Ler para
uma criança muda o mundo. Diz a propaganda do banco Itaú. Pode apostar um
tostão furado como tem malandragem da grossa por trás disso aí. Partindo da lógica de ser a propaganda
a arte de explorar a estupidez humana e ser o banco a materialização de Satanás, conclui-se que a leitura recomenda para as crianças visa a torna-las tão imbecis quanto seus pais incapazes
de enxergar um palmo além do focinho. A propaganda diz que ler para uma criança muda o mundo. Entretanto, que tipo de mudança interessaria a Satanás? Certamente não a de que precisamos. Só mentalidades enferrujadas como a dos pais daqueles pobres crianças a cantar seu próprio infortúnio não percebem ser o mundo cão o ambiente ideal dos banqueiros como prova o fato de arrancarem bilhões e bilhões de uma sociedade sofrida. O único tipo
de leitura que um banco recomendaria para uma criança conteriam nas entrelinhas armadilhas perigosas preparadas por seus testas de ferro, os escritores por eles assalariados, geralmente
PHDs formados nas Harvards do mundo, verdadeiras fábricas de produzir robôs
espirituais programados para procriar gerações de esfarrapados mentais cujo
pensamento não vai além da mediocridade de ser rico, frequentar igreja, axé e
futebola. Aos Reis Midas dos bancos interessa que haja pessoas capazes de se
esfalfar no trabalho insalubre do qual resulta nervosismo, endurecimento dos
dedos, entupimento dos canos por onde corre o sangue, envelhecimento precoce, mas
que, apesar disso, agradecem a Deus por ter alcançado a triste posição de ajudar
os banqueiros a depenar a sociedade. Assim como o pobre e esfarrapado mental agricultor
que dedurou Lamarca ficou feliz porque compraria um burro novo para a carroça
com o dinheiro recebido em troca da deduração, esta mesma felicidade infeliz faz
a alegria do pobre analfabeto político quando consegue um emprego no banco que
lhe vai possibilitar comprar um carrinho peba no qual escreverá ter sido
presenteado por Deus. A personalidade a
ser formada nas crianças pela orientação dos livros oriundos do banco Itaú irá
transformá-las nos mesmos analfabetos políticos em que foram transformados os
pais delas, pobres rebotalhos espirituais conduzindo suas inocentes crianças
para a imbecilidade de futucar telefone e aprender violência e putaria na
televisão, quando se tivessem uma orientação sadia que lhes educasse de
cidadania viriam a ser grandes personalidades capazes de transformar esse mundo
miserável num mundo saudável onde se pudesse viver prazerosamente, objetivo
primeirão a que devia dedicar a
humanidade inteira uma vez que o tempo de vida é curto, portanto, precioso
demais para ser desperdiçado ajuntando dinheiro para fazer compra em Me Ame como aconselham os papagaios de microfone e os banqueiros. Aos ricos donos do mundo entre os quais se
incluem os banqueiros interessa um povo orgulhoso em se considerar ovelha de
Cristo, portanto, indiferente à tosquia que faz cada banco arrancando da
sociedade lucros astronômicos através de muita corrupção e pagando cerca setenta centavos a cada cem que capta na sociedade e empresta a idiotas como eu que já
tomei um empréstimo consignado e paguei cem por cento em dois anos. Os bancos
têm lucros tão fabulosos que precisaram ter o nome mudado para “spread”
bancário a fim de disfarçar a imoralidade que é.
Escritores assalariados escrevem como está no livro Guia
Politicamente Incorreto da Economia, que o lucro é motivo de alegria e
felicidade. É este tipo de leitura que interessa à classe dos socialmente
criminosos ricos donos do mundo, quando, na verdade, é da atividade de lucrar que
provém todos os males do mundo porque o instinto dos tempos de bicho peludo
ainda orienta o comportamento humano fazendo com que inexista limite para se
lucrar. Indiferentemente da brutalidade que é explorar um semelhante a fim de
se locupletar de lucros, que como se formam as imensas riquezas, sua
contrapartida é a criação de imensa pobreza, fonte de violência e infelicidade aos montes. Na verdade, o que os Prostitutos da
Consciência chamam de felicidade em lucrar nada mais é do que a sensação de
euforia causada por cada milhão que entra na conta dos usurários agiotas,
sensação esta restrita a monstros com cifrões no lugar de pupilas, garras em
vez de unhas, caninos expostos e baba a correr pelos cantos da bocarra
escancarada, possuídos por uma sede insaciável de riqueza. Não é outro o
espectro formado pela energia que move os banqueiros. Assim, o banco Itaú
através da leitura para as crianças visam à formação de analfabetos políticos
desinteressados em conhecer os meandros da vida, mas interessados em igreja,
axé e futebola, pobres diabos mentais convencidos de que o melhor ambiente
social é este em que vivemos, no qual quem tem mais força bruta toma os bens ainda
que indispensáveis dos menos aquinhoados na mesma brutalidade. As universidades
famosas não passam de laboratórios diabólicos onde são montados robôs
espirituais dos quais advirão gerações de convencidos de que a melhor coisa a
se fazer na vida é ajuntar dinheiro não importando os meios usado para tal,
ensinamento que tem funcionado tão eficientemente que apenas um por cento dos
humanos tomaram noventa e nove por cento da riqueza e deixaram apenas um por
cento dela para o resto dos seres humanos. Como não pode haver o que fazer com
tanto dinheiro, indiferentes ao sofrimentos dos espoliados, gastam a dinheirama
construindo torres elevadas a imensas alturas ou futucando o espaço sideral em
busca de vida enquanto a morte faz a festa por aqui. E este comportamento
insano é assistido indiferentemente pelos noventa e nove por cento do povo do
mundo que produz a fortuna desperdiçada em sandices, obtusidade resultante do
tipo de educação ministrada às crianças da qual provém a cultura que forma
mentalidades socialmente deturpadas como a dos banqueiros e os demais “eiros”
do mundo. Aí estão os empreiteiros como prova, felizmente em palpos de aranha
nas mãos dos bravos meninos da Lava Jato.
Carece o
mundo de uma juventude capaz de lançar fora o ranço da mediocridade e fazer
como fez Moisés, segundo Henry Thomas, na página 40 do livro História da Raça
Humana. Diz o autor que Moisés pôs de lado os pergaminhos empoeirados da
universidade com suas histórias indigestas e libertou seu espírito das
divindades adoradas pelos egípcios, tornando-se no grande líder que foi. Entretanto,
o autor incorre na falha reafirmar
a farsa de ter Moisés encontrado Deus no meio de um fogaréu que queimava a
sarça sem consumi-la, sandice encontrada na bíblia, livro que precisa ser
execrado do mundo por se tratar da maior mentira já inventada por qualquer
mentiroso. Nunca existiu nenhum Deus nem deuses e é preciso que a humanidade
atire no lixo esta cultura falsa e assuma por si mesma a tarefa de decidir seu
destino porque o destino traçado por Deus deu no que deu. Isto é, num povo tão
infeliz que vive a se matar de várias maneiras, sendo uma delas o suicídio
lento de disputar uma vaga nos corrimãos ensebados dos coletivos para se
dependurar à caminho da senzala a que se referem orgulhosamente como emprego
conseguido graças a Deus. Inté.
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