Tão nocivo
à sociedade quanto os ladrões do dinheiro do leite das crianças são os
advogados que querem a bandidagem em liberdade a fim de que possam continuar
roubando e dividindo com eles o produto do roubo. Formados na mesma escola
moral dos politiqueiros das páginas policiais, os advogados mais experientes
nas artimanhas jurídicas adotaram a crença comum na politicagem de que o povo
todo é constituído de espécimes de povo. Mas não é assim, saibam os senhores
deturpadores da verdade que desonram a nobreza do espírito das leis em sua
gloriosa missão de resguardar interesses sociais que em meio à multidão de
frequentadores de igreja, axé e futebola também há espécimes de gente capazes
de pensar e concluir onde estão a verdade e a mentira. Se para a massa amorfa,
Lula pode dizer que a saúde no Brasil está perfeita, para quem se interessa por
sua sociedade isto é falso porque o Banco Mundial, segundo a imprensa, reclama
da falta de investimento em saúde no Brasil que gasta apenas 525
dólares/habitante/ano, enquanto o Canadá gasta mais de quatro mil. Tal
declaração, embora reflita a preocupação em evitar riscos para a riqueza dos
ricos donos do mundo porquanto se trata de declaração de banco, nem por isso
deixa de ter significação para os pouquíssimos brasileiros que já deixaram a
decrepitude de ser povo. Se para o povo a miséria se deve à falta Deus, para
que já saiu da triste situação de povo a falta de dinheiro se deve aos roubos
dos quais os senhores advogados de caríssimos e luxuosos escritórios recebem
uma parte, independentemente do conhecimento que deste comportamento resulta a
falta do leite das crianças pobres. Povo não sabe ser ele o patrocinador da
riqueza dos “famosos” e das “celebridades” nem o motivo pelo qual estes
aculturados viram famoso e célebres. Povo não se incomoda em ser tosquiado por
se identificar com ovelhas, com pastor e tudo. Mas gente é outra coisa porque
gente sabe direitinho tudo isso.
Se não se
planta dinheiro, evidente que não se pode colhê-lo em árvores. Dinheiro é feito
em máquinas e se destina a ser trocado por coisas das quais se necessita e que
são produzidas por trabalho. Como quem trabalha é o povo, sendo, portanto, ele
o responsável pela existência das coisas que dão origem ao dinheiro, embora
ele, povo, nada saiba disso, não se justifica seja ele mantido na pobreza em
função de sua ignorância, mesmo porque esta ignorância também é fabricada em
outras máquinas e mantida à custa do trabalho degradante da papagaiada de
microfone e escritores assalariados, trabalho do qual resulta a inferioridade
espiritual refletida nas notícias sobre bundas, peitos, calcinas, cuecas,
trepadas, coisas desse tipo. Fomentada a cultura da baixaria, fomenta-se com
ela o apodrecimento a base sobre a qual se assenta uma sociedade, base esta que
não pode prescindir dos valores éticos e morais. Inté.
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