A humanidade
talvez não tenha tempo para mudar o atual comportamento baseado em hábitos
fossilizados que há muito já deveriam estar fazendo parte dos estudos
pertinentes à arqueologia. Absolutamente todas, sem possibilidade de ser
encontrada exceção alguma, todas as ações humanas são dedicadas exclusivamente
à materialidade da aquisição de coisas. Até mesmo aquilo que os humanos
consideram o mais elevado dos seus sentimentos, a espiritualidade, também não
ultrapassa os limites da materialidade porquanto envolve templos, ouro, riqueza,
empregados, política (bancada evangélica), e até banco, a maior de todas as
maldições que a desumanidade da humanidade poderia conceber. A espiritualidade
é apanágio de foro íntimo. É inerente à individualidade, razão pela qual não se
presta às mentiras e falsidades porquanto não se pode mentir nem falsear a si
próprio. Aquilo que os seres humanos têm como espiritualidade, a religião, não
passa de enganação. Isto fica evidente ante a necessidade que tem a
religiosidade de subterfúgios onde se esconder. A religião não admite que seus
adeptos tomem conhecimento da anti-religiosidade pelo motivo óbvio de ficarem
desacreditadas suas afirmações se submetidas a argumentações fundamentadas na
lógica de um ponto de vista isento do fanatismo que leva analfabetos ao
ceticismo em relação às afirmações científicas. Por todos os lados podem ser
encontradas provas da ojeriza dos religiosos às ponderações e argumentos dos não
religiosos. Um exemplo: O amigão Google dá notícia de um livro chamado EM
DEFESA DE DEUS, escrito por uma escritora religiosa inglesa chamada Karen
Amstrong, que já foi freira. Como a
apresentação do citado livro pedia opinião dos leitores, fiz a seguinte
observação que foi prontamente recusada pela aversão religiosa a tudo que não
diga amém a seus argumentos capciosos. Esta foi minha opinião sobre o livro Em
Defesa de Deus: “A
leitura da bíblia me levou ao ateísmo em função de inconsequências desse tipo.
Como pode Deus precisar de proteção se Ele é o protetor?”. Bastou clicar no “enviar” para a mensagem
desaparecer. A função dos representantes de Deus é fazer com que seus
seguidores se apeguem aos textos bíblicos por eles apresentados e interpretados
sem necessidade de especulação a respeito. As mentes ainda não acorrentadas
pelos grilhões que transformam seres humanos em servos de Deus refugam as
coisas da bíblia. O escritor espanhol José Luiz Olaizola demonstra esta
realidade nas páginas 48 e 49 do livro Pequenas Histórias da Bíblia. Ali, ao
tomar conhecimento de que Abraão expulsara para o deserto seu próprio filho
Ismael, criança ainda de colo, juntamente com a mãe dele, Agar, o que se fez por
exigência da mulher legítima de Abraão, Sara, a menina Ana que escutava a
história disse não gostar de Sara e, com os olhos marejados, disse também que
Abraão não passava de um molenga. Adultos passam por cima de aberrações desse
tipo sem nada estranhar. Foram proibidos pelo medo de Deus ao salutar exercício
mental que desenvolve e aprimora a inteligência. Foram convencidos de haver
mais nobreza em ter o comportamento dos carneiros aos quais gostam de ser
comparados. Em Gênesis 15:9-10-11 está uma cena macabra digna dos pobres
analfabetos e seus despachos de galinha preta degolada ao lado de garrafa de
marafo. Embora impossível haver explicação para a nojeira ali descrita, os
religiosos nada veem de esquisito naquela monstruosidade.
A origem da infelicidade humana está na incapacidade
de se auto conduzirem os seres humanos, ficando na dependência de uma condução
feita por líderes. Como são raríssimos os espécimes da espécie humana dotados
da capacidade de liderar para o bem dos liderados, estas abnegadas criaturas
são simplesmente escorraçadas pelos muitos falsos líderes, razão pela qual os
seres humanos estarão eternamente condenados à servidão de produzir imensas
riquezas para proporcionar vida regalada e mordomias infindáveis em luxuosos
palácios e mansões monumentais onde a vida imita as fantasias dos contos de
fada. Basta subir num murundu e observar em volta para ver quanta estupidez
rodeia o observador. Inté.
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