sábado, 6 de janeiro de 2024

ARENGA 711

 

O passar do tempo traz alguma luz às trevas que envolvem a mentalidade do ser humano e que fazem a humanidade buscar nos céus o bem-estar que só pode ser encontrado aqui mesmo, bem ao seu lado. Recentemente, a imprensa publicou que técnicos americanos da área de segurança pública se dizem intrigados com o alto número de assassinatos na Cidade de Washington que a ultrapassar o número do mesmo crime aqui na Cidade do Rio de Janeiro, terra que acolheu Sérgio Cabral com os braços tão abertos quanto os do Redentor. A monumental estupidez humana é que justifica a dificuldade dos responsáveis pela segurança americana em entender algo tão simples que nem mesmo é preciso ser inteligente para perceber.  Pessoas de determinado lugar não sejam vítimas de tanta injustiça como são os excluídos só cometem crime se vitimadas por doença mental. Como para não ser excluído é preciso ter aquilo de que se necessita e para isto é preciso o dinheiro que os avarentos gatos pingados ignorantes de sociabilidade espiritual que caracteriza pessoas de má índole açambarcaram para si sós, o resultado é a exclusão da qual resultam necessitados que, por sua vez, resulta em criminalidade. Desta forma, para não perceber algo tão facilmente perceptível, para não compreender a realidade de que a precisão faz o ladrão é preciso ter razões inconfessáveis.

 Todo o problema humano é estar a humanidade dividida entre aproveitadores (poucos) e quem se presta a ser aproveitado (a grande maioria). Tendo os aproveitadores, com consentimento dos aproveitados, feito da Economia Política, fonte de exclusão, inclusive por meio de crimes, como entre tantos outros homens honrados que repudiam a falsidade e são contrários às injustiças praticadas pela cultura do venha a mim e os outros que se danem adotada pelos falsos líderes e que são todos os mandatários como prova a situação socialmente insustentável de estar a humanidade com dez por cento de desfrutadores e noventa por cento de desfrutados cuja infelicidade, aos poucos, vai se tornando pandemia. Entre os abnegados pensadores que repudiam a injustiça social citaremos aqui Stephen Platt com o livro CAPATLISMO CRIMINOSO e Joseph E. Stiglitz com o livro O MUNDO EM QUEDA LIVRE. Nas citações abaixo estes homens mostram a distorção que foi dada à Economia Política por interesses escusos tornando-a responsável pelo mal-estar da sociedade humana.

 Entre as muitas referências desabonadoras da economia por estes dois pensadores, citaremos a da página 20 do primeiro livro acima mencionado: “A lavagem de dinheiro e o favorecimento ao crime por parte de instituições financeiras são dois dos grandes males da nossa época. Eles alimentam a comercialização de drogas, o tráfico humano, a evasão fiscal, pagamento a corruptos e a prática de atos de terrorismo em todas as partes do globo. Esses dois males promovem a miséria e o sofrimento de milhões de pessoas, permitindo que os criminosos saiam ilesos e gozem os lucros de suas práticas ilícitas.” E, na página 129: “O sistema financeiro internacional é um participante essencial da própria operação corrupta ou da retenção do dinheiro acumulado por suborno ou roubo. Os bancos desempenham um papel fundamental, fornecendo contas e estruturas empresariais que possibilitam a execução de contratos ilegais, disfarçando a origem ou o destino do dinheiro e permitindo que o dinheiro advindo de corrupção seja retido para, depois, ser acessado por seu destinatário”.

E não é diferente do que também afirma o mundialmente renomado economista americano, Joseph E. Stiglitz, na página 177 do verdadeiro “livraço” O Mundo Em Queda Livre sobre os banqueiros que manipulam a Economia Política (e os políticos) a seu bel-prazer e que deram origem à crise americana de 2008. A esse respeito, ouçamos o doutor Stiglitz: “Os banqueiros que levaram o país a este estado de confusão deveriam ter pagado pelos seus erros. Em vez disso, receberam bilhões de dólares”.  E, na página 178: “Com a eclosão da crise financeira, o governo Bush decidiu resgatar is banqueiros e seus acionistas – e não apenas os bancos. O dinheiro foi fornecido de maneiras não transparentes, talvez porque o governo não quisesse que o público tivesse pleno conhecimento dos presentes que estavam sendo dados, talvez porque muitos dos responsáveis eram ex-banqueiros e a falta de transparência era sua maneira natural de fazer negócio. O Governo decidiu não exercer nenhum controle sobre os que recebem enormes somas de dinheiro do contribuinte, com base em que isso constituiria uma interferência nos mecanismos de uma economia de mercado.” E, na página 388: “Perdera-se o sentido de confiança. Quase todos os dias se revelam histórias relativas ao mau comportamento dos participantes do setor financeiro – pirâmides, informação privilegiada, empréstimos predatórios e um conjunto de esquemas de cartões de crédito que eram destinados a extrair o mais possível dos infelizes usuários.”

São estas as conclusões de dois profundos conhecedores de economia em torno da qual uma plêiade de aproveitadores assalaria outra plêiade de papagaios de microfone para que esqueçam da personalidade e endeusem a economia como a salvação da lavoura. No entanto, do mesmo modo como quando papagaiam a respeito de pleno emprego estão sendo tão falsos quanto quando papagaiam sobre desenvolvimento econômico porque de desenvolvimento resulta riqueza apenas para os aproveitadores e destruição da natureza.

 

 

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