas engolido por uma baleia e cuspido são e salvo três dias
depois. A monumental idiotia dos idiotas do olhar voltado para o céu os faz encara
com solenidade e enlevo o gesto na verdade ridículo do beijo do papa no pé do
infeliz como meio de prevenir a infelicidade. Não fosse a idiotia, esses
idiotas perceberiam que a infelicidade provém do seu analfabetismo político. Ao
dedicar sua preocupação à religiosidade, não percebem estar na política o que
buscam no céu e que a política tem por objetivo único esfolar o seu rabo. Se as
escolas ensinam às crianças ser o céu o que importa, estas crianças se tornarão
adultos incapazes de perceber a realidade de não se recorrer às igrejas na
doença, mas aos hospitais, onde a possibilidade de atendimento depende da
política.
Outro grupo
de idiotas é o grupo dos idiotas esfoladores do rabo dos idiotas do grupo do
rabo esfolado porque nenhuma sociedade chegará jamais a bom termo se seus
integrantes estão divididos entre prejudicados e prejudicadores, realidade
mostrada pelas revoltas das quais resultaram cabeças cepadas fora dos corpos. Daí
que a vantagem suposta dos esfoladores de rabo se mostrará como desvantagem mais
cedo ou mais tarde. Além da idiotice de explorar os semelhantes, os idiotas do
grupo dos esfoladores de rabo ainda cometem idiotice maior ao providenciar para
evitar que os idiotas do grupo do rabo esfolado superem a condição de
analfabetos políticos para que possam alcançar o conhecimento necessário à
análise da informação recebida, sem o quê fica-se incapacitado de distinguir
entre o falso e o verdadeiro, sujeitando-se a ser massa de manobra de
interesses escusos tais como essa já revoltante malandragem da reforma
previdenciária.
Outra
parcela de perfeitos idiotas é a dos tagarelas que se dividem em dois subgrupos
de idiotas: o subgrupo dos que enganam o povo com a conversa fiada de representar
seus interesses, e que se dizem políticos, e o subgrupo dos bons de conversa
que conversam exaustivamente sobre a malandragem dos políticos, e que se dizem cientistas
políticos. Como a política é um engodo tão grande quanto a religião, as falas
destes cientistas políticos têm tanto resultado prático quanto as falas dos
representantes de deus assegurando mundos e fundos como recompensa por ficar a
olhar para cima e que para maior credibilidade de suas falas inúteis fazem
representar Cristo com o olhar pidão para o céu. Por trás disso tudo está a
seguinte matéria de Ladislau Dowbor, no blog Outras palavras, intitulada Paulo
Guedes: o banqueiro e seus tentáculos: Investigação sobre o banco fundado pelo ministro indica: agia para os
super-ricos, ajudando-os a esconder dinheiro em “paraísos fiscais”. Não é
natural que queiram abocanhar a Previdência e enterrar políticas sociais?
Dito isto,
digo mais: o que me move a escrever sem saber é a vontade de que venham todos
os idiotas a se livrar da idiotia porque segundo os Grandes Mestres do Saber há
superioridade em viver com sabedoria. Inté.
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