sexta-feira, 21 de outubro de 2016

ARENGA 326


Não fosse a estupidez, a humanidade aprenderia fabulosa lição com o exemplo dado pelo acontecimento ilustrativo do erro monumental em que incorreram os Estados Unidos em sua busca desenfreada pela posição de maiorais do mundo em ajuntamento de riqueza. Do mesmo frenesi que sofrem os americanos também padece cada um dos mais de sete bilhões de seres humanos correndo esbaforidos mundo afora prá baixo e prá cima em busca da sua riqueza particular na esperança de encontrar tranquilidade em tamanha inquietação, quando tranquilidade é sinônimo de sossego. Entre as muitas bobagens em que incorrem os humanos está a mania de apresentar sua casa ao conhecido que chega lá pela primeira vez. Foi assim que ao me ser apresentada a casa de um amigo, depois do tradicional “e este é o quarto das crianças” fiquei estupefato com a quantidade de brinquedos para apenas uma criança porque o “crianças”, no plural, se referia a outra criança do casal, ainda em gestação. Parecia um armarinho o “quarto das crianças”, o que se deve ao fato de ter sido o ser humano transformado num robô programado para comprar. As crianças que vi brincar com bolas de gude e bonecas de pano não eram mais infelizes do que as de hoje com dezenas de brinquedos, muitos dos quais prejudiciais à saúde. Não é outra senão a perversidade de criar nas pessoas a necessidade de comprar sem parar, mesmo coisas das quais não se necessite, o objetivo visado pelos falsos líderes que estão ajuntando países europeus e asiáticos para criar uma tal de EURÁSIA cuja finalidade é tomar dinheiro dos compradores incautos numa voluptuosidade e eficiência das quais resulte um império superior aos Estados Unidos, razão pela qual a ilustrativa matéria sobre o assunto, de autoria do jornalista Pepe Escobar e publicada no blog Outras Palavras, se refere a esta entidade como uma tormenta para os Estados Unidos. Uma ressalva: O blog Outras Palavras deve ser assuntado por quem precisa sair do analfabetismo político, a verdadeira fonte de todos os males. Mas a ressalva não acaba aqui porque o verbo ASSUNTAR é uma preciosidade injustamente posta de lado, mas que me foi trazida de volta à memória pelo nosso poeta cantador Shangai quando me disse que ia assuntar o conteúdo deste mal amanhado blog, ocasião em que também me fez refletir quando depois de ouvir meu reclame por ter desaparecido depois da fama, disse sermos todos importantes na mesma proporção.

Saindo fora da ressalva e voltando para o lugar onde nos encontrávamos, temos que os Estados Unidos atormentaram a humanidade ao estender suas garras de Leviatã sobre o mundo para sugar riqueza, estando agora atormentado ante a possibilidade de ser superado por um Leviatã de garras ainda maiores, Eurásia, na ação socialmente monstruosa de sugar os bolsos dos incautos seres humanos facilmente condutíveis por propaganda. É a realidade exposta nas palavras do presidente russo, propositor desta aberração social: “Um mercado continental unificado com capacidade estimada em trilhões de dólares.” Conforme a matéria do jornalista Pepe Escobar.

Os objetivos visados com a formação de impérios são tão falsos quanto a liderança de quem os propõem. O mundo padece de líderes, e é justamente a indispensabilidade de liderança a dificuldade para se construir uma sociedade espiritualmente elevada. É inteiramente impossível uma liderança autêntica em função do instinto de bicho que pode ser constatada na realidade histórica do uso em benefício próprio do poder que o povo é obrigado a transferir a líderes, poder que é usado de modo tão contrário à sua finalidade que lhes permite tão grande distorção que entre as muitas mordomias que o povo é obrigado a lhes proporcionar inclui até a invejável benesse de desfrutar de tenras xoxotas.

O objetivo a que se propõe a Eurásia é o mesmo visado pelo banco Itaú através da artimanha agasalhada nas entrelinhas da propaganda agradável aos ouvidos pela sonoridade harmoniosa da voz de um coral formado por inocentes criancinhas cujos pais analfabetos políticos são incapazes de perceber a realidade de estar por trás daquilo tudo a monstruosidade de impedir que as crianças esquálidas do mundo possam beber o seu leite. A monstruosidade a que chamam de união entre países europeus e asiáticos, na verdade,  é desunião porque assim como a educação não é aprender a ser técnico em produzir dinheiro, assim também a palavra união não se limita apenas ao ajuntamento de coisas ou pessoas. Ela encerra a elevação espiritual que dá origem ao nobilíssimo sentimento de cooperação cuja existência passa a anos luz da mesquinhez dos ajuntadores de riqueza nos infernos fiscais. Se o bom senso prefere comodidade à incomodidade, deve-se evitar ambicionar as grandezas porque elas produzem desassossego. Os impérios, como disse quem pensa, trazem consigo o desassossego das ondas do mar. Crescem para despencar em seguida. Está aí como prova desta realidade a onda dos Estados Unidos chegando à crista para em seguida despencar e dar lugar à onda da Eurásia que também despencará, muito provavelmente arrastando a raça humana ainda mais estúpida do que os dinossauros que não produziram sua destruição. A autodestruição e o que anuncia as entrelinhas desta outra notícia publicada pelo Yahoo Notícias, que em meio a futilidades, por vezes, também trata de assuntos sérios como este: O último ano foi bastante preocupante para a população da Indonésia. A ilha, que fica no paradisíaco Sudeste Asiático, sofre sem parar com uma névoa assassina que, neste período, já matou 100 mil pessoas. É a isto que leva a ação dos grandes impérios. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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