Na página 60
do livro Evolução Espontânea, mencionado na Arenga anterior, seus autores falam
de uma Ciência Nova segundo a qual não somos comandados por carga genética como
até hoje afirma a ciência velha. Muito a contrário, garantem, é a mente quem
manda em tudo, inclusive nos genes. Afirmam ser a mente capaz de fazer alguém executar
proeza infinitamente superior às suas condições físicas normais como a mulher que
manteve um carro suspenso com as mãos enquanto tiravam seu filho lá de baixo. Conhecidos
casos de cura inexplicável que até médicos afirmam tratar-se de milagre, nada
mais é do que uma proeza mental. Quando médicos afirmam tratar-se de milagre
estão, na verdade, demonstrando desconhecimento da realidade da vida com a qual
lidam apenas como instrumento de um trabalho executado sem muita ou nenhuma
preocupação com o resultado. Onde os inocentes acreditam haver intervenção divina,
só há fenômeno natural. Aconteceu comigo ao reagir e vencer uma maldita depressão
que atormentava e me fazia ser o mais infeliz dos seres humanos. Entretanto,
sendo ateu, não podia contar com nenhuma divindade, mesmo porque sei não passar
tudo de fantasia empregada para desviar a mente do lugar onde ela deveria
estar. Se praticamente nada se sabe sobre a atividade mental, nem mesmo o lugar
no cérebro responsável por ela, nem por isso a ciência se nega a reconhecer seu
imensurável poder.
Exercitar o pensamento é se aproximar um pouco
da possibilidade de entrar em contato com a mente. Eleva a espiritualidade e
amplia os horizontes. Assim é que refletindo sobre uma passagem do livro
Evolução Espontânea, dos doutores Bruce H. Lipton e Steve Bhaerman, ocorre a
seguinte dúvida: Não é crível que o planeta reaja por meio de uma evolução
espontânea que recuperasse a saúde da biosfera como tem acontecido com doentes
terminais que voltam a ficar fagueiros. Este fenômeno só pode ocorrer num corpo
que tenha atividade mental proveniente de um cérebro mais desenvolvido domo o
do ser humano. Não parece ter fundamento contar com uma remissão espontânea do
planeta que o recupere dos achaques porque este fenômeno depende de um “querer”
que não existe na natureza onde também não há objetivo. Para a natureza, tanto
faz como tanto fez. A chuva, indispensável à existência da vida, acontece não
por ser necessária, acontece quando acontece de elementos naturais se
combinarem. Quando isso se dá, chove independentemente da alagar e afogar. Ao
contrário, não havendo o ambiente propício, pode morrer tudo esturricado que
não chove. Este é o procedimento da natureza. Na última mudança ocorrida há 65
milhões de anos a natureza dizimou a espécie dos dinossauros. Como os seres
humanos, ao contrário dos dinossauros, podem pensar, é de se esperar que não esperem
ter sua espécie dizimada pela próxima mudança, tarefa de que deve se incumbir a
juventude a fim de evitar a extinção e substituição da sua espécie por outra
espécie como aconteceu com os dinossauros. Nesse sentido, precisa a juventude
valorizar as coisas realmente merecedoras de atenção em detrimento da atividade
de encher igrejas e latrinas, terreiros de axé e futebola, BBB, Fazenda, e
tantas imbecilidades mundo afora, voltando sua atenção um para as informações
científicas e o mundo ainda desconhecido porque desta aprendizagem resultariam
comportamentos que dariam origem a uma vida onde dignidade fosse mais
importante que riqueza.
O interessantíssimo
livro Evolução Espontânea sucinta muitas cogitações interessantes e salutares,
sobre as quais arengaremos mais. Inté.
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