Os brasileiros são bons na execução do que não presta como buscar paz
social encarcerando marginais em cubículos inapropriados para gatos, cães e
cavalos, ou dizer que o menor foi apreendido em vez de preso, ou impor pena a
um ser humano para ser cumprida durante quatrocentos anos, ou soltar órfão para
visitar a mãe, e mais coisas desse tipo.
A última novidade sobre inutilidade, depois das falas de politiqueiros, depois
de comentários sobre o fato da “celebridade” Roberto Carlos estar comendo
carne, a imbecilidade mais badalada são as falas a discutir na mídia sobre a
atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal, principalmente Joaquim
Barbosa, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Roberto Barroso. Ora firmam as
falas desperdiçadas que estes ministros agiram mais politicamente do que no
cumprimento de seu dever no exercício da função jurisdicional, protegendo políticos
com os quais tiveram ligação política ou de amizade, mas que haviam cometido
vários crimes, inclusive o de terem combinado entre si uma forma de roubar
dinheiro do estado. Outras falas falam que os ministros citados lá em cima,
desde o começo do julgamento que procuram proteger os acusados os quais apesar
dessa proteção foram condenados e esta condenação deveu-se à atuação rigorosa do
presidente daquele órgão quanto ao cumprimento da lei, o Ministro Joaquim
Barbosa.
Depois disso aí as falas ainda falam que estes ministros que elas falam
serem defensores disfarçados, que todos eles, menos o Joaquim Barbosa, tiveram
relacionamento político ou por amizade com os acusados, e falam com justa razão
de que é impossível para um verdadeiro amigo ser impossível negar socorro a
outro amigo verdadeiro, ainda mais quando esse favor tem seus custos bancados
pelo erário. Já outros faladores garantem e assinam embaixo da afirmação, ter
havido proteção aos acusados por parte dos ministros que lhes deviam o favor de
terem contribuído para que eles chegassem ao posto que ocupam, estando assim na
obrigação de retribuir. Acontece, porém, que a posição firme do Presidente do
Tribunal, Ministro Joaquim Barbosa, no cumprimento da lei, impediu a ajuda dos
outros ministros, e disto teria restado mal-querença.
Também correm argumentos de que o Ministro Joaquim Barbosa despertou a
atenção do povo que ficou admirado da existência de uma autoridade verdadeiramente
rigorosa no cumprimento daquele já desmoralizado e cômico “apurar com rigor doa
a quem doer”, e por causa dessa admiração o povo pudesse ter oportunidade de
votar nesse tipo diferente de político e elegê-lo presidente da república e ele
viesse a exigir o cumprimento das leis de todo o país, principalmente no que se
refere à aplicação do erário.
Essa lenga-lenga sem fim não tem razão de ser, salvo considerando a sugestão
de vir o Brasil a ter uma bunda como símbolo representativo de brasilidade, uma
vez que também o Brasil só produz porcaria como a celeuma sobre Roberto Carlos
comer carne. Ele não poderia ganhar dinheiro da Friboi e dizer que não come
carne.
Entre as muitas porcarias deste país de requebradores de quadris está a
forma pela qual são preenchidos os cargos que compõem a magistratura do órgão
mais alto da justiça, o Supremo Tribunal Federal (STF). É bizarra a situação de
serem eles indicados pelo chefe político. Daí que nasce a desordem sobre a qual
tanto papel, tempo e intelectualidade são desperdiçados nas tais falas de
comadres.
Para ficar clara a situação, é bastante tomar duas providências simples:
uma delas é ter forma mais inteligente de escolha para preencher os cargos de
maneira mais condizente com as atividades a que se propõem os escolhidos. A
outra providência esclarecedora das falas sobre as dívidas de favores, para se
saber a verdade toda, basta lembrar o velho ditado “Me diga com quem anda que
eu lhe digo quem é você” e aplicar esta sabedoria buscando saber o
comportamento de todos os ministros acusados de favorecimentos aos acusados
desde o tempo em que eram apenas acusados. Verificando quais deles mantiveram
relações anteriores e que tipo de relações com os condenados e supostamente
protegidos por eles como apregoam as falas, e os que não devem favor a ninguém.
Esta constatação dispensaria o bolodório inútil em torno de uma situação
facilmente explicável. Inté.
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