terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

ARENGA 223




Nosso país é mesmo um país singular, com um presidente também singular e um povo não menos. O povo singular tem uma Juventude de Fé (em que os problemas se resolvem seus sua participação) e tem um presidente que que a imprensa diz ter contas pendentes na justiça, mas que enquanto não chega a hora de saldá-las, tenta exercer seu cargo numa situação igualmente singular. Sem conseguir formar seu ministérios com políticos, exigência da cultura política segunda a qual os ministros são cabos eleitorais de seu chefe Como para ser cabo eleitoral precisa ser bom malandro, e como ninguém supera o político na arte da malandragem posto que vai ao trabalho quando quer, assim mesmo três vezes por semana, recebe baita salário e penduricalhos que o superam, ainda conta com o “por fora” e com uma equipe de ajudantes que lhe devolve uma parte do que recebe, anda de carrão novo com motorista, combustível e oficina, é chamado de excelência e quando é acusado de estar com com a mão na botija sai de fininho negando qualquer coisa aí ou fazendo a lei fazer cobra de fogo no ar e transferir para o acusador o ônus da acusação. Nem o Zé Carioca seria capaz de superar o político na malandragem. Acontece que pintou outra juventude singular por conta de ter fé no seu trabalho e caiu de pau prá cima da malandragem dos políticos, de modo que o presidente tem de ser seus próprios ministros porque os políticos estão correndo da polícia, como disse Fernando Gabeira, o que deixa o presidente feito barata tonta correndo entre palácios a fim de mostrar serviço. Para completar a singularidade, concentra esforço juntamente com um banqueiro/ministro da Fazenda para fazer uma reforma que outra coisa não é senão e como sempre atochar nos trabalhadores. Depois de ter a política da qual participaram todos os políticos atuais, inclusive o próprio presidente, levado o país à bancarrota com tremendo estardalhaço de esbanjamento de recursos através de milhares e milhares de falcatruas com empreitas, com pastas 007 e mais mil e duas mil formas  singulares de fazer sumir dinheiro entre as quais políticos recebendo várias aposentadorias cada uma delas com valor correspondente a dezenas de aposentadorias de um “material humano”, outras tantas mostradas nos livros Dívida E(x)terna, O lado Sujo do Futebol, Privataria Tucana, O Chefe, Honoráveis Bandidos, Operação Satiagraha e outros mais, mostrando para onde foi a dinheirama que dizem faltar, garantem e assinam em baixo que o problema todo é que não há dinheiro que chegue para a perdulária Previdência Social gastar. Êta povo singular, sô! Passa o tempo da vitalidade prá lá e prá cá dependurado nos corrimãos da vida e engarrafado dentro de carrinhos pebas presenteados por Deus para chegar no matadouro a que chamam de emprego, e depois que acabar a vitalidade vai chorar no corredor do hospital. Tá certo isso? Apesar de estar errado, enquanto a televisão não disser ninguém perceberá. Como a televisão não vai dizer porque seus donos também têm pastas 007 para encher nos palácios, fica o dito pelo não dito, e a papagaiada de microfone faz a festa sobre a deficiência previdenciária. É deficiência previdenciária prá lá, deficiência previdenciária prá cá, espichando o papagaiamento sobre time campeão, loja barateira, o refrigerante e o cigarro que transformam jovens normais em atletas, o melhor financiamento para fazer compras em Me Ame, o banco que ajuda as pessoas, o telefone mas sabido para ser futucado, pelaí.   

Como singularidade pouca é pouca singularidade, um candidato a presidente da república apresentou como promessa de fazer um bom governo uma foto ao lado de um jogador de futebola que disse ser estádio de futebola e Copa do Mundo mais importantes do que hospitais e escolas. Inté

 
 
 

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