Charles
Darwin disse que o brasileiro é desprovido das qualidades que dignificam o
homem; Charles de Gaulle disse que o Brasil não é um país sério; Os atores
americanos espinafraram os brasileiros, mas erraram quando nos chamaram de
macacos porque ainda somos pré-macacos; Caetano Veloso disse que o Brasil é o
cu do mundo e Zé Ramalho compara o povo à manada. O que está errado neste
exuberante pedaço de chão? Teria o Brasil o destino de ser inferior? Na
verdade, o mundo inteiro ainda é inferior em termos de civilização,
encontrando-se a humanidade ainda tão imatura a ponto de se apegar a divindades
e desconhecer a interdependência entre os seres humanos. Nem mesmo a
experiência e a observação da vida pelos primeiro grupos humanos foi capaz de
levar tais agrupamentos a uma elevação espiritual capaz de levar aquelas
pessoas a uma vida diferente da disputa vivida pelos irracionais. Decorrido
todo o tempo desde que os egípcios e os mesopotâmicos formaram os primeiros
agrupamentos, ainda se acredita depender o bem-estar social da atividade
comercial, portanto, do lucro. Se as crianças com mais idade ainda se encontram
em tal incapacidade mental, nada há de estranho em que as crianças que formam o
povo brasileiro ser motivo de chacota para as outras crianças incapazes de
perceberem seu próprio ridículo. As sociedades chamadas erradamente de
civilizadas também não passam de um amontoado de seres incivilizados porquanto
alheios à sociabilidade, princípio primordial sem o qual não há que falar em
civilização.
Entretanto,
se os outros agrupamentos humanos são ainda incapazes de perceberem sua
ignorância social, o brasileiro supera de longe tal mediocridade mental por ser
incapaz de indignação. Faz questão de ser ridículo. É de fazer nojo a expressão
de subalternidade de José Serra e Michel temer ente a figura socialmente
execrável do Secretário de Estado Americano John Kerry. Corre o fato nada
impossível de ter um senador brasileiro beijado a mão de um presidente
americano. Como pode um povo ser tão ridículo? Cadê uma juventude com vergonha
na cara? Chega a dar tristeza pertencer a tal povo. Pobre país. Pobre de quem
lê e descobre haver modo mais agradável de se viver, mas ter de chafurdar na
mesma lama dos biltres futucadores de telefone e ajuntadores de dinheiro. Acabo
de chegar de Aracaju onde me hospedei num dos melhores hotéis, o Real Classic,
onde o banheiro tinha cheiro e esgoto e à noite não se podia ler nem dormir por
conta de uma barulheira infernal do outro lado da rua.
Somos um
povo tão sem pé nem cabeça que o nosso ministro da justiça está questionando a
Polícia Federal por exercer seu dever de apurar denúncia de roubo praticado
pelo filho de Lula. Embora pareça inacreditável, está aí na imprensa a seguinte
notícia: “Ministério da Justiça questiona PF sobre ação contra empresa
de filho de Lula”. É, com um povo tão povo quanto o brasileiro, esmorece
até a esperança de uma vida menos indigna. Inté.
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