terça-feira, 18 de outubro de 2016

ARENGA 324


Ler para uma criança muda o mundo. Diz a propaganda do banco Itaú. Pode apostar um tostão furado como tem malandragem da grossa por trás disso aí. Partindo da lógica de ser a propaganda a arte de explorar a estupidez humana e ser o banco a materialização de Satanás, conclui-se que a leitura recomenda para as crianças visa a torna-las tão imbecis quanto seus pais incapazes de enxergar um palmo além do focinho. A propaganda diz que ler para uma criança muda o mundo. Entretanto, que tipo de mudança interessaria a Satanás? Certamente não a de que precisamos. Só mentalidades enferrujadas como a dos pais daqueles pobres crianças a cantar seu próprio infortúnio não percebem ser o mundo cão o ambiente ideal dos banqueiros como prova o fato de arrancarem bilhões e bilhões de uma sociedade sofrida.  O único tipo de leitura que um banco recomendaria para uma criança conteriam nas entrelinhas armadilhas perigosas preparadas por seus testas de ferro, os escritores por eles assalariados, geralmente PHDs formados nas Harvards do mundo, verdadeiras fábricas de produzir robôs espirituais programados para procriar gerações de esfarrapados mentais cujo pensamento não vai além da mediocridade de ser rico, frequentar igreja, axé e futebola. Aos Reis Midas dos bancos interessa que haja pessoas capazes de se esfalfar no trabalho insalubre do qual resulta nervosismo, endurecimento dos dedos, entupimento dos canos por onde corre o sangue, envelhecimento precoce, mas que, apesar disso, agradecem a Deus por ter alcançado a triste posição de ajudar os banqueiros a depenar a sociedade. Assim como o pobre e esfarrapado mental agricultor que dedurou Lamarca ficou feliz porque compraria um burro novo para a carroça com o dinheiro recebido em troca da deduração, esta mesma felicidade infeliz faz a alegria do pobre analfabeto político quando consegue um emprego no banco que lhe vai possibilitar comprar um carrinho peba no qual escreverá ter sido presenteado por Deus.  A personalidade a ser formada nas crianças pela orientação dos livros oriundos do banco Itaú irá transformá-las nos mesmos analfabetos políticos em que foram transformados os pais delas, pobres rebotalhos espirituais conduzindo suas inocentes crianças para a imbecilidade de futucar telefone e aprender violência e putaria na televisão, quando se tivessem uma orientação sadia que lhes educasse de cidadania viriam a ser grandes personalidades capazes de transformar esse mundo miserável num mundo saudável onde se pudesse viver prazerosamente, objetivo primeirão a  que devia dedicar a humanidade inteira uma vez que o tempo de vida é curto, portanto, precioso demais para ser desperdiçado ajuntando dinheiro para fazer compra em Me Ame como aconselham os papagaios de microfone e os banqueiros. Aos ricos donos do mundo entre os quais se incluem os banqueiros interessa um povo orgulhoso em se considerar ovelha de Cristo, portanto, indiferente à tosquia que faz cada banco arrancando da sociedade lucros astronômicos através de muita corrupção e pagando cerca setenta centavos a cada cem que capta na sociedade e empresta a idiotas como eu que já tomei um empréstimo consignado e paguei cem por cento em dois anos. Os bancos têm lucros tão fabulosos que precisaram ter o nome mudado para “spread” bancário a fim de disfarçar a imoralidade que é.

Escritores assalariados escrevem como está no livro Guia Politicamente Incorreto da Economia, que o lucro é motivo de alegria e felicidade. É este tipo de leitura que interessa à classe dos socialmente criminosos ricos donos do mundo, quando, na verdade, é da atividade de lucrar que provém todos os males do mundo porque o instinto dos tempos de bicho peludo ainda orienta o comportamento humano fazendo com que inexista limite para se lucrar. Indiferentemente da brutalidade que é explorar um semelhante a fim de se locupletar de lucros, que como se formam as imensas riquezas, sua contrapartida é a criação de imensa pobreza, fonte de violência e infelicidade aos montes. Na verdade, o que os Prostitutos da Consciência chamam de felicidade em lucrar nada mais é do que a sensação de euforia causada por cada milhão que entra na conta dos usurários agiotas, sensação esta restrita a monstros com cifrões no lugar de pupilas, garras em vez de unhas, caninos expostos e baba a correr pelos cantos da bocarra escancarada, possuídos por uma sede insaciável de riqueza. Não é outro o espectro formado pela energia que move os banqueiros. Assim, o banco Itaú através da leitura para as crianças visam à formação de analfabetos políticos desinteressados em conhecer os meandros da vida, mas interessados em igreja, axé e futebola, pobres diabos mentais convencidos de que o melhor ambiente social é este em que vivemos, no qual quem tem mais força bruta toma os bens ainda que indispensáveis dos menos aquinhoados na mesma brutalidade. As universidades famosas não passam de laboratórios diabólicos onde são montados robôs espirituais dos quais advirão gerações de convencidos de que a melhor coisa a se fazer na vida é ajuntar dinheiro não importando os meios usado para tal, ensinamento que tem funcionado tão eficientemente que apenas um por cento dos humanos tomaram noventa e nove por cento da riqueza e deixaram apenas um por cento dela para o resto dos seres humanos. Como não pode haver o que fazer com tanto dinheiro, indiferentes ao sofrimentos dos espoliados, gastam a dinheirama construindo torres elevadas a imensas alturas ou futucando o espaço sideral em busca de vida enquanto a morte faz a festa por aqui. E este comportamento insano é assistido indiferentemente pelos noventa e nove por cento do povo do mundo que produz a fortuna desperdiçada em sandices, obtusidade resultante do tipo de educação ministrada às crianças da qual provém a cultura que forma mentalidades socialmente deturpadas como a dos banqueiros e os demais “eiros” do mundo. Aí estão os empreiteiros como prova, felizmente em palpos de aranha nas mãos dos bravos meninos da Lava Jato.

Carece o mundo de uma juventude capaz de lançar fora o ranço da mediocridade e fazer como fez Moisés, segundo Henry Thomas, na página 40 do livro História da Raça Humana. Diz o autor que Moisés pôs de lado os pergaminhos empoeirados da universidade com suas histórias indigestas e libertou seu espírito das divindades adoradas pelos egípcios, tornando-se no grande líder que foi. Entretanto, o autor incorre na falha reafirmar a farsa de ter Moisés encontrado Deus no meio de um fogaréu que queimava a sarça sem consumi-la, sandice encontrada na bíblia, livro que precisa ser execrado do mundo por se tratar da maior mentira já inventada por qualquer mentiroso. Nunca existiu nenhum Deus nem deuses e é preciso que a humanidade atire no lixo esta cultura falsa e assuma por si mesma a tarefa de decidir seu destino porque o destino traçado por Deus deu no que deu. Isto é, num povo tão infeliz que vive a se matar de várias maneiras, sendo uma delas o suicídio lento de disputar uma vaga nos corrimãos ensebados dos coletivos para se dependurar à caminho da senzala a que se referem orgulhosamente como emprego conseguido graças a Deus. Inté.

 

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