quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

ARENGA 201





Chega a ser nauseante a época de natal. Não há limite para a estupidez desta coisa asquerosa chamada povo. Toda esta arenga nojenta em torno de Papai Noel, nascimento de Jesus, confraternização, ceia de natal, tudo isto se resume em atividade comercial implantada na massa asquerosa com ares de sacralidade. Onde já se viu obrigação de dar presente? É a mesma coisa com as festas de aniversário, Dia do Pai, da Mãe, da Criança, do Cachorro, do Gato, da PQP. É tudo desfaçatez, que infelizmente escapa à percepção do povo graças ao aprendizado a que foi submetido, aprendizado este objetivando exatamente este resultado uma vez que ninguém capaz de raciocinar participaria deste festival satânico destinado a encher as lojas de biltres num compra-compra infernal do qual resulta a destruição da natureza com única finalidade de satisfazer a sanha demoníaca dos Reis Midas do mundo em sua sede insaciável por riqueza. É entristecedor o fato de ser obrigado a conviver com pessoas tão obtusas a ponto de armarem árvores de plástico em suas casas, enchê-las de penduricalhos e enorme quantidade de lampadazinhas piscando semelhantes a vagalumes. É tamanha a estultice na cabeça destas pessoas que as leva a encontrar algo de positivo onde só há a negatividade do consumismo. Não menos nauseantes são as conversas dos papagaios de microfone tipo “Ganhou muitos presentinhos?” “Também Ganhei”. O trabalho perverso de fazer o povo ser tão mentalmente incapaz como é se deve exatamente à papagaiada de microfone para a qual são importantes as notícias sobre brincadeiras, ser socialmente positivo o agribiuzinesse, ser coisa do demônio a reforma agrária, haver motivo para fama e celebridades nos “famosos” e nas “celebridades”. A ação perniciosa desse trabalho pode ser percebida, por exemplo, na substituição da palavra “hectare” por “campo de futebol” cuja finalidade é manter o pensamento no circo. O apocalipse que a natureza promete se deve à ação nefasta do exército de papagaios de microfone a espalhar imbecilidade pelo mundo, resultando na anulação da capacidade de pensar.

A malta ignorante em delírio nos estádios de futebola e a bola rolando, como dizem aos berros os papagaios de microfone, lembram os tempos em que multidões de bestas humanas tão bestas quando as de agora ovacionavam o gladiador quando cepava fora a cabeça do oponente e ela saia rolando. É impossível uma vida agradável numa sociedade formada por pessoas de espiritualidade tão raquítica. Inté. 

 
 















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