“Para nós, católicos, a Quaresma é um tempo no
qual Deus permite que possamos olhar para nós mesmos e a partir de
nossos passos trilhar novos rumos para o céu. A tradição da Igreja afirma que
esse tempo quaresmal é propício para se plantar o sacrifício para colher na
páscoa a ressurreição”.
Esta asnice
aí em cima, própria dos analfabetos políticos citados por Bertold Brecht, que
se voltam para o céu em vez de se ligarem na forma como são gastos os recursos
públicos, por incrível que pareça, tal sandice foi escrita por um jovem que
deve ser parente do senador que do alto de sua “sabedoria” afirmou
categoricamente que nós somos o resultado daquilo que sempre fomos. Como sempre
fomos ridículos, o resultado foi nos tornarmos o povo mais ridículo do mundo. O
autor daquela baboseira que dá início a estas mal escritas ponderações é um
jovem que só é jovem na aparência. Sua mentalidade ainda cumprimenta Matusalém
ao passar por ele levando pela mão seu neto Noé, que por ser ainda criança, nem
desconfiava que seria obrigado a construir uma barca, enchê-la com um casal de
cada bicho e vagar por meses sobre as águas do dilúvio em meio às bostas da
bicharada e o trabalho insano de alimentar de comida e água o zoológico
aquático.
Ante
tantos descalabros, infelicidade, choro, e o iminente desaparecimento das
condições de vida no planeta, ante condição tão aflitiva, imbecis se aglomeram
numa triste instituição denominada Juventude de Fé, voltada para a fantasia da
religiosidade. Se todos aprendessem um milésimo dos ensinamentos dos Grandes
Mestres do Saber as pessoas não teriam tantos problemas porque a mentalidade de
quem aprende não lhe permite praticar ações antissociais das quais resultam os
sofrimentos. Agir no sentido de tornar a vida agradável é a única maneira de se
viver de modo agradável. A religiosidade é uma fantasia maldita destinada a
moldar a opinião dos sofredores e levar sua atenção para as alturas do céu,
desviando-a de onde devia estar: na política. Este trabalho satânico resulta em
que por falta de dinheiro os sofredores fiquem à espera que suas necessidades
sejam satisfeitas apenas pedindo a entes sobrenaturais que as satisfaçam. Para
solução dos problemas, segundo o jovem companheiro de Matusalém que escreveu
aquela idiotice, seria suficiente entrar numa igreja como fazem os imbecis com
os filhos escanchados no pescoço, mexer os beiços em cochichos com uma suposta
força divina e lhe pedir o que precisa, inclusive carro de presente. Pelo
visto, a tal força divina funciona porque molambos espirituais são presenteados
por Deus com carrinhos pebas feitos para pobres entre os quais a religiosidade
é maior. A única maneira de se obter as coisas é lutar por elas, fato percebido
pelo poeta Paulo Gabiru quando diz que “Quem espera sempre alcança, só basta
lutar”. Assim, só haverá paz no mundo quando se lutar para substituir o
espírito de Midas pelo de irmandade. Quem não acredita em Deus, mas acredita na
irmandade como promotora de uma sociedade agradável, não pratica atos
antissociais.
Não posso
culpar meus pais por ter sido analfabeto político porque o ambiente onde eles
nasceram, cresceram e me colocaram no mundo era um ambiente cujo conhecimento
girava em torno de trabalhos braçais exclusivamente. Mas os descendentes dos
atuais jovens imbecis e indiferentes aos assuntos dos quais dependerão suas
vidas condenarão a imbecilidade de seus antecedentes futucadores de telefone.
Inté.
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