quarta-feira, 26 de março de 2014

APENAS SONHO?


Sendo a mudança uma constante da natureza, e sendo nós parte da natureza, evidente que também mudamos. De espermatozóide e óvulo, viramos um organismo tão complexo quanto o universo. É estranho, portanto, a resistência humana às mudanças e seu apego ao mesmismo. A velhice é encarada como desagradável e a morte causa horror. Mas, como mudar é inevitável quer queira quer não, está aí a Nova Ciência a anunciar novidades nos conceitos estabelecidos pela ciência velha. Entre estas novidades uma é de extrema importância para nós brasileiros. Trata-se do fato auspicioso de que não somos comandados por carga genética. Esta descoberta nova nos desobriga de estarmos condenados eternamente a ser preguiçosos, batuqueiros, requebradores de quadris, entreguistas, desonestos, cachaceiros, safados e religiosos, qualidades integrantes do ambiente que nos serviu de berço e que haveriam de fazer eternamente parte de nossa cultura segundo o determinismo genético. Agora que a Nova Ciência ensina que nossa mente é que comanda tudo, inclusive que os genes piam baixo ante o poderio mental, desfaz-se o determinismo genético e fica muito mais fácil sonhar em encontrar um caminho para um novo conceito de sociedade uma vez que isso só depende da atividade mental e uma vez que esta atividade pode ser dirigida para o entendimento de se organizar uma sociedade onde todos se beneficiam do resultado do trabalho de todos, portanto, o contrário do modo como acontece nos diversos agrupamentos humanos até hoje existentes onde a vida para muitos resume em trabalhar para prover os desperdícios de uma vida faustosa para poucos.

Se é a mente a responsável pelo comportamento, o atrativo de uma sociedade agradável onde não haja sofrimento provocado pelas próprias pessoas do grupo produzirá comportamentos que levem à realização desse sonho sonhado por todas as pessoas com educação social suficiente para compreender que a vida não deve ser desperdiçada nas desarmonias que desde sempre infelicitam os seres humanos em eterna guerra por todos os motivos, até em nome do Deus que dizem adorar e ser fonte de paz e amor. Agora, com o entendimento de se poder seguir o caminho que a mente escolher, podemos pedir a nossa mente para escolher um caminho que leve a uma sociedade com enfoque na irmandade e espiritualidade, o que não era possível quando se acreditava na condenação genética à disputa companheira da desarmonia. Podemos inovar e trazer à luz uma nova mentalidade que inverta a predominância do conceito do TER sobre o conceito do SER. Podemos trabalhar no sentido de criar uma sociedade nova na qual não seria motivo do constrangimento que é para as sociedades tradicionais um desempenho menor na atividade de produzir riqueza porque a preocupação desta sociedade nova seria produzir bem-estar.

O Jornal do Brasil de 9/3/14 noticiou que no ano de 1960 a renda per capita da Coréia era de US$ 155 e a do Brasil de US$ 208. Em 2012 a renda média de cada coreano foi de US$ 22.600 e a do brasileiro de US$ 11.300. É a supremacia do TER sobre o SER. Por acaso os coreanos vivem em paz? Se não vivem é porque o enfoque na riqueza como indicativo de progresso social não funciona tanto quanto o enfoque no bem-estar social que só existe quando as mentes são doutrinadas para a união em vez da disputa e os valores morais e espirituais substituírem a falta de caráter, maldade e cinismo que norteiam este mundo de bestas humanas.

Custa nada sonhar, né não? Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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