domingo, 30 de março de 2014

OLHA A MACACADA AÍ, GENTE!


Quando jogadores brasileiros são chamados de macacos e lhes atiram bananas, a imprensa tem levado essa macacada para o campo do preconceito racial, no que erra redondamente porque todos os brasileiros ainda se encontram no estágio de símios, e não só os negros, azuis, ou marrons. Todos indistintamente sempre foram imitadores. Primeiro, o “chic” era demonstrar familiaridade com os hábitos dos franceses e ingleses, povos de clima frio que se vestiam com trajes pesados confeccionados com lã. Como isso era chiqueza pura, os babacas por aqui suavam aos montes, mas não deixavam de imitar os ingleses em seus ternos pesados aos quais ainda se juntava um colete. Atualmente, o “top”, o “point” do “chic” são os Estados Unidos e fazer compras em Miami. O alvoroço chega ao ponto de uma criancinha que começava a ler, com uma revista na mão, perguntar à mãe o que significava fazer compras em me ame. Autoridades e empresários de lá e de cá não param nem cá e nem lá. Há uma tramóia entre eles que é um embaraço só. Reparando direitinho até que dá prá capiscar alguma coisa. A realidade é que nenhum brasileiro recusa propina em troca de subserviência porque o brasileiro é orientado desde o berço para a ladroagem. Notícias de roubo estão em todos os veículos de comunicação. Entregar riqueza a ladrões para administrar, apesar de dar na roubalheira que enriquece todos à volta do centro de decisões, é o que acontece quando o povo requebra os quadris enquanto do outro lado acontece o que acontece. Desse prá cá e prá lá de gringos e autoridades resulta no fechamento de escola por falta de dinheiro e pela situação daquela velhinha deitada no chão do hospital, e de todos que choram no corredor do hospital e acreditam que é assim porque tem de ser assim. Só é assim enquanto todos pensarem que assim tem de ser.

Pois é. É bem assim: Quando os gringos das bundas brancas jogaram banana para os jogadores de futebola, estavam procedendo do mesmo modo como procedemos no jardim zoológico na jaula dos macacos. Não jogamos banana pela cor do macaco e não a entregamos na mão prá não tomar mordida. Deve ter sido o mesmo motivo para atirar as bananas de longe para os macacos que os gringos enxergavam nos brasileiros cuja vocação para bobo da corte não tem limite. Quando escrevi um arremedo de livrinho chamado A Inferioridade do Brasileiro, argumentei sobre uma propaganda em voga na época, destinada a atrair turistas fazendo-os sonhar com a “paixão” da mulher brasileira, numa insinuação maliciosa de ser aqui a terra apropriada para satisfação da libido, o que é incentivo à prostituição por parte do governo em busca de imposto. É o procedimento do prefeito que a presença do tubarão impedia de atrair turistas e escondeu o tubarão.

Então, um povo que só pensa em brincar e imitar, não tem realmente semelhança com os macacos? Tem, sim, e muita. Tá na hora da juventude despertar para a necessidade de incentivar a capacidade de pensar e assumir uma postura de dignidade no lugar da pura bandalheira que envergonha a quem tem vergonha e por isso mesmo precisa dar lugar a um sentimento oposto ao que até aqui orientou o comportamento, porque, a seguir como vamos, estará decretada a infelicidade das criancinhas de hoje. Inté.   

 

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