Anunciada
como alvissareira a notícia de que a China está construindo um gigantesco e
sofisticado aparato tecnológico para pesquisar o espaço sideral, tal notícia
não é senão mais um desvario do monstruoso sistema capitalista das obras
gigantescas que propiciam aos grandes grupos construtores retirar da sociedade
imensas fortunas graças à deseducação social aprendida desde o berço que
transforma as pessoas em seres indiferentes a às coisas do mundo político. O
povo permanece com a mesma noção de realidade quanto na Idade Média quando se
atribuía a Peste Negra à feitiçaria e se queimavam mulheres como remédio. Tal
mentalidade também orienta a especular o espaço em vez de cuidar da Terra. Os
seres humanos se afastaram da natureza e acreditam estupidamente que a vida só
depende do social. No entanto, pelas manhãs, os vasos sanitários testemunham
nossa dependência da natureza. O comportamento humano está tão antinatural que
a interdependência entre as pessoas que levou os primitivos a se unirem parece ter
deixado de existir e cada um voltou a cuidar apenas dos interesses pessoais
como se fosse possível usufruir apenas das vantagens da união sem cumprir as
obrigações que dela decorrem.
Há tanto
sofrimento no mundo por falta de dinheiro que corrigir esta situação deixa de
ser questão de justiça para ser questão de segurança porque a inquietação que
já começa a pipocar prenuncia a possibilidade de conflito social, situação em
que sobrará sofrimento prá todo mundo. Carece de lógica o comportamento humano
ao Jogar fora, desperdiçar, tornar de nenhuma utilidade a quantidade de riqueza
esbanjada em coisas de nenhum valor real para a sociedade. O livro “O Lado Sujo
do Futebol” mostra como esse tal de futebola usado para atrair os analfabetos
políticos absorve vultosas quantias através da corrupção que tomou conta de
tudo. Montar gigantescas árvores de natal, clarear o céu com fogo de pólvora e
estrondos é outra forma de jogar dinheiro fora. Monumentais palácios para
política e religião é outra forma de desperdício. Enfim, o que falta mesmo é
racionalidade porque neste país de povo constituído quase que exclusivamente de
espécimes de povo a insensatez e o ridículo não tem limites. A situação desse
povo lembra um personagem de Jô Soares que tinha um filho homossexual, mas que
para o pai era um verdadeiro machão de quem seu pai muito se orgulhava. Citava
como exemplo de práticas machistas praticadas por seu filho coisas que na
realidade são próprios de afeminados. A semelhança entre esse pai e o Brasil
está no ridículo de ambos. A imprensa noticia que a empresa causadora do
desastre mineiro foi multada seis vezes em bilhões, mas que nenhuma das multas
foi paga. Falta uma juventude menos burra para colocar as coisas em ordem. Como
disse o general De Gaulle, a política é assunto muito sério para ficar a cargo
de políticos. Inté.
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