Evidente
que fica excluída desta possibilidade uma juventude de mentalidade tão baixa a
ponto de admirar o lixo espiritual que lhes é apresentado como dignos de fama e
celebridade. Mas, embora pareça impossível, impossível não é haver o trabalho
de endireitar nossa sociedade, uma vez que ela se encontra escangalhada por
conta de uma política voltada exatamente para esse fim, com suas mais altas
autoridades praticando crimes abertamente.
O problema é que pelo comportamento da juventude, percebe-se ser ela incapaz
de realizar tal trabalho porque a educação a que são submetidos os jovens pelo
perverso sistema de administração pública implanta neles a sensação de total
incapacidade para qualquer coisa que não seja bobagem. Este é, realmente, o
maior de todos os problemas, senão o único a impedir a evolução mental capaz de
conduzir a sociedade humana à civilização. Entretanto, como todos os problemas,
também este tem solução. O único problema que a burrice humana aponta como
insolúvel é a morte. Tal afirmação, contudo, é apenas mais um dos erros da
turba incapaz de raciocinar porque a morte é justamente a solução do problema
de se viver com o destino dos irracionais cuja vida se resume a comer, trepar e
cagar, posto que não podem pensar como os humanos que vivem do mesmo modo,
também por não pensar. A solução para o estado mórbido de estupidez em que se
encontra a juventude virá com o tempo. Não é à toa que se diz ser o tempo o
senhor da razão. Uma simples olhadela num livro de história qualquer é bastante
para se perceber que os seres humanos de outrora eram bem mais desprovidos de
conhecimentos sobre si mesmos e a realidade, o que equivale a dizer que eram
mais burros do que são atualmente. Embora demasiadamente devagar, o
desenvolvimento mental acontece. Na página 46 do livro A GRANDE HISTÓRIA DA
EVOLUÇÃO, Richard Dawkins diz haver uma estrada de quatro bilhões de anos a ser
percorrida a fim de se acompanhar a evolução da humanidade. Apesar de tanto
tempo, apenas há menos de três mil anos, na Grécia Antiga, pensadores começaram
a desconfiar de estar mal contada esta história da Criação Divina que
posteriormente veio a ser desmentida pela ciência contestada por analfabetos
fanáticos. Por mais que demore, a ação do tempo mostrará à juventude que ela
pode pensar, e portanto, seguir caminho diferente do seguido pelos irracionais.
Isto a tornará capaz de traçar seu próprio destino. Quando isto acontecer,
alcançará o significado do dito pelo sábio quando afirmou: Ah, se o jovem
soubesse, ou se o velho pudesse. A necessidade de virem os jovens a saber,
depende muito da ação de virem aqueles que se tornaram capazes de distinguir
entre a mentira e a verdade semearem ainda que em campo infértil a semente da
evolução espiritual conquistada. Tal procedimento beneficiará inclusive aos
semeadores de tais ideias uma vez ser bastante desagradável para quem logrou
alcançar um mínimo discernimento sobre a vida ter de viver no meio de quem vive
um estado de ignorância tão acentuado a ponto de ser convencido de de que o
universo existe apenas há seis mil anos.
Assim,
mesmo sabendo ser impossível fazer com que os jovens atuais elevem-se além do
borralho mental, custa nada acreditar haver algum deles mais receptivo à razão
para mostrar-lhe através de três notícias na imprensa o porquê da necessidade
de pensar em coisas mais elevadas, sob pena de ser mal visto por seus
descendentes. A primeira destas notícias, publicada no jornal Folha de São
Paulo, é esta: Governo paga
por calotes que BNDES levou por financiar obras no exterior. Tesouro Nacional já liberou R$ 124
milhões para acertar parcela de conta não paga por Moçambique, que deve cerca
de R$ 1,5 bilhão; ainda há débitos de Venezuela e Angola. Aí está, pois,
algo sobre o qual se faz necessário prestar atenção porque se em nossa
sociedade existe um contingente de necessitados que por falta de dinheiro declararam um guerra civil que a todos
infelicita, como, então, se justifica estes presentes, ainda que a outros
necessitados? A segunda notícia, no Jornal do Brasil, proveniente da juventude
incapaz de pensar, intitulada Juventude de Fé, é esta: “Natal: expansão do capitalismo ou chegada do menino Jesus?” Onde
se lê o seguinte: “... o espirito
natalino vem perdendo suas origens e a sua práxis. Infelizmente a festa
natalina caiu nas armadilhas do capitalismo e fomenta uma economia pautada no
consumo pelo consumo perdendo todo o sentido do que de é fato a vinda do menino
Deus”. Esta notícia reflete a mentalidade paquidérmica de uma juventude que
não merece fé alguma por ser ainda incapaz de perceber a realidade de ser a
cultura do TER que determina o rumo de suas vidas. Estes mendigos espirituais
emocionam-se ante o quadro ridículo do Papa beijando um boneco de criança e
pedindo paz em nome de Deus àqueles que em nome de Deus cepam cabeças e
explodem bombas para matar crianças. Mas estes molambos mentais que se
intitulam Juventude de Fé, tão inocentes quanto os que se postam nas portas dos
supermercados esmolando para a Campanha do Quilo, facilitando a vida dos
malandros federais, não sabem que a religião não veio de Deus. Foi imposta
pelos imperadores a fim de melhor subjugar o povo. No país mais rico do mundo, os Estados Unidos, babacas das bundas
brancas se reuniram à espera do Jesus que eles afirmam amar as crianças e os
pobres, mas que na realidade se encontram na situação desta notícia no jornal: “Crianças de áreas pobres dos EUA têm
traumas mentais similares aos de guerras”. Falta discernimento nessa gente pobre de discernimento para perceber a
realidade de ser a religiosidade criação de nossos antepassados, vindo a servir
depois como instrumento de enganação utilizado pelos ricos para manter os
pobres conformados com sua pobreza. Dizem os inocentes jovens da tal Juventude
de Fé que a festa natalina caiu nas armadilhas do capitalismo. Ora, o mundo é
vítima eterna das armadilhas do capitalismo desde que ele foi criado nos
princípios da Idade que se convencionou chamar de Contemporânea que já passou
do prazo de validade, razão pela qual o processo evolutivo dará lugar a uma
nova fase porque a situação atual é ainda pior do que as anteriores uma vez que
os governantes não precisam mais esconder a verdade de não passarem de cupinchas
dos Reis Midas capitalistas. São eles que colocam os governantes nos postos de
mando para manter o povo de quatro a fim de ser atochado. Em troca da
obediência, os políticos levam seu quinhão do butim arrancado do suor dos
jovens da Juventude de Fé. Usem a capacidade de raciocinar, ó jovens pobres de
espírito, e concluam ser conversa fiada esta história de um Deus que tudo pode,
mas que não pode fazer prevalecer Sua vontade como vocês mesmos declaram quando
afirmam que o espírito natalino perde suas origens. A religião perde força à
medida que as pessoas se tornam menos inocentes. Seria considerado insano
atualmente alguém que quisesse criar um Tribunal de Inquisição. No entanto, em
época de maior força da religião, esta monstruosidade transformou muitas
pessoas em cinzas depois de submetê-las a terríveis sofrimentos. Conheçam, ó
jovens mendigos espirituais, a realidade sobre a reforma religiosa e o fato de
não ter Lutero sido queimado por contar com o apoio da nobreza de olho grande
nas terras da igreja que ele, Lutero, propunha a desapropriação. A ignorância é
que mantém a religiosidade. Absolutamente ninguém terá motivo para ser
religioso se tomar conhecimento da história das religiões.
A terceira
notícia, também no jornal Folha de São Paulo, cuja análise mostra a necessidade
pensar em coisas menos chã é esta: “Voluntários
levam futebol a países isolados em que a Fifa não chega: Voluntários ensinam
futebol para moradores de ilhas da Micronésia, no oceano Pacífico”. A
absolutamente ninguém que não seja louco ou arrematado imbecil é permitido
tamanho apego às brincadeiras a ponto de colocá-las acima de quaisquer outras
prioridades como bem-estar pessoal como se faz ao destinar a elas os recursos
que faltam para as necessidades primárias como saúde, segurança e educação.
Muita coisa se esconde por trás do fato de serem os promotores de brincadeiras
elevados à condição de celebridades famosas. A ninguém é dado o direito de não
contestar uma situação tão extravagante na qual o professor passa necessidade
enquanto promotores de brincadeiras semianalfabetos esbanjam riqueza. Há,
realmente um mundo de coisas estranhas por trás desta realidade. O que será? O
conhecimento sobre esta coisa realmente estranha só acontecerá quando a
juventude deixar o estado reles de povo e ascender à condição de gente. Esse
dia chegará. Inté.
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