sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

ARENGA 217

Tão nocivo à sociedade quanto os ladrões do dinheiro do leite das crianças são os advogados que querem a bandidagem em liberdade a fim de que possam continuar roubando e dividindo com eles o produto do roubo. Formados na mesma escola moral dos politiqueiros das páginas policiais, os advogados mais experientes nas artimanhas jurídicas adotaram a crença comum na politicagem de que o povo todo é constituído de espécimes de povo. Mas não é assim, saibam os senhores deturpadores da verdade que desonram a nobreza do espírito das leis em sua gloriosa missão de resguardar interesses sociais que em meio à multidão de frequentadores de igreja, axé e futebola também há espécimes de gente capazes de pensar e concluir onde estão a verdade e a mentira. Se para a massa amorfa, Lula pode dizer que a saúde no Brasil está perfeita, para quem se interessa por sua sociedade isto é falso porque o Banco Mundial, segundo a imprensa, reclama da falta de investimento em saúde no Brasil que gasta apenas 525 dólares/habitante/ano, enquanto o Canadá gasta mais de quatro mil. Tal declaração, embora reflita a preocupação em evitar riscos para a riqueza dos ricos donos do mundo porquanto se trata de declaração de banco, nem por isso deixa de ter significação para os pouquíssimos brasileiros que já deixaram a decrepitude de ser povo. Se para o povo a miséria se deve à falta Deus, para que já saiu da triste situação de povo a falta de dinheiro se deve aos roubos dos quais os senhores advogados de caríssimos e luxuosos escritórios recebem uma parte, independentemente do conhecimento que deste comportamento resulta a falta do leite das crianças pobres. Povo não sabe ser ele o patrocinador da riqueza dos “famosos” e das “celebridades” nem o motivo pelo qual estes aculturados viram famoso e célebres. Povo não se incomoda em ser tosquiado por se identificar com ovelhas, com pastor e tudo. Mas gente é outra coisa porque gente sabe direitinho tudo isso.
Se não se planta dinheiro, evidente que não se pode colhê-lo em árvores. Dinheiro é feito em máquinas e se destina a ser trocado por coisas das quais se necessita e que são produzidas por trabalho. Como quem trabalha é o povo, sendo, portanto, ele o responsável pela existência das coisas que dão origem ao dinheiro, embora ele, povo, nada saiba disso, não se justifica seja ele mantido na pobreza em função de sua ignorância, mesmo porque esta ignorância também é fabricada em outras máquinas e mantida à custa do trabalho degradante da papagaiada de microfone e escritores assalariados, trabalho do qual resulta a inferioridade espiritual refletida nas notícias sobre bundas, peitos, calcinas, cuecas, trepadas, coisas desse tipo. Fomentada a cultura da baixaria, fomenta-se com ela o apodrecimento a base sobre a qual se assenta uma sociedade, base esta que não pode prescindir dos valores éticos e morais. Inté.  
 








  

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