sábado, 30 de junho de 2018

ARENGA 500


BASTA, BASTA e BASTA! CHEGA, CHEGA e CHEGA! Aliás, protestemos em inglês por ter a preferência dos brasileiros em cujo território são encontradas ridículas Trade Centers, e Liberty Satatues, Shopping Centers e o subservientismo do ensino de inglês às crianças. Assim, para produzir maior efeito, STOP IT ALL CAUSE IT’S MORE THAN ENOUGH. É isso aí, putada. Alguém precisa dar um chega prá lá nessa mesmice de estourar sacos, uma masturbação sem gozo e infindável sobre as coisas que estão erradas. O que se precisa é que se apontem as causas desses erros. Se um jeca Zemané é capaz de percebê-las, por que, então, homens e mulheres culturalmente ilustres limitam-se apenas à superfície do mar de esculhambação que tomou conta deste belo país de triste sorte, como um mergulhador que se recusasse a descer nas águas do lago cujo fundo deve detalhar? Não há mistério algum. É só uma questão de raciocinar sobre o assunto. É que os problemas sobre os quais tanto se falam não são para ser resolvidos. Ao contrário, serão perpetuados enquanto aqueles a quem eles afetam não tomarem em suas mãos a tarefa de solucioná-los. Resume-se tudo, portanto, ao desinteresse da população na solução dos problemas sobre os quais a imprensa fala, fala e fala, mas apenas fala e faz de conta ter interesse em ver resolvidos. Os senhores bem-falantes são porta-vozes e subordinados aos interesses das autoridades que têm nas mãos a solução dos problemas sobre os quais falam. As autoridades, por sua vez, são porta-vozes e também subordinadas aos interesses da parcela numericamente ínfima dos ignorantes de sociabilidade, os ricos donos do mundo. Como aos ricos interessa a manutenção desses problemas causadores de desordem porque a desordem é a praia dos mal intencionados como são todos os ricos do mundo, parasitas sociais, fica esclarecido o porquê de se rodopiar como cachorro correndo atrás do próprio rabo, sem, entretanto, desnudar as causas que dão origem aos problemas. Os ricos são como alguém que ocupasse um lugar privilegiado num grandioso espetáculo e que, como é natural, haveria de recusar-se peremptoriamente a abrir mão voluntariamente do privilégio de poder desfrutar da comodidade do seu lugar. Então, a fim de evitar contestações à condição de afortunados, através de papagaios de microfone dos meios de comunicação usam do poder que a riqueza lhes confere para criar meios de enganar os despossuídos através da manipulação do cérebro que os torna indiferentes à sua situação de despossuídos. Isto vem sendo feito ao longo da história humana. Consta nos livros de História que o imperador romano Tibério, aquele que mandava matar a pauladas os artistas quando o espetáculo apresentado não lhe agradava, e que nomeou um de seus cavalos como sacerdote, a fim enganar a massa bruta de povo, ao andar em público inclinava o ouvido rumo ao céu e murmurava a fim de fazer a turba ou povo pensar que ele estivesse conversando com Deus.   

Por mais corruptas e perversas que sejam as autoridades, elas sempre contaram com um séquito de baba-ovos que as defenda com unhas e dentes. O fato de não se ligar um rádio ou a televisão, abrir um jornal ou entrar numa livraria sem ouvir, ver e ler detratores da Operação Lava Jato é a materialização do condicionamento cerebral executado pelos cupinchas dos malfeitores que espoliam a massa bruta de povo através da ação comercial cujos executores tomaram a alcunha de empresários. Na página 115 do livro História da Raça Humana, do historiador Henry Thomas, consta que na República Platão observou ser degradante a atividade comercial pela impossibilidade de ser o comerciante próspero e honesto ao mesmo tempo. Se o mundo é dirigido por desonestos, como esperar honestidade da parte de seus empregados, as autoridades, ou dos empregados das autoridades, os operadores dos meios de comunicação, os deformadores de opinião? No livro Política, Ideologia e Conspirações, na página 27, lê-se: “Na realidade, o comunismo é uma tirania planejada por gente com fome de poder cuja arma mais efetiva é a mentira”. Por que será que os autores limitam a sede de poder e a mentira apenas à ideologia comunista, se são comuns à humanidade inteira, portanto, a todos os tipos de governo? No mesmo livro e página, apenas um pouco antes, lê-se o seguinte: “É imprescindível que homens como Lucky Luciano que subiram até o topo da cadeia de comando do crime organizado a tapas e pontapés, sejam astutos, diabolicamente brilhantes e absolutamente implacáveis. Mas, quase sem exceção, os chefes do crime organizado não têm nenhum tipo de educação formal. Eles nasceram na pobreza e aprenderam o ofício nos becos sujos de Nápoles, Nova York e Chicago. Agora suponho que um sujeito com a mesma personalidade amoral gananciosa dos chefes da máfia nascesse em uma família patrícia de grande riqueza, estudasse nos melhores colégios secundários e depois em Harvard, Yale ou Princeton, com uma possível pós-graduação em Oxford. Nessas instituições, viria a conhecer bem história, economia, psicologia, sociologia e ciência política. Depois de graduar-se em estabelecimentos tão ilustres, seria possível encontrá-lo pelas ruas vendendo bilhetes de jogo, passando maconha para adolescentes ou controlando prostíbulos? Será que ele participaria de guerras de gangues? De modo algum. Pois com esse tipo de formação, ele perceberia que se você quer poder, poder de verdade, o que a história ensina é: “Entre para o governo”. Torne-se político e se empenhe para conquistar poder político ou, melhor ainda, transforme políticos em laranjas seus. É aí que está o poder de verdade e o dinheiro de verdade”.

Sendo este no mundo inteiro o espírito que move a política ou administração da riqueza que a todos deveria servir, por que, então, não expor esta realidade em vez de ficar a tagarelar mexericos feito comadres em vez de ir diretamente às verdadeiras causas de todos os problemas do mundo e que se resumem na selvageria da competição pelo poder e riqueza? No rádio, um papagaio de microfone ridicularizava a foice e o martelo que simboliza a ideologia comunista dizendo que foice foi substituída por colheitadeiras de um milhão de dólares. Entretanto, seria infinitamente melhor para a saúde dos seres humanos inclusive a do bolso uma vez que dispensaria muitos gastos com a indústria farmacêutica se a produção de comida fosse feita por pequenos agricultores com suas foices e que visasse à alimentação em vez da riqueza dos comerciantes conhecidos como empresários do agribiuzinesse e suas colheitadeiras de um milhão de dólares financiadas pelo BNDES com dinheiro da massa bruta de povo a juros insignificantes e prazo só visto com binóculos. Não se pode mais esconder a realidade de ser a concentração de riqueza a causa de tudo que há de errado no mundo. No mesmo livro acima citado, página 35, lê-se: “Um artigo publicado pela North American Alliance em agosto de 1957 revela que os membros da família Rockfeller, apesar de sua enorme riqueza, na realidade não pagam imposto de renda. O artigo revela que um deles pagou o enorme total de 685 dólares de imposto de renda em um ano recente. Os Kennedy são donos do Merchandise Mart de Chicago, de mansões, iates, aviões, tudo sob propriedade de uma miríade de fundações e trustes familiares. Imposto é para peão! E, no entanto, hipócritas como Rockefeller, Ford e Kennedy posam de grandes defensores dos oprimidos”.

Desta forma, enquanto a administração da riqueza do mundo não contar com a atenção da massa bruta de povo, desviada pelos deformadores de opinião para Deus e Copa do Mundo, os problemas se amontoarão ao lado do tagarelismo estéril da papagaiada de microfone assalariada para apoiar quem estiver de posse da chave do cofre que guarda o erário.

Mas, se tem jogo, como deixar de amar fervorosamente a pátria colocando bandeiras do Brasil nos carrinhos ordinários presenteados por Deus e pipocando bombas para comemorar o gô de Neymar para se envolver com esta chatice de se preocupar com o futuro das criancinhas que as mulheres dilaceram as xoxotas para despejar num mundo perto de não ter mais água limpa nem suja?

O poder da inteligência é o único poder capaz de tornar o mundo menos infeliz ao passo que o poder da riqueza o torna cada vez mais infeliz. O prefeito de São Paulo, num raro gesto de administrador público em benefício da massa bruta de povo proibiu o pipocar de fogos cuja única utilidade é causar poluição sonora e do ar. Para não contrariar os ricos comerciantes também conhecidos como empresários do ramo, a justiça a eles subordinada proibiu a proibição do prefeito, e certamente foi aplaudida por paulistas e paulistanos que não ficaram privados do prazer de ouvir o pipocar do foguetório e da farra milionária da queima de fogos na passagem de um ano para outro. A dura e inaceitável realidade é que o caminho a seguir por todos é indicado pela massa bruta de povo que lota igrejas, campos de futebola e se liga nos “famosos” e nas “celebridades”. Inté. 

 

 

    

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