“Tá tudo
errado cumade/Cumpade tá tudo errado/A muié cum seu marido/ Oiando prá outro
lado”. Assim começava uma música caipira do meu tempo de menino, tampos em que
estas duplas eram constituídas por artistas como Jararaca e Ratinho ou Alvarenga
e Ranchinho, que certamente se envergonhariam por terem sido substituídos por arremedos
de cantores com imensos chapéus, tão desprovidos de censo de ridículo quanto
seu público é desprovido de bom gosto. Na verdade, as coisas sempre estiveram tão
erradas que nos tempos do império romano, referindo-se ao ambiente político, o
historiador Henry Thomas, na página 163 do livro História da Raça Humana, faz a
seguinte observação: “Roma não era um
lugar seguro para um homem que procurasse viver honestamente”. Pois continua
tudo errado do mesmo jeito e errado continuará enquanto o exercício da
administração pública estiver como sempre esteve, restrita à responsabilidade
de grupelhos constituídos por falsos líderes, cada um com seu ancinho puxando
para sua família as moedas do erário. Enquanto a bandidagem toma conta de tudo,
a coletividade responsável pela riqueza pública roubada escancaradamente com
aquiescência da justiça mantém-se totalmente indiferente, deixando-se levar
pelo pão e circo da Copa do Mundo, para cujos espetáculos os pais levam suas
inocentes crianças ainda com chupeta na boca a fim de ser injetado nelas o
germe da imbecilidade que dá origem à indiferença com as coisas da
administração pública ou analfabetismo político. O mundo está tão deteriorado
espiritualmente que em Tiago 4:4 está dito que quem é amigo do mundo é inimigo
de Deus. Realmente, que dizer de um mundo onde as notícias versam sobre
viadagem de príncipes? Aqui entre nós, depois de legalizar o casamento de duas
pessoas o mesmo sexo, cogita-se, agora, em decidir sobre a legalização da união
entre três viados ou viadas. Afinal, bem disse o senador Jucá que a suruba é prá todo mundo. Cadê uma juventude capaz de colocar as coisas nos
lugares como fizeram os deuses da mitologia grega quando separaram do Caos a
terra, a água e o ar e formaram a Terra, os bichos e o homem? Cabe a você,
pois, juventude imbecil, dar a última palavra. Inté.
Será necessário haver tanta pobreza, choro, sofrimento? Que jovens pobres tenham que se endividar para estudar? Estará certa a conduta tradicional de terem as pessoas de trabalhar para sustentar as autoridades vivendo em palácios e com todas as suas necessidades pagas, inclusive riqueza pessoal para levar quando deixarem seus postos de trabalho? Há necessidade de tantas autoridades? Que tal matutarmos sobre estas coisas? Este é o objetivo deste blog. Nenhum mal haverá de fazer.
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