Quem
afirmou ser a propaganda a arte de explorar a estupidez humana devia estar
pensando nesta notícia no jornal: “Aline Riscado recebe R$ 120 mil por mês de
fabricante de cerveja”. Não pode ser outra coisa senão estupidez dos bebedores
de cerveja pagar esta quantia à moça para lhes dizer que cerveja beber. Por
acaso, bebedores de cerveja não tem seu próprio paladar? Com a grana paga à
moça beberiam muito mais cerveja, cresceriam muito mais a pança, apressariam
muito mais a chegada da diabetes e dos tremilicos. A foto de um candidato à
presidência da república ao lado de um jogador de futebola como propaganda para
angariar votos, da mesma forma, demonstra com clareza o grande alcance da
verdade de que a propaganda é a arte de explorar a estupidez dos estúpidos
seres humanos porque apenas estúpidos votariam num candidato por ter a seu lado
um jogador de futebola. Para quem não é estúpido, recomendaria votos foto ao
lado de um dos doutores Joaquim Barbosa, Rodrigo Janot, Sergio Mouro, Eliana
Calmon, Heloisa Helena, Plínio de Arruda Sampaio, pelaí. A propaganda manipula
a mente porque a mente pode ser manipulada como prova o hipnotismo. E quanto
mais rasteira a mentalidade, mais fácil de ser manipulada como se vê na
facilidade com que os brasileiros caem em contos do vigário, justamente por ser
o povo da mais baixa estirpe mental em todo o planeta. Brasileiros compram
carro, terreno, apartamento, pagam a entrada, e só então descobrem que foram
roubados, o que não os impede de cair na próxima esparrela. No livro Os Contos
e os Vigários – Uma história da trapaça no Brasil – Seu autor, José Augusto
Dias Junior, conta vários desses “contos”, inclusive que em Belo Horizonte
apareceu um cara vendendo lotes na lua, com mapa e tudo o mais. Aposto um
tostão furado como houve quem comprasse.
Como a
norma generalizada por aqui são as mentalidades rasteiras, fáceis de serem
influenciadas, a propaganda convence velhos a se comportarem como criança e
fingir que é Leonardo de Caprio, como mostra a foto do milionários de
braços abertos no bico do seu barco de vinte e cinco milhões. Outros velhos
confirmam a triste realidade percebida pelo Grande Mestre do Saber Charles
Darwin, quando afirmou que o brasileiro não possui as qualidades que dignificam
o homem, informação lembrada pelo jornalista Alex Ferraz. Que dignidade têm velhos
ladrões de dinheiro público marchando algemados na frente da polícia? Também
dignidade não têm adultos com brincos na orelha porque a dignidade é contra o
ridículo compreensível apenas em meninos e meninas. Na página 90 do livro O Mundo em Queda Livre,
Joseph E. Stiglitz mostra como os adultos senhores capitalistas e os políticos
forjaram as crises a fim de tomar dinheiro do governo. E acrescenta o autor que
os trabalhadores de baixa renda são obrigados a pagar a conta por erros que não
cometeram. Já passa do tempo de racionalizar a vida. Né não? Inté.
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