Sendo a mudança uma constante da
natureza, e sendo nós parte da natureza, evidente que também mudamos. De
espermatozóide e óvulo, viramos um organismo tão complexo quanto o universo. É
estranho, portanto, a resistência humana às mudanças e seu apego ao mesmismo. A
velhice é encarada como desagradável e a morte causa horror. Mas, como mudar é
inevitável quer queira quer não, está aí a Nova Ciência a anunciar novidades
nos conceitos estabelecidos pela ciência velha. Entre estas novidades uma é de
extrema importância para nós brasileiros. Trata-se do fato auspicioso de que não
somos comandados por carga genética. Esta descoberta nova nos desobriga de
estarmos condenados eternamente a ser preguiçosos, batuqueiros, requebradores
de quadris, entreguistas, desonestos, cachaceiros, safados e religiosos, qualidades
integrantes do ambiente que nos serviu de berço e que haveriam de fazer
eternamente parte de nossa cultura segundo o determinismo genético. Agora que a
Nova Ciência ensina que nossa mente é que comanda tudo, inclusive que os genes
piam baixo ante o poderio mental, desfaz-se o determinismo genético e fica
muito mais fácil sonhar em encontrar um caminho para um novo conceito de
sociedade uma vez que isso só depende da atividade mental e uma vez que esta
atividade pode ser dirigida para o entendimento de se organizar uma sociedade
onde todos se beneficiam do resultado do trabalho de todos, portanto, o
contrário do modo como acontece nos diversos agrupamentos humanos até hoje
existentes onde a vida para muitos resume em trabalhar para prover os
desperdícios de uma vida faustosa para poucos.
Se é a mente a responsável pelo
comportamento, o atrativo de uma sociedade agradável onde não haja sofrimento
provocado pelas próprias pessoas do grupo produzirá comportamentos que levem à
realização desse sonho sonhado por todas as pessoas com educação social
suficiente para compreender que a vida não deve ser desperdiçada nas
desarmonias que desde sempre infelicitam os seres humanos em eterna guerra por
todos os motivos, até em nome do Deus que dizem adorar e ser fonte de paz e
amor. Agora, com o entendimento de se poder seguir o caminho que a mente
escolher, podemos pedir a nossa mente para escolher um caminho que leve a uma
sociedade com enfoque na irmandade e espiritualidade, o que não era possível
quando se acreditava na condenação genética à disputa companheira da desarmonia.
Podemos inovar e trazer à luz uma nova mentalidade que inverta a predominância
do conceito do TER sobre o conceito do SER. Podemos trabalhar no sentido de
criar uma sociedade nova na qual não seria motivo do constrangimento que é para
as sociedades tradicionais um desempenho menor na atividade de produzir riqueza
porque a preocupação desta sociedade nova seria produzir bem-estar.
O Jornal do Brasil de 9/3/14 noticiou que
no ano de 1960 a renda per capita da Coréia era de US$ 155 e a do Brasil de US$
208. Em 2012 a renda média de cada coreano foi de US$ 22.600 e a do brasileiro de US$ 11.300. É a supremacia do TER sobre o SER. Por acaso os
coreanos vivem em paz? Se não vivem é porque o enfoque na riqueza como
indicativo de progresso social não funciona tanto quanto o enfoque no bem-estar
social que só existe quando as mentes são doutrinadas para a união em vez da
disputa e os valores morais e espirituais substituírem a falta de caráter,
maldade e cinismo que norteiam este mundo de bestas humanas.
Custa nada sonhar, né não? Inté.
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