Graças ao Movimento de 31 de março de
1964 hoje não somos um país comunista. Sou testemunha ocular daquele grave
momento em que o Brasil poderia ter ido para o caminho errado com os comunistas
no poder. É o que declara
o ricaço Salim Mattar, empresário da Localiza, cujo nome indica se tratar de
mais um dos muitos gringos que se aproveitam do almoxarifado Brasil eternamente
de pernas abertas para que rufiões do parasitário sistema financeiro tenham aqui
na pátria de deus e juventude imprestável de torcedores, religiosos e
bailarinos de axé o lugar ideal onde dar vasão ao incontido e bestial instinto
de busca por riqueza fácil explorando a classe trabalhadora entorpecida pelo efeito imbecilizador do pão e circo. Não é outro o motivo
pelo qual esse mesmo senhor Mattar volta à imprensa para defender a
privatização da Petrobrás. As privatizações são mais uma das muitas fontes que abastece tanto políticos canalhas quanto empresários canalhas, verdade a que se
chega tomando conhecimento do que diz o insuspeito jornalista
Hélio Fernandes sobre a privatização da Vale do Rio Doce que proporcionou enriquecimento para o então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Quando o gringo Salim Mattar dá
graças por ter o povo se livrado do comunismo, não só sugere ter acontecido
algo de bom para o povo que teria se livrado de algo ruim, mas também angaria a
simpatia da opinião da massa bruta de povo para o ideário político do seu grupo
de Bezos e Hangs, anulando, desse modo, possibilidade de protesto, não obstante
estar tudo tão ruim para o povo que a ele cabe um futuro de terra arrasada como
resultado da ação predatória e assassina de destruir a natureza para construir
imensas riquezas cuja finalidade é encher as burras desses parasitas especuladores do sistema financeiro, assassinos por desnutrição de milhões de crianças mundo afora.
Embora não faltem chamamentos de
atenção da massa bruta de povo para a realidade da necessidade de se viver
outra realidade, falta, contudo, a percepção de que a anuência dos pobres ao
ideário dos ricos eterniza a situação atual. Levado por manipulação cerebral a acreditar estar tudo
bem do jeito que está, o povo, que é quem decide o destino do mundo embora não saiba disso, não vê
necessidade de mudar coisa nenhuma, realidade materializada nos festejamentos e pipocamentos de
foguetórios que nos finais de ano queimam fortunas incalculáveis sob aplausos da massa brutalmente imbecilizada pelo pão e circo. O povo foi levado a pensar como querem os ricos e é por isso que tanto nas casas dos pobres, como também nos bancos (casa dos
ricos) não falta a imagem de um Cristo com cara de bobão babão, olhar
suplicante voltado para o teto, o coração do lado de fora do peito e uma rudia
de espinhos na cabeça de onde escorre sangue, cuja finalidade é banalizar o sofrimento e a acomodação materializada no "seja como deus quiser" que evita o "seja como nós queremos" porque se sendo como nós queremos a riqueza do mundo será usado em benefício da humanidade em vez de servir ao parasitismo de decrépitos exploradores do suor de quem trabalha.
A identidade de pensamento entre pobres
e ricos dá origem à aversão a ideias socializantes, e esta aversão garante a
permanência da exploração da classe trabalhadora de forma tão evidente que Douglas
Rushkoff, no jornal Outras Palavras, qualifica o trabalho como forma de tornar
a vida desfrutável, expressão que desnuda a verdade sobre o motivo pelo qual o gringo Mattar fomenta aversão a uma cultura que defendesse a ideia de que a riqueza pública fosse usada em benefício de todos.
Mas como essa “prosa” já vai longe,
encerremo-la com a seguinte constatação: uma vez que tanto tristeza quanto
alegria fazem parte da vida e ser a preferência pela alegria, deve-se fazer
prevalecer a alegria sobre as inevitáveis tristezas que afligirão a juventude no momento em que esvair o vigor e chegar a velhice, motivo de tristeza para quem nada aprendeu na vida por tê-la deixado escorrer feito água entre os dedos sem ter dedicado um só momento em cogitar de coisas como o porquê de haver tantos necessitados se no mundo se há riqueza bastante para que todos possam viver com dignidade.
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