A sensatez
implora por piedade ante tanta insensatez. Não faz muito tempo a imprensa
esperneou pelo fato socialmente inaceitável de ser homenageado um militar que
durante a ditadura de seus colegas torturou jovens pelo crime de querer um país
menos desigual, no que tinham completa razão. Todos que participaram daquele
movimento antissocial, portanto, também foram torturadores. Se não torturaram
fisicamente, fizeram-no espiritualmente ao contribuir para a permanência de um
movimento do qual resultou a infelicidade de muitas famílias como a de Vladimir
Herzog e do meu amigo Rosalindo Souza. Entretanto, o senhor Delfim Neto que foi
peça importante na ditadura, hoje dá aulas numa universidade paulista e é
consultor da Rádio Bandeiras AM daquela cidade. Ensinará, por acaso, o
professor Delfim Neto que o acúmulo de riqueza gera o acúmulo de pobreza, o que
leva inevitavelmente à conclusão de ser o sistema capitalista antissocial por
se fundamentar no cada um por si, quando, na realidade, a tranquilidade por
todos buscada só pode ser encontrada num sistema que leva em conta a
necessidade da cooperação mútua? Inté.
Será necessário haver tanta pobreza, choro, sofrimento? Que jovens pobres tenham que se endividar para estudar? Estará certa a conduta tradicional de terem as pessoas de trabalhar para sustentar as autoridades vivendo em palácios e com todas as suas necessidades pagas, inclusive riqueza pessoal para levar quando deixarem seus postos de trabalho? Há necessidade de tantas autoridades? Que tal matutarmos sobre estas coisas? Este é o objetivo deste blog. Nenhum mal haverá de fazer.
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