quarta-feira, 12 de outubro de 2016

ARENGA 323


 Como se não bastasse a verborreia insuportável da pasmaceira sobre eleições locais esclarecendo com detalhes em que padaria determinado pretendente à chave do cofre tomou uma média com leite, comeu coxinha, abraçou criança e apertou a mão de quem por interesse escuso ou por idiotia congênita se faz presente em tão desagradável ambiente, a contraprestação do salário da papagaiada de microfone exige verborragizar também sobre as eleição no país do povo das bundas fosforescentes. É dona Hillary prá lá, dona Hillary prá cá, seu Trump prá lá, seu Trump prá cá, uma babaquice do tamanho da subserviência que sempre caracterizou a falta de brio, honra e compostura desse povo manada. No blog do Raoni, que o amigão Google terá prazer em mostrar, em matéria intitulada Temer, Serra e o olhar apaixonado, ilustrada com a imagem sobre a qual o cearense Ciro Gomes, aquele politiqueiro de olho grande na chave do cofre em 2018, teria declarado o seguinte: “Namore alguém que olhe pra você como Temer e Serra olham pros americanos”. Na verdade, a expressão do presidente brasileiro e seu ministro de Relações Exteriores é um olhar cheio de bajulação e da submissão antipatriótica que levou os militares de 1964 a fazer o que fizeram, no que foram prontamente apoiados pelo povo, o que não podia ser diferente porque a palavra povo encerra em si um depreciativo espiritual. Em caso de dúvida quanto ao sentimento negativo que o povo desperta, consulte o personagem do saudoso Chico Anísio, o deputado Justo Veríssimo. Entretanto, falávamos sobre a subserviência de nossos representantes mostrada na imagem que ilustra a reportagem citada lá em cima. Além do blog do Raoni, outro órgão de imprensa também comentou sobre o embevecimento do nosso presidente e seu secretário ante a figura do secretário americano em matéria que levou o seguinte título: “Embevecidos, Temer e Serra fitam o secretário de Estado norte-americano, John Kerry”. Realmente, aquela imagem é de dar tristeza a quem gostaria de ter motivo para se orgulhar de suas autoridades e de seu país. Demasiadamente alto o secretário americano, nossos representantes precisam olhar para cima a fim de encarar o rosto asqueroso do americano que joga bomba sobre criancinhas. O tamanho do corpo físico é importante apenas nos irracionais destinados a fornecer carne para alimentação. No caso dos americanos, sua alta estatura provém da sustança tomada de corpos esquálidos pela política de rapinagem de seu país, cujos rastros podem ser vistos na lama das Marianas e Passadenas do mundo.   

Por ocasião da abertura da palhaçada das Olimpíadas no Rio de Janeiro, um dos muitos ardis usados pela administração pública mundial para desviar a atenção do povo enquanto leva ferro, o mesmo secretário John Kerry, usando da mesma vaselina usado pelo presidente Obama quando disse que Lula é o cara, ou na imagem de Bill Clinton lendo Paulo Coelho, afirmou que o Brasil estaria destinado ao gigantismo, expressão com a qual insinuava o desenvolvimento econômico alardeado pela papagaiada de microfone e escritores assalariados como indispensável à felicidade humana. Entretanto, na verdade não passa de fingimento porque os próprios Estados Unidos não querem saber de concorrência na sua doença de gigantismo. A aproximação da China que já foi o berço da sabedoria ou do novo bloco de monstros da Eurásia da possibilidade de desbancar os americanos do trona infeliz de mais ricos do mundo é motivo para grande apreensão do governo americano em sua sede de poder, fonte de infelicidade materializada nos quadros pavorosos de jovens transtornados a disparar armas sobre outros jovens, levados pela cultura da violência inerente à competição necessária à formação das riquezas. A brutalidade indispensável ao ajuntamento de dinheiro é ensinada nas Harvards do mundo que tornam em cultura a desimportância da união indispensável à comodidade e satisfação pessoal só encontradas num ambiente de paz, incompatível com a competição.

Estará nosso país condenado à posição de quatro para quem quiser dele desfrutar? Como pode parecer inacreditável tamanha submissão, esta incredulidade desaparecerá pedindo ao amigão Google para mostrar o ACORDO MEC/USAID. Quem fizer isto tomará conhecimento do tamanho da subserviência do governo dos militares brasileiros que entregaram ao governo americano a elaboração do programa educacional de nossa juventude, jogando na latrina aquilo que constitui o que há de mais sagrado para uma nação, sua SOBERANIA. Da educação orientada pelo interesse americano demonstrado no episódio de Pasadena resultou uma população apaixonada pelos Estados Unidos cujo maior orgulho é fazer compras em Me Ame e mostrar a outros babacas retratos tirados ao lado da turma de Mickey, Pato Donald, e ostentar sobre móveis relógios representando a figura do Gato Garfield. Até pinguins de louça eram comprados juntamente com a geladeira para dar ideia de ambiente frio. No que se refere à autodeterminação, orgulho, vergonha, hombridade e honra, somos uma verdadeira lástima. República de bananas, monturo do mundo, país que não é sério, são alguns dos pejorativos atribuídos a esse belíssimo país que faz absoluta questão de chafurdar no ridículo, na rapinagem e num eterno conformismo com tudo que lhe é imposto, como fez ao submeter-se fielmente às exigências do capitalismo americano ao determinar que em vez de transporte por água e estrada de ferro nossas mercadorias fossem transportadas por um custo infinitamente maior através de caminhões que ocupam as estradas que deveriam ser destinadas a ônibus que substituíssem a grande maioria de automóveis levando apenas duas ou mesmo uma só pessoa.

Entretanto, apesar de chefiar um governo de banqueiros voltado evidentemente para o interesse do sistema financeiro provedor dos infernos fiscais, a imagem de nosso presidente também aparenta seriedade em várias ocasiões por não se mostrar sempre em largos risos próprios da falsidade que orienta os políticos de modo geral. Talvez não fosse apenas estultice torcer para que ele aproveitasse a situação de líder máximo dos brasileiros, independentemente da forma como chegou a esta condição, e fizesse um governo capaz de levar nosso país a momentos mais tranquilos, oportunidade desperdiçada por todos os que lá chegaram. Contudo, pelo andar da carruagem, tudo indica que será a mesma merda de sempre em função da bandidagem que o acompanha. Não é preciso recorrer à sofisticação da existência de uma sociedade líquida como faz o filósofo Zygmunt Bauman no livro Babel para dizer da insustentabilidade da condição visivelmente insustentável da sociedade humana. Para tal conclusão basta subir num murundu e olhar em volta. Os horrores que se vê de lá são mais do que suficientes para mostrar a contradição entre esta sociedade brutal e outra sociedade pacífica apropriada para seres humanos, uma vez que eles são capazes de raciocinar. A este tipo de sociedade, o filósofo inventa outra novidade desnecessária determinando-a de sociedade sólida. Na verdade, se houver tempo e uma juventude mentalmente sadia para criar um ambiente no qual se pode viver sem medo, tal ambiente será apenas uma sociedade humana. Inté.   

 

 

 

 

 

 

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